Em plena segunda onda, Europa ultrapassa 250.000 mortes por Covid-19

Foto: Sapo 25 – Presidente da Comissão Europeia,Ursula von der Leyen

A Europa, que enfrenta neste momento uma poderosa segunda onda, ultrapassou neste domingo (18) 250.000 mortes por Covid-19 neste domingo (18). Com mais de 8.000 mortes registradas em sete dias, o continente experimentou seu maior número de mortes em uma semana desde meados de maio e muitos países estão tentando se proteger aumentando as medidas de restrição.

Último país europeu a anunciar medidas no domingo, a Suíça, relativamente poupada pela primeira onda da doença na primavera europeia, mas enfrentando um aumento “exponencial” de casos, torna obrigatório a partir de segunda-feira (19) o uso de máscara em locais públicos fechados, estações de trem, aeroportos, em paradas de ônibus e de bonde, além de restringir encontros e recomendar o teletrabalho.

Com 1.822 mortes por Covid-19 para 8,6 milhões de habitantes, a Suíça é o país da Europa onde a doença progrediu mais rapidamente na semana passada (+ 146%), de acordo com uma contagem da AFP.

Os Estados Unidos são o país mais enlutado do planeta (pelo menos 219.289 mortos, ou quase um em cada cinco no mundo), seguido pelo Brasil (153.675 mortos) e pela Índia (114.031 mortos).

Mais restrições na Europa

Na Europa, um total de 250.030 mortes de Covid-19 foram declaradas (para 7.366.028 casos), de acordo com o relatório divulgado pela AFP neste domingo (18). Os países mais atingidos em números totais de mortes são, nesta ordem: o Reino Unido (43.646 mortes para 722.409 infecções), a Itália (36.543 mortes para 414.241 casos), a Espanha (33.775 mortes para 936.560 casos), a França (33.392 mortes para 867.197 casos) e a Rússia (24.187 mortes para 1.399.334 casos).

Em todo o continente, as restrições estão aumentando. A França, que no sábado registrou um recorde de mais de 32.000 novos casos, introduziu um toque de recolher das 21h às 6h por pelo menos um mês em uma dúzia de grandes cidades, incluindo Paris e seus subúrbios. No total, são 20 milhões de pessoas afetadas, quase um terço da população do país, que possui um dos piores registros da Europa.

O Reino Unido, o país mais enlutado da Europa (pelo menos 43.579 mortos) também reforçou as medidas sanitárias no sábado (17): em Londres e em várias outras áreas, ou 11 milhões de pessoas, reuniões internas entre parentes e amigos de diferentes lares são proibidos.

Já Lancashire (noroeste) e Liverpool estão em alerta máximo de saúde, o que implica na proibição de encontros entre diferentes residências dentro e fora de casa e no fechamento de bares que não sirvam refeições.

Na Alemanha, que também está batendo seus recordes diários de novos casos, a chanceler Angela Merkel pediu solenemente a seus concidadãos no sábado que reduzissem suas relações sociais o máximo possível e ficassem em casa.

A Eslováquia anunciou uma campanha de testes para todas as pessoas com mais de 10 anos, enquanto a Eslovênia desistiu de rastrear os casos de contatos com os doentes, por falta de pessoal suficiente.

“Lavem as mãos!”

Na Polônia, Varsóvia e outras grandes cidades fecharam escolas de ensino fundamental e médio, baniram cerimônias de casamento, restringiram o número de pessoas admitidas em lojas, transportes e locais de culto e os restaurantes devem fechar às 21h.

Na República Tcheca, que tem a maior taxa de infecções e mortes por 100.000 residentes do continente, o governo pediu aos militares que construíssem um hospital de campanha com 500 leitos fora de Praga.

A Itália, já bastante atingida na primeira onda, relatou 10.010 novos casos na sexta-feira (16), seu maior recorde. Desde sábado, os bares e restaurantes fecham à meia-noite na Lombardia (norte), a região mais afetada.

O governo italiano decidiu neste domingo mobilizar 39 bilhões de euros adicionais para apoiar sua economia, a terceira maior da área do euro.

Para combater a pandemia, a lavagem frequente das mãos, recomendada desde o início pela OMS, é essencial, confirma um estudo japonês, segundo o qual o coronavírus sobrevive 9 horas na pele, cinco vezes mais que a gripe.

(Com informações da AFP)

 

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