Elas levantam-se

Por Lidiane Ramos Leal.

Dizia Neruda, um dos mais admiráveis poetas chilenos do século XX, sobre as mulheres,

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam “não” como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.

Assim, em 08 de março de 1857, em Nova Iorque, trabalhadoras de uma fábrica de tecidos levantaram-se para injustiça e decidiram de forma corajosa que seria necessário protestar contra a situação inadmissível a qual eram submetidas cotidianamente, e então clamaram por melhores condições de trabalho (redução da carga diária de trabalho de 16 para 10 horas, equiparação de salários com os homens e respeito dentro do ambiente de trabalho). Como de costume a manifestação foi barrada com total violência, e resultou em aproximadamente 130 mulheres mortas. Por esse nobre motivo em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, o dia 08 de março passou a ser o “Dia Internacional da Mulher”.

 

É preciso constar que a mulher trabalhadora permanece lutando para sobreviver nesse sistema desigual e consequentemente injusto, onde é sempre primordial provar o quanto se deseja e se precisa ser digno de respeito. Seja na luta por melhores salários, contra o moralismo excludente, pela defesa de seu corpo, entre tantas outras lutas, e mais lutas, que desembocam em uma só, o combate a sociedade de classes, que é raiz de toda essa opressão contra as mulheres.

Por isso, em prol da verdadeira abolição da mulher é urgentemente necessário romper impiedosamente com essa vigorosa insígnia de exploração da sociedade capitalista – eliminando de forma definitiva as classes – sob pena de continuarmos a mercê dos ditames da burguesia.

 

 

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