Editorial

Florianópolis, 15 de fevereiro de 2015.

O editorial da semana passada versou sucintamente sobre a importância da Soberania Comunicacional. Observamos a dificuldade que a coletividade jornalística tem de colocar o assunto como tema central da Liberdade de Expressão, na busca do Direito Humano à Comunicação ante a impossibilidade das outras soberanias acontecerem se a Comunicacional não existe.

As concessões de ondas de tevê e rádio tornaram-se numa guilhotina para a liberdade dos países subjugados pelo saqueio que se iniciou em 1492. Os poderosos, desde o alvorecer do século XX, têm tido um privilégio absurdo na obtenção, uso e abuso dessas ondas e as usam invariavelmente contra os anseios dos trabalhadores.

Os interesses econômicos privados nacionais e estrangeiros têm usado a rádio e a tevê como arma ‘suave’ de combate, na guerra permanente às massas exploradas. Aculturação, europeização e estéticas imperiais rodeiam e encurralam telespectadores e ouvintes. Quando um governo tenta diminuir esse poder, regulando a mídia monopólica, é acusado de censurar a “liberdade de expressão”. Ou seja, a “Liberdade de Empresa e Exploração”.

Quem paga a conta da grande mídia privada e passa a fatura golpista são os monopólios nacionais e transnacionais produtores de marcas e aculturação, e cada vez menos emprego. Tencionam sempre a destituição de governos populares.

As tentativas de Golpe de Estado na Venezuela e o Golpe Suave contra a Presidenta Cristina Fernández, são capitaneados pelos monopólios midiáticos. Usam as ondas públicas contra o voto popular. Exercem a política da Sociedade Interamericana de Imprensa – SIP, que modula midiaticamente as ordens de Washington.

Acabar com as concessões que ferem a Soberania dos países mais frágeis deve ser palavra de ordem contra o Constante Golpe Midiático que impede a Soberania Comunicacional dos Povos, e pauta obrigatória de todos os foros de comunicação e jornalismo. Deveria sê-lo da Presidenta Dilma, mas…

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