Editorial

Florianópolis, 8 de fevereiro de 2015.

Na quinta-feira, 5 de fevereiro, se lançou a campanha de assinaturas em apoio à Lei da Mídia Democrática. Depois da participação social na construção do Marco Civil para Internet, chega esta nova aposta para democratizar a comunicação brasileira. Dentre os dispositivos defendidos aparecem o veto à prioridade de emissoras de Rádio e TV por políticos e a criação de um Fundo Nacional de Comunicação Pública e do Conselho Nacional de Comunicação.

Abre-se um novo espaço de discussão e nessa esteira queremos voltar com as reflexões sobre Soberania Comunicacional. Sem a compreensão da importância estratégica, cultural, educacional, social e política, da obtenção da Soberania Comunicacional, qualquer avanço é uma aspirina para uma doença incurável.

Estamos controlados por interesses alheios à Classe Trabalhadora, à Paz, à Vida Gregária Saudável, à Justiça e ao Direito Humano à Comunicação da Verdade. A opressão exercida pelos interesses transnacionais, que substituíram os países nas últimas décadas, subverte os conceitos mínimos de Soberania. Não só criaram multinacionais de mercenários que assolam o Mundo, também criaram uma forma de invasão, tão violenta quanto essa, efetivada através das multinacionais da comunicação, concentradas num número cada vez menor de agências a serviço do status quo, e cada vez mais monopolizadoras redes de uniformização do pensamento e invasão cultural dos países, colonialmente chamados de periféricos.

Quaisquer governos e povos que não compreendam a importância determinante para sua independência, identidade e autonomia, em todos os âmbitos dessas construções civilizatórias, que tem a Soberania Comunicacional, e renunciem a ter mecanismos públicos próprios, identitários e democráticos de comunicação, estão fadados à dependência e à entrega dos seus direitos mais elementares, como o são, todas as outras soberanias a conquistar, consolidar e defender. Brasil tem que se libertar dessa opressão.

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