Documentos revelam negociata de Temer com Shell para entregar pré-sal

Os documentos foram obtidos pelo Greenpeace e publicado pelo Brasil 247, revela que o ministro de Comércio Greg Hands relata como o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, estaria fazendo lobby no governo brasileiro para servir à Shell, que teve todos os seus pedidos atendidos: menos impostos, menos conteúdo nacional e menos exigências ambientais.

Principal vencedora do primeiro leilão do pré-sal, a Shell contou com a subserviência do governo para ter os seus interesses atendidos. De acordo com os documentos, obtidos pelo Greenpeace por meio de uma lei semelhante à Lei de Acesso à Informação, a Inglaterra pressionou o governo brasileiro para quebrar exigências ambientais para perfurar petróleo, e assim o governo conservador de Theresa May viola os compromissos britânicos de combate ao aquecimento global,.

“Fizeram o negócio do século, porque no Brasil de hoje negociar com o governo é melhor do que vender cocaína. Mas essa negociata vai cair e nós vamos começar a trabalhar no Senado para reverter o que foi feito”, disse o senador Roberto Requião, que defende a anulação da negociata.

A Federação Única dos Petroleiros informa que vai recorrer à Justiça para que a mudança da lei do pré-sal, promovida após o lobby da Shell seja investigada.

“Para nós, não é surpresa, mas agora veio a confirmação”, diz Zé Maria, presidente da (FUP), lembrando que o “projeto entreguista” do senador José Serra (PSDB-SP) foi o pontapé dessa negociata e se aprofundou com as decisões de Pedro Parente como presidente da Petrobras.

O secretário citado, Paulo Pedrosa, também atua na venda da Eletrobrás e foi indicado ao cargo por grandes grupos empresariais, tendo conexões com o bilionário Jorge Paulo Lemann, que tem interesse na privatização da estatal sob o mesmo esquema de negócio.

Com a vitória do lobby britânico no Brasil, a isenção fiscal das petrolíferas soma mais de R$ 1 trilhão durante o tempo de exploração. Além disso, o fim das exigências de conteúdo nacional também prejudica fortemente a indústria nacional e deve motivar reações de entidades como a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).

Fonte: Portal Vermelho. 

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