Dirty Lion lança videoclipe de rap ‘Não me Segue’

O rapper brasileiro Dirty Lion disponibilizou no Youtube o videoclipe de seu mais recente single, a reflexão social e política “Não me Segue”. A canção é parte do terceiro álbum do artista natural de Pelotas (RS), o inédito Kumatê Ray, inspirado pelo hip hop noventista e com previsão de lançamento para 2021. A faixa tem produção de Paulo Júnior, com participação do DJ Jorge Cuts nos scratches. Maurício Nerva e Dirty Lion dividem a direção do vídeo, que tem VFX de Hadeee pode ser conferido no link youtu.be/EiuhLuWE3ho.

O single reflete que, ao buscar por melhores formas de viver e por uma multiplicidade do pensar, as ideias voltaram a ser perigosas – como mostram os versos: “tudo tem dois lados num assunto e pronto / e eu não posso levar nada como absoluto / contra a inteligência isso seria um insulto / por isso, vivo repensando / revendo, pra reconhecer / acertos e erros”. Dirty Lion é autor dos álbuns “NaturezAÇÃO” (2013), fusão de várias vertentes musicais, e “Mergulhe Fundo” (2017), disco de rap influenciado pela MPB, swing, samba rock e poesia.

Dirty Lion é MC, “artivista” e “guardião de sementes”, termos com os quais se descreve. Suas músicas refletem a mistura de suas influências, sua trajetória de vida e seus valores. O artista apresenta em seus álbuns mensagens sobre cultura, sociedade, fortalecimento social e, principalmente, proteção à natureza. Com os rappers Pok Sombra e Zudizilla, fez parte do coletivo K-Zero Alternativo, nascido em Pelotas. Conhecida como a capital nacional do doce, a cidade recebeu o apelido “Sweet Home” na cena do Hip Hop local e serve de cenário para o clipe de ‘Não me Segue’. O K-Zero abriu os shows de grandes nomes do hip hop nacional como Emicida, Flora Matos, Kamau e Rashid.

Canais de comunicação

Facebook: /dirtylion

Instagram: @orecicdirtylion

YouTube: /GarcezDirtyLion

Letra

“Não me Segue”

Vou sem verdade absoluta pra que eu não me cegue

Também tô perdido por aí, então não me segue

Se tem algo que aprendi é observe

Mas não me segue, vá que eu erre

Vá que eu erre pra onde correr

Verdade absoluta só serve pra prender

As poucas que tenho são a morte, a natureza é minha rainha

o Hip Hop é o amor mais forte que emano e me guia

Que abre as trancas, veio pra unir

Respeitar, entender que a diversidade ensina

Olhem as plantas, alimentação é medicina

maconha, spirulina ainda inspiram na batida

música a gente assina pra frear chacinas

acredita, vai delira, energia

pra que linhas parem tiros, todos tirem o dedo do gatilho

mães parem de enterrar os filhos

tu não concorda? Eu duvido

no fundo ninguém aqui é inimigo

só estamos confusos, perdidos

admito, nem lendo entendo o que tem acontecido

Vou sem verdade absoluta pra que eu não me cegue

Também tô perdido por aí, então não me segue

Se tem algo que aprendi é observe

Mas não me segue, vá que eu erre

Pra que eu não me cegue

sou fã de ideias, não de pessoas

humanos erram fazem coisas ruins e boas

gosto da obra de vários pensadores, autores

das falas e ações de alguns que vendem como ditadores

mas sei que grande mídia mente

mas também sei que ninguém é santo e pronto, entende?

tudo tem dois lados num assunto e pronto

e eu não posso levar nada como absoluto

contra a inteligência isso seria um insulto

por isso, vivo repensando

revendo, pra reconhecer

acertos e erros

reconhecer quando algo não é tão positivo assim

e que o momento histórico é relativo sim

não me omito, muitos morreram lutando pra gente ser ouvido

paz, justiça e liberdade

um dia o amor terá vencido e com esse absoluto eu lido

Vou sem verdade absoluta pra que eu não me cegue

Também tô perdido por aí, então não me segue

Se tem algo que aprendi é observe

Mas não me segue, vá que eu erre

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