Dilma diz que é preciso ter cautela com anulação de impeachment na Câmara

    Presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), acatou pedido da AGU para anulação do processo de impeachment / Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

    A presidenta Dilma Rousseff se manifestou sobre a anulação do processo de impeachment de seu mandato na Câmara dos Deputados pelo presidente interino da Casa, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA), nesta segunda-feira (9), dizendo que, agora, é preciso ter “cautela”. O deputado acolheu ao pedido feito pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.

    “O recurso foi aceito, portanto, o processo está suspenso. Eu não tenho essa informação oficial, estou falando aqui porque eu não podia fingir que não estava sabendo. Não sei as consequências, tenham cautela! Vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas, temos que continuar atentos ao que está em curso. Peço tranquilidade aos parlamentares ao lidar com isso”, disse a presidenta, durante uma cerimônia de anúncio de criação de novas universidades em institutos federais, em Brasília (DF).

    O ex-deputado petista, o advogado Wadih Damous, também se manifestou sobre o assunto durante transmissão ao vivo pelo Facebook. “Essa é uma grande vitória. Todos nós vínhamos dizendo que esse processo era nulo. O fundamental é que o impeachment está suspenso e nós podemos repetir a plenos pulmões: não vai ter golpe!”, disse.

    Anulação

    Segundo nota divulgada pelo presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), o deputado acatou praticamente todos os pontos da nota da AGU, “por entender que efetivamente ocorreram vícios que tornaram nula de pleno direito a sessão em questão”, disse o comunicado em referência a 17 de abril, dia da votação. “Não poderia a defesa da Sra. Presidente da República ter deixado de falar por último no momento da votação, como acabou ocorrendo”, completa a nota.

    Segundo o informe, uma nova votação pela admissibilidade do processo será realizada em até cinco sessões após o processo ser devolvido do Senado à Câmara dos Deputados.

    Fonte: Brasil de Fato.

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