Dia nacional de mobilizações “Fora, Bolsonaro” começa com protesto no RS

Manifestação em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na manhã desta sexta-feira – Comunicação FETEMS

A Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS), ao lado do SindiSaúde, realizou uma manifestação em frente ao Hospital da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), cobrando por testagem para todos os trabalhadores da área, nesta sexta-feira (10), às 6h30, na troca de plantão dos funcionários.

O ato também pediu pelo afastamento do presidente Jair Bolsonaro, endossando o Dia Nacional de Mobilizações Fora Bolsonaro, da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que ocorre em mais de 20 estados, respeitando as regras de distanciamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em Fortaleza, o viaduto da Avenida José Bastos amanheceu com uma faixa com os dizeres “Fora Bolsonaro”, assim como em Brasília e na capital de Roraima, Porto Velho, onde as faixas foram colocadas nas principais entradas do município. No terminal Miramar, em Belém, no Pará, houve panfletagem contra o presidente da República também logo pela manhã.

No Rio de Janeiro, trabalhadores dos Correios se manifestaram em frente ao Centro de Tratamento de Encomendas Benfica, e petroleiros, no Terminal Aquaviário da Baia da Guanabara.

Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, houve ato na Avenida Afonso Pena com a Rua 13 de Maio, na região do município. Também foram registrados protestos em frente ao Mercado Público de Casa Amarela, no Recife, em Pernambuco, e em João Pessoa, na Paraíba. Em Florianópolis, Santa Catarina, o protesto foi feito por representantes das centrais sindicais, federações e diretores do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal, na escadaria da Catedral, com 69 cruzes para pedir o impeachment de Bolsonaro.

Em São Paulo, o protesto é realizado às 14h, na Praça do Patriarca, pela CUT São Paulo, por meio do Macrossetor do Serviço Público. Além da saída do presidente da República, os organizadores também chamam a “a atenção das autoridades e da sociedade para as políticas equivocadas de combate à pandemia do novo coronavírus”. Na capital, já foram registradas manifestações em outras regiões, como em São Mateus e Sapopemba. No interior do estado paulista, foram registrados protestos em na Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato, em Caraguatatuba, e no terminal Almirante Barroso, em São Sebastião, no litoral.

Também ocorrem manifestações virtuais. De Minas Gerais, às 19 horas, o Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (Sindmon-Metal), o Sindicato dos Servidores Municipais (Sintramon) e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) promovem o webnário “Desgoverno contra a classe trabalhadora e as minorias sociais”.

“Campanha Nacional Fora Bolsonaro”

No site da “Campanha Nacional Fora Bolsonaro”, as organizações defendem que o contexto atual de crises sanitária e econômica aceleraram a “disposição na cúpula do Executivo Federal em avançar na retirada de direitos” e apontam que “há um crescente movimento de insatisfação na sociedade brasileira que tem se expressado na palavra de ordem: Fora Bolsonaro!”, compreendem as organizações.

A campanha promove atividades nos dias 10 e 11 de julho. No primeiro serão feitas ações simbólicas nas principais cidades do país “denunciando a política genocida de Bolsonaro frente à pandemia”.

No dia 11, ocorrerá a Plenária Nacional Fora Bolsonaro, na qual devem ser definidas as próximas ações da campanha. Para participar, é necessário preencher um formulário ou enviar um e-mail para [email protected].

Mesmo frente aos números crescentes de casos confirmados e óbitos por covid-19, Jair Bolsonaro afirmou que houve “um pouco de exagero” nas medidas de combate à pandemia, na metade de junho. E, mesmo após contrair o vírus, o presidente realizou aglomerações, não utilizou máscara e fez propaganda do remédio cloroquina, cuja eficácia ainda não foi comprovada cientificamente.

Edição: Leandro Melito.

Fonte: Brasil de Fato.

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