Detentos de Chapecó/SC denunciam o que acontece na prisão com a pandemia

Foto: Reprodução/Arte: Julia Saggioratto, para Desacato. info.

Por Claudia Weinman, edição de vídeo de Julia Saggioratto, para Desacato. info. 

Na tarde desta quinta-feira, dia 23 de julho, o Portal Desacato recebeu dois vídeos onde um familiar de um detento e um detento, do Complexo Prisional de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, denunciam e solicitam atenção para o aumento do número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus na unidade.

No primeiro vídeo, que chegou até a redação do Portal Desacato, consta a fala de um detento mencionando a seguinte situação:

Estamos aqui nesse Facebook para passar a realidade do que está acontecendo atrás dos muros do Complexo Penitenciário de Chapecó. Viemos pedir à sociedade ajuda na divulgação. Todos nós erramos e estamos todos pagando pelos nossos erros. Não queremos nada mais do que um pouco de humanismo. Estamos sem televisão, geladeira, sem o fogão, visita e nenhum tipo de higiene”.

No vídeo, o detento menciona que aproximadamente 60 pessoas estariam com sintomas da covid-19 e que, teria presenciado detentos sendo levados em lençóis e colchões para a assistência de saúde. Ele também fala sobre não conseguirem manter o distanciamento e contextualiza que os pedidos de prisão domiciliar estão sendo negados.

Em um segundo relato, um parente de um detento pede explicações sobre a realidade colocada no vídeo e se as informações são verdadeiras.

O Portal Desacato fez diversas tentativas de contato via telefone para o Complexo Prisional de Chapecó nesta tarde, porém, até o fechamento desta matéria ninguém atendeu.

Situação

Com base na lei de proteção à fonte, como dita o artigo 5º, XIV, da Constituição Federal:

 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XIV – e assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional, os primeiros casos de pessoas apresentando sintomas do novo coronavírus foram identificados na semana passada, quando 29 detentos, trabalhadores do setor de cozinha, foram afastados das tarefas.

O número de sintomáticos já passa de 60. Segundo a fonte, o Estado apenas garante a testagem para as pessoas que apresentam sintomas, nem agentes penitenciários e demais detentos foram testados até o momento. No complexo todo, aproximadamente 10 agentes foram afastados e encontram-se em situação mais grave da doença. Todas as visitas foram canceladas, no entanto, os presos que estavam com a saída temporária vencida (28 dias fora da unidade) retornaram nos últimos dias.

Quando os primeiros casos foram identificados os detentos foram isolados na igreja que fica dentro do complexo e no Presídio onde foi montado o hospital de campanha dentro do complexo, porém, o mesmo encontra-se lotado. Os sintomáticos estão sendo colocados em celas isoladas.

1 COMENTÁRIO

  1. Agora são todos anjinhos…. Muito deles estão aí por abusar de crianças…..E as crianças que vocês abusaram como estão hoje? Como estão vivendo com esse trauma? Tem que ser negado mesmo pedido de prisão domiciliar!Em minha opinião eu acho esse tipo de reportagem é um repúdio….
    E para as pessoas que eles fizeram algum tipo de maldade alguém foi atrás para prestar apoio com eles? Tem que ficar preso mesmo aí saem e acabam cometendo outros delitos e fica tudo bem né ??

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