Destaques da agenda internacional na semana de 06 a 13 de março de 2016

Por Flávio Aguiar, de Playa de Carmen, Yucatan, México.

Iraque

Os Estados Unidos estando preparando uma ofensiva aérea apoiada pelo Exército do Iraque e pelo Peshmerga Curdo em terra contra as forças do Exército Islâmico entrincheiradas na cidade de Mosul. A retomada da cidade significaria um corte nas rotas de passagem do E. I. entre o Iraque e a Síria. O governo norte-americano manifestou preocupação pela represa nas proximidades da cidade. Se a represa se romper, não só Mosul seria inundada, como a “tsunami” decorrente devastaria todo o vale do rio Tigre, indo além da capital, Bagdá, chegando à sua confluência com o rio Eufrates, perto da foz deste no Golfo Pérsico. Potencialmente, um desastre desta proporção varreria do mapa a maior parte do território dominado pelo E. I., mas poderia provocar a morte de um milhão de pessoas. A represa vem apresentando problemas de manutenção, dificultada esta pela guerra na região. O governo iraquiano exortou a população a se dirigir a terras mais altas, mas a presença do E. I. dificulta qualquer deslocamento.
Somália
Depois de bombardear posições do grupo Al Shabab na Somália, o governo norte-americano prepara-se para coordenar com seus aliados africanos uma ofensiva por terra, visando neutralizar posições do grupo terrorista.
Líbia e Tunísia
A Itália prepara-se para coordenar uma força-tarefa de 5 mil militares a serem enviados para a Líbia, depois que um grupo, provavelmente ligado ao E. I., atravessou a fronteira da Tunísia e atacou posições militares na cidade Ben Guardane, no sudeste deste país. O ataque deixou um saldo de 53 mortos: 35 atacantes, 11 militares das forças de segurança da Tunísia e 7 civis. A força contará também com membros do Reino Unido, da França, da Alemanha e de países da Liga Árabe. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, garantiu que  a força-tarefa não entrará em combates diretos, sendo seu objetivo treinar militares libaneses. O governo de Trípoli deve ainda aprovar o plano. Dias antes, já houvera investidas contra a cidade, com 5 atacantes mortos  e 1 civil.
Refugiados
Nesta segunda-feira os mandatários da União Europeia e da Turquia realizaram uma reunião de cúpula para discutir a situação dos refugiados sírios. As propostas que estão na mesa são: 1. duplicar a ajuda à Turquia, para 6 bilhões de euros em três anos, para auxiliar no atendimento aos 3 milhões de refugiados que já estão no país (incluindo 500 mil iraquianos); 2. estabelecer um princípio pelo qual para cada refugiado que for devolvido da Grécia para a Turquia, um outro será admitido nas demais nações da Europa; 3. estabelecer princípios mais liberais para a obtenção de vistos para países da U. E. por parte de cidadãos turcos. O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, se queixa de que sequer a anterior promessa de 3 bilhões de euros começou a ser cumprida. E há ainda a tradicional recusa de países como a Hungria de receber quotas de refugiados.
Peru
Indígenas Wampis, da região do rio Mayuriaga, perto da área de Loreto, no nordeste do país, junto às fronteiras amazônicas do Brasil e da Colômbia, tomaram seis funcionários do governo como reféns, exigindo providencias devido ao vazamento de 3 mil barris de petróleo de um duto de 40 anos. Os reféns viajavam num helicóptero militar que pousou na região para averiguar dos danos. A Petroperu, responsável pelo duto, enfrenta a possibilidade de multas no valor de até 17 milhões de dólares.
México
Rosa Isela Guzmán Ortiz, que afirma ser filha do arqui-narcotraficante Joaquin El Chapo Guzmán, disse que o atual prisioneiro pagou propinas a policiais e autoridades mexicanas para facilitar suas duas fugas espetaculares das prisões de segurança máxima onde esteve detido no passado.
A declaração causou um furor entre a oposição mexicana, que exige esclarecimentos por parte do governo no presidente Enrique Peña Nieto.
A atual esposa de El Chapo, Emma Coronel, nega que Rosa seja filha do prisioneiro. Por outro lado, El Chapo pediu que seu processo de extradição para os Estados Unidos seja acelerado. Evidentemente ele teme por sua vida, sendo um provável alvo de um atentado para queima de arquivo ou instigado por seus concorrentes interessados em ocupar o espaço de seu cartel, hoje enfraquecido.
Créditos da foto: European Union 2016 %u213 European Parliament

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