Depois de São Paulo, governo de Minas Gerais admite possibilidade de racionamento

Torneira

Na última quarta-feira (28/01) os governadores de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) e do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (PMDB) se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff para tratar da questão da crise da água nos dois estados.

A reunião acontece após a Sabesp anunciar que o estado de São Paulo “pode sofrer um racionamento de água” caso o nível dos reservatórios não se recupere nos próximos meses. Ao contrário do divulgado pelo governador Geraldo Alckmin na época da eleição, a companhia pode adotar o sistema de 5 dias sem água e 2 com.

A situação nos estados do Sudeste é considerada grave por muitos especialistas. O governador mineiro Fernando Pimentel admitiu em entrevista que o estado corre risco de sofrer um racionamento de água caso as chuvas não venham e os consumidores não economizem.

“A meta é reduzir em 30% o consumo de água nos próximos meses e, se esta campanha não for suficiente, nós vamos fazer o rodízio e, se não for suficiente, vamos para o racionamento. Infelizmente, esta é a realidade e isso já vem desde o ano passado”, disse Pimentel à jornalistas.

Já o governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão declarou que o estado está preparado para a crise hídrica e afastou a possibilidade de racionamento até agosto e lembrou que a Secretaria Estadual do Ambiente e a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) investiu em obras para aumentar a captação e garantir a distribuição de água no Estado entre 2009 e 2013.

No último dia 22/01 o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que o reservatório do Paraibuna, um dos quatro maiores que abastecem o estado, atingiu o volume morto.

Obras prometidas

A principal obra que foi  firmada no encontro de ontem foi a transposição do rio Paraopeba para o Rio Manso, um dos principais que abastece a capital mineira.  Ela deverá ficar pronta até o mês de novembro e deverá custar, de acordo com Pimentel, “menos de R$ 1 bilhão”.

Dificuldade vem do governo anterior

O governador mineiro também criticou a gestão anterior do ex-governador Alberto Pinto Coelho, do PP, que ocupou o lugar de Antonio Anastasia (PSDB) quando esse deixou o cargo para disputar o Senado.

“Essa situação já podia ter sido detectada em meados do ano passado, a Agência Nacional de Águas chegou a fazer dois alertas para a Copasa, em agosto e em setembro, sobre a gravidade da situação, e esses alertas não foram levados em conta. A população não foi comunicada e essas medidas de economia, que podiam ter sido adotadas há seis meses, não foram (postas em prática). Vão ter que ser tomadas agora, com atraso, e portanto, com mais intensidade”, finalizou.

Com informações do G1 e da Agência Brasil.

Foto: Reprodução/Brasil de Fato

Fonte: Brasil de Fato

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