Depois de matar Cancellier, MP e PF agora perseguem seu filho

Foto: Reprodução

247 – Mikhail Vieira de Lorenzi Cancellier é filho do reitor perseguido implacavemente pela PF e MP até ser levado ao suicídio 2 de outubro de 2017. Agora é a vez dele ser perseguido, ameaçado de prisão num processo por “dessvio de dinheiro” no valor de 7 mil reais. ‘É difícil não sentir medo’, diz ele.

O dinheiro alvo da ação da PF e MP veio de Gilberto Moritz, professor da UFSC, amigo de Cancellier. Na ocasião, o filho do reitor tinha 25 anos e estudava em São Paulo. Vivia com mesada do pai.

Desde a morte do pai, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Luiz Carlos Cancellier, o professor universitário Mikhail toma remédios contra depressão e ansiedade. Cancellier cometeu suicídio enquanto era alvo de um inquérito da Polícia Federal (PF), acusado de obstruir as investigações de desvios de verbas nos cursos de Educação a Distância (EAD) da universidade.

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Cancellier foi vítima de um processo com inconsistências de provas e repleto de abusos. Em sua carta de despedida, o reitor denunciou a série de arbitrariedades que levaram ao seu suicídio.  “Minha morte foi decretada quando fui banido da universidade”, disse o ex-reitor.

Assim como o pai, o filho também foi denunciado na mesma operação, Ouvidos Moucos — Mikhail é suspeito de desviar dinheiro público do programa de ensino, no valor de RS 7 mil.

“Quando tu recebe um indiciamento e, sobretudo, uma denúncia, por mais que seja a evidência da inocência diante disso, você sempre tem medo do que pode te acontecer. Bom, eu sou inocente, né? Mas é um julgamento, todo processo, que eventualmente tem uma metodologia que é diferente. Então é difícil não sentir medo”, disse Mikhail em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”.

Entenda: 

Mikhail foi denunciado por causa de três depósitos bancários feitos em sua conta em 2013 e que somam pouco mais de R$ 7.000. O dinheiro veio de Gilberto Moritz, professor da UFSC, amigo de Cancellier. Na ocasião, o filho do reitor tinha 25 anos e estudava em São Paulo. Vivia com mesada do pai.

Um ano e dois meses após o relatório policial, sem nenhuma nova prova, a Procuradoria endossou os argumentos dos policiais e denunciou Moritz e Mikhail por desvio de dinheiro público.

Mikhail diz que espera que a denúncia seja rejeitada pela 1ª Vara Federal de Santa Catarina. “Se o que me envolveu no processo foi uma pergunta para a qual eu não tinha resposta, mas que agora quem de fato poderia responder já deu a resposta a esta pergunta, eu não vejo mais o porquê de eu continuar fazendo parte desse processo”, diz Mikhail.

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