David Romero: “Denunciar a corrupção é um crime”

DAVID 2

Honduras 

Português/Español

 

“A embaixada estadunidense em Honduras perdeu a confiança no presidente Juan Orlando Hernández, devido aos fortes nexos que têm o presidente hondurenho e seu partido político com o desvio do dinheiro do Seguro Social de Honduras e que também está envolvido em financiamentos com o narcotráfico”. jornalista David Romero.

 

Texto e fotos, Ronnie Huete Salgado, de Tegucigalpa, para Desacato.info

(Participação: Raul Fitipaldi.)

A incerteza, a insegurança e dois elementos da Polícia Preventiva são o cenário de trabalho no qual o jornalista centro-americano David Romero vive.

A impunidade em Honduras ameaça a vida do jornalista hondurenho David Romeri, quem trabalha como diretor de imprensa da radiotelevisora “Globo TV”, que transmite da capital dessa nação.

A recente denúncia que efetuou o jornalista Romero em seu programa vespertino “Interpretando a notícia” em relação aos fortes nexos que possui o Partido Nacional de Honduras com o roubo de 7 bilhões de lempiras (aproximadamente 400 mil dólares), provenientes do Instituto Hondurenho de Seguridade Social (IHSS), provocou a fúria dessa instituição política, que convocou marchas pagadas dos seus partidários nacionalistas.

No entanto, uma das máximas preocupações que alguns organismos de direitos humanos de Honduras, e da sociedade civil desse país, é o atentado que possa sofrer o jornalista David Romero, junto com sua família e colegas de trabalho.

*Mara “18”

 

Publicamente, Romero fez sérias denúncias de que foi ameaçado de morte por membros da Mara “18”, uma conhecida banda que opera em El Salvador e Honduras e que trabalha junto ao crime organizado.

“Eu não tenho nenhum complexo de mártir, já que desde 2009 tenho recebido ameaças, inclusive o Estado de Honduras tem me oferecido medidas cautelares e nunca as aceitei, porém, desta vez veio diretamente a segurança do Estado e me explicaram que tinha uma séria ameaça contra minha vida, como produto da denúncia que realizei com relação a que na campanha política das passadas eleições de novembro de 2013 houve financiamento com fundos furtados do HISS” explicou o jornalista David Romero, numa recente entrevista que se realizou para o Portal Desacato.info que se edita na cidade de Florianópolis, Brasil, e na que participou o jornalista Raul Fitipaldi

Romero explica que no dia  que chegou a seguridade do Estado, iriam atentar contra sua vida, os empregados da radiotelevisora Globo TV detectaram movimentos raros de particulares que ingressaram ao prédio da emissora, e que faziam análise do sistema das câmeras de segurança do prédio, por tal motivo, o jornalista David Romero é acompanhado por dois efetivos da Polícia Nacional Preventiva, para resguardar sua vida e a da sua família.

O Jornalista Raul Fitipaldi, via skype no momento da entrevista, opinou que em Honduras existe uma falência total do estado de  direito, pelos crimes que a diário se registram e a ausência de uma investigação dos organismos jurídicos competentes, que, na verdade, parecem dar o aval à impunidade e a ditadura militar e religiosa que é financiada pela pequena elite oligopólica midiática e financeira.

Vozes dissidentes

Fitipaldi opina que Honduras é uma nação muito apetecida pelas grandes transnacionais, as mesmas que optam por políticos do Partido Nacional, elementos do exército e demais aparatos estatais de controle, para dominar ainda mais este país centro-americano.

Neste cenário, é onde se empreendeu a luta das poucas vozes dissidentes, descreve o jornalista Romero, aquelas que denunciam estes fatos de corrupção que reforçam a impunidade e a venda do país para as multinacionais.

“Nós, frente a este cenário de corrupção, temos sido muito ousados por denunciar estes fatos, por sermos verdadeiros auditores e jornalistas de Honduras” mencionou Romero.

Frente às ameaças de morte que vive David Romero, manifesta que teve o apoio de organismos internacionais, assim como o apoio jornalístico da equipe profissional de Desacato.info desde a irmã República Federativa do Brasil.

Com 37 anos de experiência no exercício jornalístico, David Romero manifesta que não quer deixar de cumprir com a responsabilidade de ser um auditor social para denunciar a corrupção, e que a sociedade hondurenha tenha acesso a esta informação que muitas vezes se oculta. “Denunciar a corrupção em Honduras é um delito” e isto comprova o Estado falido em que se encontra enclaustrada Honduras faz 7 anos desde o Golpe castrense de junho de 2009.

Milionário roubo no IHSS

A denúncia que difundiu David Romero em relação ao milionário roubo do IHSS e cujo dinheiro se utilizou para financiar as campanhas políticas do Partido Nacional, veio desatar a fúria desse partido, comprovando a ditadura fascista pela que atravessa Honduras.

“A responsabilidade de ocorrer um ato que atente contra minha vida e dos meus familiares é do Estado de Honduras e eu como jornalista disse isso diretamente ao presidente desta forma: Juan Orlando Hernández, não me mande matar.”

O jornalista Romero terá várias reuniões urgentes com sedes diplomáticas da União Europeia em Honduras, que mostraram sua preocupação pelo que vive Romero e que estão dispostas a lhe apoiar.

Recentemente, Honduras foi avaliada pelo Exame Periódico Universal (EPU) na cidade de Genebra, Suíça, porém, os resultados desta avaliação para Honduras, contrariam a realidade que atravessa esse país, onde assassinam secundaristas e que agora ameaçam com atentar contra a vida de um jornalista.

A falsidade do EPU

 

Os informes oficiais do poder executivo fazem uma falsa festa de que Honduras está bem no relacionado com os direitos humanos, porém, a preocupação pela vida do jornalista David Romero, quem foi ameaçado por uma forte gangue desse país, desvirtuam o discurso oficialista do presidente Juan Orlando Hernández, quem está salpicado no caso de corrupção do HISS.

O jornalista Raul Fitipaldi do Portal Desacato.info é da opinião de que é necessário contextualizar Honduras no marco das estruturas dos “golpes suaves” que sofreu América Latina nas últimas décadas.

Fitipaldi é da tese de que a ausência do estado de direito em Honduras é só um passo do que vem depois, como o ocorrido nos estados do leste europeu, Georgia e recentemente na Ucrânia. No contexto hondurenho Raul Fitipaldi descreve que há uma institucionalidade muito frágil em Honduras como para que ela sozinha possa se defender do continuísmo do golpe de Estado.

Romero partilha da visão de Fitipaldi já que o presidente Juan Orlando Hernández possui o controle absoluto do Estado de Honduras para alcançar a cúspide do projeto neoliberal por via da força, tal e como se está impulsionando atualmente.

Juan Orlando Hernández descansa em três pilares: uma elite econômica muito reduzida, um controle dos meios de comunicação e nas forças armadas de Honduras; este é o controle que possui Juan Orlando e sobre isso desta seu mandato” apontou Romero.

A cria da oligarquia

O jornalista ameaçado de morte, também descreveu na entrevista que Juan Orlando Hernández é cria da oligarquia golpista deste país, e o novo elemento que tem surgido em Honduras é que já interveio a embaixada estadunidense através da caras visíveis do golpe de Estado de 2009, quem saíram recentemente à luz pública, fazendo uma opinião direta a tentativa de reeleição que pretende o presidente atual de Honduras.

Estas caras visíveis do golpe de Estado de 2009 são da União Cívica Democrática quem, outrora foram conhecidos como os “branquinhos”, coordenados pela oligarquia golpista de Honduras, uma oposição no estilo da venezuelana.

Segundo a tese do jornalista Romero, a representação diplomática estadunidense em Honduras, perdeu confiança no presidente Juan Orlando Hernández, devido aos fortes nexos que têm o presidente hondurenho e seu partido político com o desvio do Seguro Social de Honduras e que também estão envolvidos em financiamentos do narcotráfico.

A  União Cívica Democrática é representada por Ramón Custódio (ex-ombudsman de Honduras), Olban Valladares (político e empresário), Romeo Vázquez Velásquez (militar que coordenou o golpe de Estado em Honduras em 2009), e é financiada pela minúscula elite oligopólica, financeira e midiática, que conta com a benção do Opus Dei.

Raul Fitipaldi disse que Honduras foi o primeiro exercício imperialista desta época e a caracteriza como uma princesa democrática que foi a primeira em ser golpeada.

“Nós sentimos indefensos dentro de Honduras, pela impunidade na qual se vivo, não estou disposto a sair do país, seria o último que eu faria, já que é um país ávido de vozes dissidentes, somos muito poucos os que denunciamos estes fatos que deterioram o Estado de direito mediante a corrupção.”, finalizou Romero.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), Honduras continua sendo um dos países mais perigoso para exercer o jornalismo.

*Gangue.

——————————————

A VIOLADA

Nossa Senhora de Suyapa

Pinta o santo sudário no céu de Honduras

O Caribe lhe chora na cabeça

O Pacífico lhe purga o ventre

Tegucigalpa enfeita um bordel legislativo

E outro bordel executivo, e um militar, claro

Os gringos tem um milico por cada pobre

Um pobre por cada tonelada de cana, café e palma

Honduras está amarrada pelo umbigo com a Florida

Se infecta pelo umbigo

Morazán cai baleado em Toncontín

Vermelho sobre o azul estrelado, branco lívido, mortal

Bandeiras pisoteadas, jornalistas mortos

A justiça nasceu para ser sequestrada, estuprada e morta

As mulheres pobres nascem para ser justiça

Desde que mataram Isis Murillo não param de matar

Matam todos os dias e todas as noites

Tu matas, ele mata, eles matam,

Garífunas, negros, índios, pobres, estudantes,

Todos morrem, morrer é devido e cumprido. É lei.

Nunca visitei Honduras, vai morrer, vai morrer

Gostaria de consoá-la. Irmã pequena

A irmã violada.

Resiste, me aguarda, não vá embora!

Linda Honduras, minha Honduras que nunca tive.

Raul Fitipaldi.

 

Traducción: Tali Feld Gleiser

 

———————————————

 

Honduras. David Romero: “Denunciar la corrupción es un delito”

“La Embajada Estadounidense acreditada en Honduras, ha perdido la confianza en el presidente Juan Orlando Hernández, debido a los fuertes nexos que tiene el presidente hondureño y su partido político con el descalfo del Seguro Social de Honduras y que también está involucrado en financiamientos con el narcotráfico”. Periodista David Romero.

Texto y fotografía por: Ronnie Huete S., de Tegucigalpa, para Desacto.info

(Participación: Raúl Fitipaldi)

La incertidumbre, la inseguridad y dos elementos de la Policía Preventiva es el escenario de trabajo que el periodista centroamericano David Romero, vive.

La impunidad en Honduras, amenaza con la vida del periodista Hondureño David Romero, quien trabaja como director de prensa de la radio televisora “Globo TV”, que transmite desde la capital de esa nación.

La reciente denuncia que efectuó el periodista Romero en su programa vespertino “Interpretando la noticia” en relación a los fuertes nexos que posee el Partido Nacional de Honduras, con el robo millonario de 7 mil millones de lempiras (aproximadamente 400 mil dólares), provenientes del Instituto Hondureño de Seguridad Social (IHSS), ha provocado la furia de dicha institución política, quien ha convocado a marchas pagadas de sus partidarios nacionalistas.

Sin embargo una de las máximas preocupaciones que algunos organismos de derechos humanos de honduras, y de la sociedad civil de ese país, es el atentado que pueda sufrir el periodista David Romero, junto con su familia y compañeros de trabajo.

Mara “18”

Públicamente Romero ha hecho serías denuncias que ha sido amenazado de muerte por miembros de la mara “18”, una conocida pandilla que opera en el Salvador y Honduras y que trabaja conjuntamente con el crimen organizado.

“Yo no tengo ningún complejo de mártir, puesto que desde el 2009 he recibido amenazas, incluso el Estado de Honduras, me ha ofrecido medidas cautelares y nunca las he aceptado, sin embargo está vez me arribó directamente la seguridad del Estado y me explicaron que había una seria amenaza que atenta contra mi vida, como producto de la denuncia que realice en relación, a que la campaña política de las pasadas elecciones de noviembre de 2013 fue financiada con los fondos hurtados del IHSS de esa nación”, explicó El periodista David Romero, en una reciente entrevista que se realizó para el portal Desacato.org que se edita en la ciudad de Florianópolis, Brasil y en donde participó el periodista Raúl Fitipaldi.

Romero explica que el día que llego la seguridad del Estado, iban atentar contra su vida, ese mismo día los empleados de la radio Globo TV detectaron movimientos extraños de particulares que ingresaron al edificio de la televisora radial, y que hacían respectivos análisis de las cámaras de seguridad del edificio, por tal motivo el periodista David Romero es acompañado por dos efectivos de la Policía Nacional Preventiva, para resguardar la vida de él y los suyos.

El periodista, Raúl Fitipaldi, vía Skype en el momento de la entrevista, es de la opinión que en Honduras existe una falencia total del Estado de derecho, por los crímenes que a diario se registran y la ausencia de una investigación de los organismos jurisdiccionales competentes, que más bien parecieran avalar la impunidad y la dictadura militar e religiosa que es financiada por la pequeña elite oligopólica mediática y financiera.

Voces disidentes

Fitipaldi es de la opinión que Honduras es una nación muy apetecida por las grandes transnacionales, mismas que optan por políticos nacionales, elementos del ejército y demás aparatos estatales de control, para dominar aún más a este país centroamericano.

Bajo este escenario, es donde se ha emprendido la lucha de las pocas voces disidentes, describe el periodista Romero, quienes denuncian estos acontecimientos de corrupción que refuerzan la impunidad y la venta del país a las multinacionales.

“Nosotros frente a este escenario de corrupción, hemos sido muy osados para denunciar estos hechos, para ser verdaderos auditores y periodistas de Honduras” mencionó Romero.

Ante las amenazas a muerte que vive David Romero, manifiesta que ha tenido el apoyo de organismos internacionales, así como el apoyo periodístico del equipo profesional de Desacato.info desde la hermana Republica Federativa de Brasil.

Con 37 años de experiencia en el ejercicio periodístico, David Romero manifiesta que no quieren dejar de cumplir con la responsabilidad de ser un auditor social para denunciar la corrupción, y que la sociedad hondureña tenga acceso a esta información que muchas veces se oculta. “Denunciar la corrupción en Honduras es un delito” y esto comprueba el Estado fallido en que está enclaustrada Honduras desde hace seis años con la asonada castrense ocurrida en junio de 2009.

Millonario robo del IHSS

La denuncia que difundió David Romero en relación al millonario robo del IHSS y cuyo dinero se utilizó para financiar las campañas políticas del Partido Nacional, ha venido a desatar la furia de este partido, comprobando la dictadura fascista por la que atraviesa Honduras.

“La responsabilidad de ocurrirme un acto que atente contra mi vida y de los míos, es del Estado de Honduras y yo como periodista se lo he dicho directamente al presidente así; Juan Orlando Hernández no me mande a matar”

El periodista Romero tendrá varias reuniones de carácter urgente con sedes diplomáticas de la Unión Europea en Honduras, que han mostrado su preocupación por lo que vive Romero y que están dispuestos a apoyarlo.

Recientemente Honduras fue evaluada por el Examen Periódico Universal (EPU), en la ciudad de Ginebra Suiza, sin embargo los resultados de esta evaluación para Honduras, contrarían con la realidad que atraviesa este país, en donde asesinan a colegiales y que ahora amenazan con atentar contra la vida de un periodista.

La falsedad del EPU

Los informes oficiales del poder ejecutivo hacen una falsa alharaca de que Honduras está bien en cuanto a derechos humanos se refiere, no obstante la preocupación por la vida del periodista David Romero, quien fue amenazado por una fuerte pandilla de ese país, desvirtúan el discurso oficialista del presidente Juan Orlando Hernández, quien está salpicado en el caso de corrupción del IHSS.

El periodista Raúl Fitipaldi del Portal Desacato.info es de la opinión que es necesario contextualizar a Honduras en el marco de los cimientos de los golpes suaves que ha sufrido América Latina en estas décadas.

Fitipaldi es de la tesis que la ausencia del Estado de derecho en Honduras, es solo un paso de lo que se viene después, como lo ocurrido en el estado europeo de Georgia y Ucrania en el continente europeo, sin embargo estos ejemplos bajo el contexto hondureño, Raúl Fitipaldi describe que hay una institucionalidad hondureña muy frágil como para que ella sola pueda defenderse, del continuismo del golpe de Estado que aún sigue en Honduras.

Romero comparte la visión de Fitipaldi en el sentido de que el presidente Juan Orlando Hernández posee el control absoluto del Estado de Honduras para alcanzar la cúspide del proyecto neoliberal  por la vía de la fuerza, tal y como se está impulsando actualmente.

 “Juan Orlando Hernández descansa en tres pilares; en una elite económica muy reducida, en un control de los medios de comunicación y en las fuerzas armadas de Honduras, este es el control que posee Juan Orlando y sobre eso desata su mandato” puntualizó Romero.

La cría de la oligarquía

El periodista amenazado a muerte, también describió en la entrevista, que Juan Orlando Hernández es la cría de la oligarquía golpista de este país, y el nuevo elemento que ha surgido en Honduras es que ya intervino la Embajada Estadounidense, a través de la caras visibles del golpe de Estado de 2009, quienes salieron recientemente a la luz pública, haciendo una oposición directa contra la intentona reeleccionista que pretende el presidente actual de Honduras.

Estas caras visibles del golpe de Estado de 2009 son la Unión Cívica Democrática, quienes otrora fueron conocidos como los “blanquitos”, puesto que son coordinados por la oligarquía golpista de Honduras, es decir una oposición al estilo Venezuela.

Según la tesis del periodista Romero, la Embajada Estadounidense acreditada en Honduras, ha perdido la confianza en el presidente Juan Orlando Hernández, debido a los fuertes nexos que tiene el presidente hondureño y su partido político con el descalfo del Seguro Social de Honduras y que también está involucrado en financiamientos con el narcotráfico.

La Unión Cívica Democrática es representada por Ramón Custodio (ex ombudsman de Honduras), Olban Valladares (político y empresario), Romeo Vásquez Velásquez (Militar que coordinó el golpe de Estado de Honduras en 2009), y es financiada por la minúscula elite oligopólica financiera mediática, que cuenta con la bendición del Opus Dei.

Raúl Fitipaldi describe que Honduras fue el primer ejercicio imperialista de las últimas décadas y la caracteriza como una princesa democrática que fue la primera golpeada.

“Nos sentimos indefensos dentro de Honduras, por la impunidad en que se vive, no estoy dispuesto a salir del país, sería lo último que haría, puesto que es un país ávido de voces disidentes, somos muy pocos los que denunciamos estos acontecimientos que deterioran el Estado de derecho mediante la corrupción.

Según la Organización de las Naciones Unidas (ONU), Honduras sigue siendo uno de los

países más peligrosos para ejercer el periodismo.

—————————————————–

LA VIOLADA

Nuestra Señora de Suyapa
Pinta el santo sudario en el cielo de Honduras
El Caribe le llora en la cabeza
El Pacífico le purga el vientre
Tegucigalpa adorna un burdel legislativo
Y otro burdel ejecutivo, y un militar, claro
Los gringos tienen un milico por cada pobre
Un pobre por cada tonelada de caña, café y palma
Honduras está amarrada por el ombligo con la Florida
Se infecta por el ombligo
Morazán cae baleado en Toncontín
Rojo sobre el azul estrellado, blanco lívido, mortal
Banderas pisoteadas, periodistas muertos
La justicia nació para ser secuestrada, violada y asesinada
Las mujeres pobres nacen para ser justicia
Desde que mataron a Isis Murillo no paran de matar
Matan todos los días y todas las noches
Tú matas, él mata, ellos matan,
Garífunas, negros, indios, pobres, estudiantes,
Todos mueren, morir es debido y cumplido. Es ley.
Nunca visité Honduras, va a morir, va a morir
Quisiera consolarla. Hermanita.

La hermana violada.
Resiste, espérame, ¡no te vayas!
Linda Honduras, mi Honduras que nunca tuve.

Raul Fitipaldi.

Traducción: Tali Feld Gleiser

 

———————————–

Cualquier atentado o amenaza para el autor de este artículo es responsabilidad de quienes representan y gobiernan el Estado de Honduras o sus invasores.

El autor de este artículo es corresponsalía voluntaria de http://conexihon.hn la revista Caros Amigos editada en são Paulo, Brasil para Centroamérica, la organización Casa Mafalda São Paulo, Brasil , La Agencia informativa Latinoamericana Prensa Latina, Kaos en la red y El portal http://desacato.info editado en Florianópolis, Brasil.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.