Dança contemporânea: Será que É de Eter volta ao CIC, de forma gratuita

Com canções das vidas de todos brasileiros, Será que É de Éter?. a nova montagem da Cia. de Dança Lápis de Seda, faz uma homenagem ao cantor e compositor Chico Buarque de Holanda, aquele que exalta o amor, a vida, as contradições do cotidiano, as aflições mundanas. O grupo e Cláudia Passos voltam a apresentar a montagem em Florianópolis, no Teatro Ademir Rosa, amanhã, 12 de abril, às 15h, voltada para estudantes e instituições que atuam com projetos de inclusão, e outra às 20h.

Por Néri Pedroso.

A intenção é propor reflexões sobre dança contemporânea, memória e diferença. Com ingressos gratuitos, a realizadora Arte Movimenta tem o patrocínio da Prefeitura Municipal de Florianópolis por meio da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes através da Lei Municipal de Cultura de Florianópolis e o apoio cultural da Teltec, Jurerê Internacional, Fecoagro, Projeta Planejamento e Marketing. Conta ainda com o apoio do governo do Estado de Santa Catarina por intermédio daFundação Catarinense de Cultura (FCC) e da Involves.

Ao aproximar música ao vivo, dança contemporânea e o desejo de homenagear Chico Buarque, Será que É de Éter? surpreende a plateia pela beleza, profissionalismo e qualidade técnica do elenco. Em uma hora, as canções interpretadas por Cláudia Passos ganham novos e sucessivos contornos capazes de provocar pensamentos sobre resiliência, vida e arte. O repertório traz, entre outras escolhas, Valsinha, Baioque, Olê, OláSamba de um Grande AmorFlor da IdadeEssa MoçaMeu GuriAs VitrinesRosa dos VentosLolaTanto AmarBeatrizCotidianoÚltimo Blues, Tanto Mar.

O elenco da montagem se compõe de 17 pessoas. Luiz Gustavo Zago faz a direção musical e se apresenta no piano, Iva Giracca, no violino, Felipe Arthur Moritz, com sax e flauta, Dudu Pimentel no violão e guitarra, Leandro Fortes no violão e bandolim, e Alexandre Damaria, na percussão. Sob a direção coreográfica de Ana Luiza Ciscato e a direção musical de Zago, intérprete, bailarinos e os seis instrumentistas contam com um reforço emblemático, os conceitos “cênicos” da sound light designer Hedra Rockenbach.

A intérprete Cláudia Passos, que também assina a direção artístico-musical da montagem, é carioca, mas escolheu Florianópolis para morar. Inserida no circuito musical de Santa Catarina, divide a agenda profissional entre o Rio de Janeiro e a capital catarinense. Entre as duas cidades, participa ativamente de apresentações e shows. Seu CD se chama Mar à Vista.

O projeto de criação e circulação de Será que É de Éter? foi idealizado em 2016 e concretizado em 2017 com o incentivo do Ministério da Cultura via Lei Rouanet. A montagem estreou em Florianópolis e, em novembro do ano passado, foi apresentada em Blumenau, no Teatro Carlos Gomes. 

A companhia

Corpo, diferença, política de inclusão, independência artística e construção identitária são palavras-chave para a Companhia de Dança Lápis de Seda. Idealizada pelo Baobah Novas Formas de Inteligência em 2014, em Florianópolis (SC), aposta na valorização das diferenças individuais.

Sob a coordenação da diretora artística Ana Luiza Ciscato, Lápis de Seda reúne dez bailarinos com diferentes capacidades e formações. Jovens e adultos, 60% são considerados com deficiência intelectual e/ou motora e 40% sem deficiência. A faixa etária se situa entre 20 e 50 anos.

Com recursos obtidos por leis de incentivo à cultura, o grupo apresenta as coreografias Convite ao Olhar, já visto em sete cidades de Santa Catarina e cinco capitais brasileiras, e Será que É de Éter?, com circulação em Florianópolis e Blumenau (SC) em novembro de 2017.

Cada integrante é parte fundamental do processo criativo, contribui a seu modo para a composição dos trabalhos. A direção aproveita as múltiplas experiências dos bailarinos que abrangem o balé clássico, a dança contemporânea, a afro, a técnica de danceability e o teatro.

A companhia faz apresentações em teatros, espaços fechados e ao ar livre. Busca ampliar as ressonâncias das ações pois também quer discutir a cidade, incorporar a tensão entre arte e vida, com representações que enfocam as relações existentes entre os espaços e os fluxos existenciais. A Arte Movimenta, realizadora do projetolegitimado pelo Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, coordena a Lápis de Seda. Instituição do terceiro setor, foca no desenvolvimento humano, comprometida com propostas coletivas de cunho criativo e concepção identificada com os princípios da economia criativa. Incentiva a arte desde 2005, sempre com temas comunitários e conteúdos capazes de provocar transformações socioculturais.

Sinopse: Será que É de Éter?

A partir do universo criativo de Chico Buarque, mestre na arte de enaltecer o homem comum, o espetáculo contrapõe a imagem de uma multidão de faces anônimas e individualidades perdidas. Na jornada da Lápis de Seda, a permanente busca das diferenças. Em vez da negação, a evidência; em vez da ocultação, a valorização. Ao invés das semelhanças, a descoberta de outros lugares de aceitação, a crença de formas singulares de convivência coletiva, o desejo de pertencimento e de encontro com o sem igual. Criação coreográfica colaborativa com movimentações trazidas pelos bailarinos, a partilha de vida e cotidiano carregados de inquietações e poesia, a revelação de como se enquadram anonimamente na multidão e se libertam das amarras por meio da dança. Com expressivos músicos e a interpretação de Cláudia Passos, a experiência quer a potência daquilo que está além de cada um, ou seja, uma possível expansão de novos significados. 

 

Equipe técnica

Será que É de Éter? (1h)

Direção geral e coreografia: Ana Luiza Ciscato

Direção artístico musical e intérprete: Cláudia Passos

Direção musical e arranjos: Luiz Gustavo Zago

Coordenação geral: Arte Movimenta

Produção executiva:  Neiva Ortega

Bailarinos: Ana Flavia Piovezana, Aroldo Gaspar, Deivid Velho, Fabiana Marques, Gabriel Figueira, João Paulo Marques, Maura Marques, Paulo Soares, Ramon Noro, Roberta Oliveira e Silvia Gevaerd (bailarina estagiária)

Banda: Luiz Gustavo Zago (piano), Iva Giracca (violino), Felipe Arthur Moritz (sax, flauta), Dudu Pimentel (violão e guitarra), Leandro Fortes (violão e bandolim) e Alexandre Damaria (percussão)

Iluminação/cenotécnico: Hedra Rockenbach

Figurinista: Gabriela Bosco Dutra

Sonorização: Juarez Mendonça Jr.

Fotografia e vídeo: Cristiano Prim

Projeto gráfico: Ramon Noro

Serviço Florianópolis

O quê: Será que É de Éter – Cia. Lápis de Seda – Cláudia Passos e Convidados

Quando: 12.4.2018, 15h e 20h

Onde: Teatro Ademir Rosa, av. Gov. Irineu Bornhausen, 5.600, bairro Agronômica, Florianópolis, tel.: (48) 3664-2685 (bilheteria)

Quanto: Gratuito

Realização: Arte Movimenta

Patrocínio: Prefeitura Municipal de Florianópolis, Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes através da Lei Municipal de Cultural de Florianópolis

Apoio cultural: Teltec, Jurerê Internacional, Fecoagro, Projeta Planejamento e Marketing

Apoio: Involves, Governo do Estado de Santa Catarina/Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte/Fundação Catarinense de Cultura e Mercado Limeira

 

Saiba mais:http://www.lapisdeseda.com/ Face: Cia Lápis de Seda

 

Contatos: Ana Luiza Ciscato – direção geral (48) 9-9177-6003//Cláudia Passos –intérprete (48) 9-9967-4772

Arte Movimenta: Neiva Ortega – prod. executiva (48) 9-9979-0480/ 3333-1916 neiva.cultura@gmail.com

Ass. imprensa: NProduções Néri Pedroso (jorn.) [email protected]Skype: neripedroso(48) 9-9911-9837/3248-4158 Facebook: Néri Pedroso

Companhia de Dança Lápis de Seda é patrocinada pela Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes por meio da Lei Municipal de Cultural de Florianópolis

Coletânea de imagens em ordem de publicação:

1.Lápis de Seda: trajetória e luta pela inclusão e fim de preconceitos

Cristiano Prim/Divulgação

2. Deivid Velho (E) e Paulo Soares: entrelaçamento e reflexões sobre a dança e a vida

Cristiano Prim/Divulgação

3.Fabiana Marques; disciplina e amor pela dança

Cristiano Prim/Divulgação

4.Criada em 2014, grupo insere o seu nome no circuito de dança de SC

Cristiano Prim/Divulgação

5.Comovente, montagem faz homenagem ao compositor Chico Buarque de Holanda

Cristiano Prim/Divulgação

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