Cruz Vermelha denuncia punição de Israel aos presos em greve de fome

O Comité Internacional da Cruz Vermelha quebrou o silêncio para denunciar a restrição às visitas dos familiares dos presos. Dirigentes políticos de várias fações palestinas juntaram-se à greve de fome.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha emitiu um apelo ao governo de Israel para que acabe com as “suspensão sistemática” das visitas dos familiares dos presos que esta quinta-feira entraram no 18º dia de greve de fome. “São as famílias que estão a pagar o preço por esta situação”, alerta a organização humanitária.

Desde o início desta greve de fome, a repressão aumentou dentro das cadeias israelitas, com a rede de solidariedade Samidoun a dar conta de 20 detidos internados em hospitais, dezenas a desmaiarem durante o protesto e centenas de grevistas da fome a serem transferidos sucessivamente de prisão em prisão.

A greve de fome iniciada a 17 de abril envolveu 1500 presos palestinos em luta contra os abusos das autoridades prisionais, como a restrição das visitas e do acesso a cuidados médicos, o isolamento prolongado dos presos, entre outras violações dos direitos dos presos.

Esta quinta-feira, a greve conta com reforços anunciados em conferência de imprensa conjunta por diferentes fações da resistência palestina. Os representantes da FPLP, Hamas, Jihad Islâmica, FDLP e Fatah anunciaram que as suas lideranças na prisão também vão aderir a este protesto.

Por seu lado, a ala militar do Hamas, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, anunciaram na terça-feira em comunicado que irão fazer represálias caso a situação dos presos não tivesse resposta em 24 horas. Um dos exemplos será o aumento das exigências para a libertação de prisioneiros em troca de soldados israelitas capdturaos em Gaza.

Cartoon: Carlos Latuff.

Fonte: esquerda.net 

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