Conhecendo a UNAH – de jornalista para jornalista

Era quase 17h, na sexta-feira (4), quando o professor de Jornalismo da Universidade Nacional Autônoma de Honduras (UNAH), Reinaldo Amador, me buscou na rádio. Eu tinha um encontro marcado com seus alunos e, depois, com o diretor da universidade. Amador tem 61 anos e trabalha como jornalista desde 1970. Tem experiência no rádio e no jornal impresso, em veículos como as agências de notícia EFE, Reuters e etc. No trajeto, conheci lugares diferentes, a vista era mais bonita. A universidade, que segundo o professor, tem cerca de 60 mil estudantes, fica mais ao alto, em Tegucigalpa.

Fiquei nervosa ao estar sozinha com esse professor, pois achei que não teria o que falar e nem saberia como falar. No final, deu tudo certo. Falei de mim, meus interesses, essa minha viagem, do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, onde estudo e fizemos algumas observações a respeito do que é similar e do que é diferente nos cursos e do Jornalismo, em geral. Segundo Amador, a maior crítica a respeito do estudo do Jornalismo é o excesso de teoria e a falta de prática. Acho que já ouvi essa história antes…

Na sala de aula, sempre aprendendo

Não consegui ignorar a timidez, ao entrar na sala. Havia mais de 50 pessoas me esperando e, logo de cara, percebi que eram muito mais velhos dos que meus colegas da universidade (mais tarde Reinaldo me confirmou que tem gente de até 50 anos). O professor me apresentou e pediu que eu colocasse algumas informações ao meu respeito: nome, idade, procedência, contato e objetivo.

Depois, não sei como, comecei a tagarelar. Rostos curiosos, canetas nas mãos e alguns gravadores em uma mesa, na minha frente. Apresentei-me mais detalhadamente e, como combinado com o professor, abrimos um espaço para perguntas. A aula era de Jornalismo Informativo (se entendi direito, é uma aula de redação com técnicas para escrita e entrevista para veículos impressos) e os alunos teriam que escrever uma matéria baseada na nossa conversa. Fiquei muito contente com o interesse e a seriedade com que os estudantes participavam. Algumas perguntas me surpreenderam e, como acontece muitas vezes, refleti e reconheci minha santa ignorância e falta de critérios a respeito do Jornalismo, Política e História do Brasil.

Acabamos extrapolando o tempo previsto e perdi meu encontro com o diretor da UNAH. Não lamentei, pois achei a experiência mais do que válida. Saí da sala, sob a mira de sorrisos e olhares simpáticos. Amador me pediu que retornasse em cerca de 15 minutos, então, fui caminhar um pouco e bater algumas fotos. Quando retornei, a turma havia sido liberada e os alunos saiam pouco a pouco. Alguns quiseram bater fotos e conversar. Achei ótimo e pedi que me enviassem toda a produção por e-mail. O professor me deixou na casa de Rony, onde Cínthia me esperava para definir se sairíamos nessa noite ou não.

 

* As fotos são do estudante, Alejandro Torres.

 

 

 

 

2 COMENTÁRIOS

  1. Gata, conselhos profissionais: entrevistou alguns universitários? Em todos os lugares onde houve ditadura, essa foi uma classe muito importante – senão a mais – para o avante da resistência. Ainda que não seja esse teu foco, entrevistas à parte humanizam e dão um fluir melhor para a história!

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