Conheça 5 mulheres revolucionárias que lutaram contra o autoritarismo

Foto: Reprodução/ As minas na história.

Por Anelise Csapo, Elena Schembri, Fernanda Grigolin, Juliana Vasconcelos e Thiago Lemos Silva.

A luta das mulheres contra regimes autoritários não teve início hoje. Elas se opõem ao fascismo, ao autoritarismo e à repressão não como um ato de mera contrariedade fútil e sim como afirmação de convicções, liberdade e amor. Escolhemos cinco mulheres antiautoritárias e anticapitalistas de diferentes partes do mundo que têm muito a nos ensinar sobre a luta e suas formas de ação.  E quem são elas?

São mulheres que lutaram  contra o fascismo nascente com questionamento intelectual e prático antifascistas e anarquistas, como Luce Fabbri (Itália/Uruguai), Lucía Sánchez (Espanha) e Maria Lacerda de Moura (Brasil). São mulheres que lutaram contra o autoritarismo, tanto dos bolcheviques quanto dos nacionalistas ucranianos, durante a Revolução Russa como a atamansha (líder militar feminina) Maria Grigor’evna Nikiforova (Rússia/Ucrânia). São  mulheres que promoveram o projeto revolucionário de confederalismo democrático e de democracia radical de base que hoje continua sendo desenvolvido pelo povo curdo, como Sakine Cansiz (Curdistão/Turquia). Isso para lembrar-nos que os fascismos e os regimes autoritários, unidos ao capital, massacram os corpos e desejos das mulheres cis e trans onde elas estiverem. Unamo-nos a elas em ideias e ideais pois a nós elas nos ensinam que resistir é um ato diário e dignamente humano e a liberdade é nossa essência.

As anarquistas antifascistas:

Luce Fabbri (Itália, 1908 – Uruguai, 2000)

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É MUITO DIFÍCIL PARAR DE FUMAR OU BEBER MAS É TÃO FÁCIL PARAR DE LER E PENSAR! O FASCISMO OBTEVE O QUE QUERIA NESTE CAMPO; CONSEGUIU ADORMECER OS CÉREBROS DAS GRANDES MASSAS E TORNAR EXTREMAMENTE DIFÍCIL A AUTO-EDUCAÇÃO DAS MINORIAS QUE NÃO SE ADAPTAM A DEIXAR SUA PRÓPRIA INTELIGÊNCIA MORRER” (CAMISAS NEGRAS1935).

TODAS AS DESIGUALDADES SÃO SOLIDÁRIAS: AS ECONÔMICAS, AS RACIAIS, AS SEXUAIS, E DEVEM SER COMBATIDAS EM BLOCO, POIS TÊM A MESMA RAIZ: O DESEJO DE PODER”(CARTA DE MONTEVIDEO AL GRUPO DE MUJERES LIBERTARIAS DE MADRID, 1985).

Luce Fabbri nasceu em Roma em 1908, passou sua infância em Bolonha, onde se formou em Letras com uma tese sobre Eliseu Reclus, e em 1928 fugiu da Itália com sua família por causa da repressão do regime fascista. Passou por vários países europeus para terminar sua fuga em Montevidéu.

Filha de Bianca Sbriccoli e de Luigi Fabbri, conhecido militante e pensador anarquista, grande amigo de Errico Malatesta, Luce foi criada dentro de uma família libertária. O conhecimento direto da Primeira Guerra Mundial, do fascismo e da experiência como exilada, tanto na França, onde entrou em contato com o ambiente dos refugiados antifascistas e de militantes anarquistas críticos do regime russo, quanto no Uruguai, com a vivência com os exilados italianos e argentinos, marcaram suas reflexões sobre a temática do autoritarismo.

Com seu livro Camisas Negras. Estudio crítico histórico del origen y evolución del fascismo, sus hechos y sus ideas (1935)Luce opera uma análise aprofundada do fascismo, particularmente italiano e alemão, na tentativa de alertar os povos latino-americanos.

Motivos culturais, políticos e sentimentais aliaram-se de forma consciente ou inconsciente à causa econômica e prepararam o terreno para o crescimento do movimento fascista e a formação de seu contraditório conteúdo teórico. Classismo, autoritarismo, nacionalismo e tradicionalismo eram as bandeiras deste novo tipo de totalitarismo.

Por meio da direção da revista “Studi Sociali” e de outras publicações, Luce acompanhou os eventos revolucionários na Espanha (1936-1939) e ao longo de sua vida, inclusive como professora de Literatura Italiana na Universidade de Montevidéu, propagou o pensamento anarquista de cunho malatestiano e reflexões sobre totalitarismo, socialismo e liberalismo, traçando o caminho para chegar até o socialismo sem Estado. Para ela o anarquismo significava o máximo desenvolvimento da pessoa humana dentro de comunidades fundadas pelo livre acordo, sem Estado, sem dogmas, sem privilégio. Neste sentido, Luce destacou o caráter ético e de justiça social do anarquismo.

Lucía Sánchez Saornil (Espanha, 1895-1970)

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“A DEMOCRACIA […] ABRIU AS PORTAS DO MUNDO PARA OS DESCAMISADOS; MAS QUANDO OS DESCAMISADOS ADQUIRIRAM CONSCIÊNCIA E PRETENDERAM SE ESTABELECER NO MUNDO, AÍ ELA FECHA AS PORTAS IMEDIATAMENTE, ESTREPITOSAMENTE, E ENTREGA AS CHAVES AO FASCISMO” (REVISTA MUJERES LIBRES, 1936).

“SOMOS ANTIFASCISTAS NÃO POR UMA SIMPLES NEGAÇÃO DO FASCISMO, MAS POR UMA AFIRMAÇÃO DE NOSSAS PRÓPRIAS CONVICÇÕES IDEOLÓGICAS” (FRAGUA SOCIAL, 1937).

“O ANTIFASCISMO ESPANHOL SENTE A DIGNIDADE DE SUA MISSÃO; SABE QUE REALIZOU UMA OBRA […] CUJA PROFUNDA E LUMINOSA MARCA OS IMUNDOS CUSPES DA CHUSMA FASCISTA NÃO PODEM APAGAR.” (SIA, 1939).

Lucía Sánchez Saornil  nasceu em 12 de junho de 1895 no interior de uma família proletária de Madrid, tendo formado-se de modo autodidata. Desde muito jovem, destacou-se enquanto poeta ligada, primeiro ao modernismo (AvanteCadiz de San Fernando e Los Quijotes), e depois ao ultraísmo (GreciaCervantesUltra e Plural), sobressaindo-se como uma poucas presenças femininas em ambos os movimentos literários.

Órfã de mãe seguiu cedo o exemplo do pai no ofício de telefonista na Companhia Telefonica de Madrid em 1916, onde protagonizou dois importantes episódios grevistas (1927 e 1931). No interior da Telefonica, entrou em contato com o anarquismo, tornando-se uma figura destacada nos sindicatos (CNT), grupos específicos (FAI) e imprensa anarquista (CNTSolidaridad Obrera e Umbral).

Das suas publicações, sublinhamos sua crítica contundente ao machismo estrutural dentro da CNT. Tal fato a impulsionou a criar junto com Mercedes Comaposada e Amparo Poch y Gascón, a Fedração Mujeres Libres, vindo a ser a principal responsável pela linha editorial da Revista e orientação política da Organização, que chegou a mobilizar cerca de vinte mil mulheres na “dupla luta” pela sua emancipação de classe e de gênero durante a guerra e a revolução espanhola (1936-1939).

Com a derrota para os fascistas Lucía busca exílio na França, de onde retorna cerca de três anos depois. Durante o franquismo, mantêm-se desligada das atividades políticas, morrendo em 02 de junho de 1970, em Valência,   vitimada por um câncer de pulmão. Na lápide de seu túmulo pode-se ler a seguinte frase: “¿Pero es verdad, que la esperanza ha muerto?”, pergunta que persiste e persegue diferentes gerações de lutadoras que continuam com  a luta de um mundo mais livre e igualitário.

Maria Lacerda de Moura (Brasil, 1887 – 1945)

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“NOSSO GRITO GENEROSO E FORTE DE “MORTE AO FASCISMO” NÃO É VIOLÊNCIA. É “SUPREMA RESISTÊNCIA” DE TODOS OS SERES CONSCIENTES CONTRA A FEROCIDADE ORGANIZADA” (CLERO E FASCISMO: HORDA DE EMBRUTECEDORES, 1933).

“CALAR HOJE É SER CÚMPLICE. PRATIQUEMOS O CRIME INOMINÁVEL DA CORAGEM, NO MEIO DA COVARDIA E DO CINISMO DA HORA PRESENTE” (FASCISMO – FILHO DILETO DA IGREJA E DO CAPITAL, 1934).

“SÃO INCOMPATÍVEIS O DOGMA E O PENSAMENTO LIVRE, O PRINCÍPIO DE AUTORIDADE E O PRINCÍPIO DE LIBERDADE, O PRECONCEITO E O BEM ESTAR PESSOAL. É A ENCRUZILHADA”  (A MULHER É UMA DEGENERADA,  1932).

Maria Lacerda de Moura nasceu em maio de 1887 e morreu aos 57 anos em março de 1945. Foi uma pensadora anarquista brasileira e pacifista. Precursora do que se denomina, hoje em dia, como anarcofeminismo. Foi extremamente ativa em sua época e lida por intelectuais, militantes e escritores tanto do Brasil quanto da Espanha, Argentina e Chile. Foi editora/criadora da revista Renascença (seis edições, 1923), uma revista de arte e pensamento que contava com colaboração de anarquistas, feministas e comunistas brasileiros e estrangeiros. O primeiro número da revista, esgotado em dois dias, foi elogiado  na imprensa anarquista da época (A Plebe e Nosso Jornal) e nos meios intelectuais.

Escreveu mais de vinte livros e muitos deles tiveram reedições revisadas pela autora tanto em português quanto em espanhol, algumas de suas publicações mais conhecidas são: Renovação (1919, 2015), A mulher e a maçonaria (1922), A fraternidade na escola (1922), A mulher é uma degenerada (1924, 1925, 1932, 2018), Han Ryner e o amor plural (1928, 1933), Religião do amor e da beleza (1926, 1929),  Serviço Militar para mulheres: recuso-me e outros escritos (1931, 1999), Amai e… não vos multipliqueis (1932), Clero e fascismo: horda de embrutecedores (1933, 2018),   Fascismo: filho dileto da igreja e do capital (1934, 2012, 2018).

Era vegetariana e firme em seus posicionamentos anticapitalistas, anticlericais e é considerada uma das primeiras antifascistas das Américas; levando, como palestrante e escritora, palavras contrárias e contundentes ao retrocesso de seu tempo, “em tempos como o de hoje ninguém mais nasce de olhos fechados”, escreveu em A mulher é uma degenerada.

Entre 1928 e 1937, viveu em uma comunidade agrícola em Guararema, interior de São Paulo, cuja formação era de anarquistas individualistas e desertores espanhóis, franceses e italianos da Primeira Guerra Mundial. A comunidade foi desfeita devido à repressão da ditadura do Estado Novo.

Seu trabalho foi investigado por anarcofeministas, anarquistas e feministas brasileiras e estrangeiras, com destaque à pesquisa de Miriam Moreira Leite nos anos 1980, a primeira a focar exclusivamente na vida e na obra da anarquista. Seus livros raros hoje em dia estão, aos poucos, sendo reeditados por editoras independentes, contudo, não se pode esquecer que o ato de republicar Maria Lacerda é uma ação que coletivos anarquistas já realizavam desde os anos 1990.

Atamansha:

Maria Grigor’evna Nikiforova (Rússia, 1885 – Ucrânia, 1919)

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“OS ANARQUISTAS NÃO PROMETEM NADA A NINGUÉM. OS ANARQUISTAS SÓ QUEREM QUE AS PESSOAS SEJAM CONSCIENTES DE SUA PRÓPRIA SITUAÇÃO E APODEREM-SE DA LIBERDADE POR ELAS MESMAS.” MARIA NIKIFOROVA (ATAMANSHA. THE LIFE OF MARUSYA NIKIFOROVA, 2007).

Maria Nikiforova, conhecida como Marusya, foi uma militante anarquista, intersexual, adepta da propaganda pelo fato. Aos 16 anos tornou-se babá, balconista e, finalmente, operária fabril lavando garrafas de vodka. Uniu-se a um grupo local anarquista, adotando uma estratégia ilegalista, realizando bombardeios e missões de expropriação. Presa por sua atuação nessas atividades, foi condenada à morte e mais tarde, prisão perpétua. Ela cumpriu parte dessa sentença na prisão de Petropavlovsk em São Petersburgo, antes de ser exilada para a Sibéria, em 1910. De lá, fugiu para o Japão, Estados Unidos, depois Espanha, e finalmente Paris, onde se casou com Witold Brzostek, anarquista polonês e amigo, por uma questão de conveniência.

Com o início da Revolução Russa, ela retornou a Petrogrado, onde organizou e falou em manifestações pró-anarquistas em Kronstadt. Maria trabalhou ao lado de Nestor Makhno. O historiador de Makhno, Michael Palij, observou que Nikiforova “exerceu uma influência substancial sobre Makhno desde o início de seu conhecimento”.

O Combate Livre de Druzhina foi equipado com tachankas (veículos movidos por cavalos e armados com metralhadoras) e cavalos, bem como tropas, não se restringindo às linhas ferroviárias. Os vagões eram adornados com bandeiras onde se liam: “A Libertação dos Trabalhadores é Um Dever dos Próprios Trabalhadores”, “Viva a Anarquia”, “O Poder Cria Parasitas” e “A Anarquia é a Mãe da Ordem”. Em 1919, diante de uma guerra de duas frentes, contra os nacionalistas ucranianos e contra os bolcheviques russos, na cidade de Sevastopol foram reconhecidos e presos. O julgamento foi realizado em 16 de setembro de 1919, ela e seu marido foram declarados culpados e condenados à morte por fuzilamento pelos nacionalistas ucranianos.

Em seguida foi morta novamente, pois os historiadores da era soviética a apagaram da história. Deixando poucos registros, escritos ou fotografias. Com exceção de Makhno que forneceu relatos, como testemunha ocular, da vida de Nikiforova, nas memórias dele. Muitas biografias de Makhno foram publicadas, enquanto há quase nenhuma menção a Maria, isso apesar de seu maior destaque contemporâneo: “Em 1918, Nikiforova já era famosa como uma atamansha (líder militar feminina) anarquista em toda a Ucrânia, enquanto Makhno ainda era um personagem bastante obscuro em operação numa província tranquila” (Archibald, 2007). Traduzido em português pela primeira vez por Marcolino Jeremias. A biografia de Nikiforova, “Atamansha: The life of Marusya Nikiforova”, foi publicada pela primeira vez em 2007 por Marlcolm Archibald.

Revolucionária da autodefesa e da democracia radical de base com protagonismo feminino:

Sakine Cansiz (Turquia 1958 – França 2013)

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“A VIDA ERA TÃO BELA E ME ENTUSIASMOU DE TAL MANEIRA, QUE EU NÃO PODERIA IMAGINAR NADA QUE NÃO PUDESSE SER SUPERADO. NENHUM ASPECTO DA VIDA ME ERA ESTRANHO. ERA COMO SE NUNCA HOUVERA OUTRA MANEIRA DE VIVER. EMBORA O EMARANHADO DE ACONTECIMENTOS QUE VIVI TENHAM DEIXADO SUAS MARCAS, O QUE ME ESTIMULOU, DEFINIU MINHA VIDA E ME DEU FORÇA, FOI A BELEZA DA LUTA REVOLUCIONÁRIA. EU NÃO ME PREOCUPEI COM RELAÇÃO AOS LUGARES E SITUAÇÕES ONDE A LUTA ME LEVARIA E NEM MESMO EM COMO EU IRIA CONTINUAR. TUDO TINHA QUE SER FEITO EM TODOS OS MOMENTOS. O QUE IMPORTAVA ERA CONVICÇÃO, UNIÃO E CONFIANÇA” (TODA MI VIDA FUE UNA LUCHA, 2017).

Sakine Cansiz nasceu em Tunceli, cidade turca – mais precisamente na região de maioria curda conhecida como Bakur – área ao norte do Curdistão e foi executada a tiros em Paris, no ano de 2013 ao sair do Centro de Informações Curdas junto a outras duas militantes. Membra co-fundadora do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e referência do Movimento das Mulheres Curdas. Conduziu o movimento de resistência e protesto à liberdade após ter sido detida e torturada em Diyarbakir na década de 1980. Trabalhou junto ao líder do PKK, Abdullah Öcalan na Síria e Turquia e foi comandante do movimento de guerrilha das mulheres nas áreas curdas no norte do Iraque. Houve uma forte tentativa de apagamento de sua história (assim como a de tantas outras mulheres no mundo) pelo sistema de dominação masculina a qual nunca deixou de combater.

A luta das mulheres curdas é um verdadeiro exemplo de coragem, fortalecimento e beleza em suas ações antifascistas de autodefesa perante os ataques e opressões do Estado Islâmico, dos quatro fronts com Estados Nações e as mais variadas violências de gênero contra a mulher (com discussão aprofundada sobre as questões da violência), ecologia social, organização comunal de base, solidariedade internacionalista, jinealogia (ciência da mulher), autogestão com pluralismo religioso e étnico e, protagonismo das mulheres nos processos revolucionários.

Tudo isso parte da proposta política denominada Confederalismo Democrático (organizada por Öcalan de dentro da prisão na ilha de Imrali – Turquia), uma alternativa viável de organização social que parte do âmbito da potencialidade de crescimento das municipalidades e autogestão na urbe, bem como nas aldeias, bairros, vilas…. Partindo da descentralização dos poderes e dissolução das hierarquias.

Sua vida em luta reforça a importância do fortalecimento, da combatividade, da resistência consistente, das ações diretas e organizadas pelo fim do patriarcado, da opressão do capital e do estado nação. Não à toa, um dos lemas da luta curda é Jin Jiyan Azadi (Mulher, Vida e Liberdade).

SOBRE OS AUTORES:

Anelise Csapo é jornalista e pós-graduada com especialização em Psicologia Política pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades  da USP onde pesquisou o Protagonismo Feminino na Revolução de Rojava. Foi cofundadora do Comitê de Solidariedade à Resistência Popular Curda de São Paulo, com o qual coeditou dois livros sobre diferentes aspectos da história de luta curda A Revolução Ignorada junto à editora Autonomia Literária e Revolução: uma palavra feminina junto à Biblioteca Terra Livre.

Elena Schembri é doutoranda em História pela Universidade Estadual de Campinas, bolsista CAPES. Desenvolve sua pesquisa sobre Luce Fabbri e a revista Studi Sociali (1930 – 1946) particularmente no período de direção da anarquista italiana.

Fernanda Grigolin é artista, editora, doutoranda em Artes Visuais na Universidade Estadual de Campinas, bolsista CAPES. Entre seus projetos estão Jornal de Borda, Tenda de Livros e Arquivo 17. Sua pesquisa de doutorado é conduzida pela mulher do canto esquerdo do quadro, uma operária que viveu entre 1900 e 1965 e conta suas memórias e encontros com mulheres anarquistas que  atuavam na mesma época, tanto no Brasil quanto no México e na Argentina.

Juliana Santos Alves de Vasconcelos é militante anarcofeminista, bacharel em Serviço Social, pesquisadora e integrante do Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri – NELCA e do Coletivo Anarco Feminista Insubmissas – CAFI. Organiza o Grupo de Estudos Periódicos AnarcoFeminista, tendo como proposta o estudo das teorias e práticas anarquistas no seu desenvolvimento histórico, resgatando a atuação das mulheres no anarquismo.

Thiago Lemos Silva é mestre em História pela UFU, professor do Unipam e pesquisador do Nephispo. Editou os textos de Lucía Sánchez Saornil que integram a edição portuguesa A questão feminina em nossos meios, publicado em 2015 pela Biblioteca Terra Livre e a edição espanhola La cuestión femenina en nuestros medios, publicado em 2016 pela Editorial Eleuterio.

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