Com protestos, ministros demitem-se do governo de Mursi no Egito

editoQuatro ministros egípcios abandonaram o gabinete do presidente Mohammed Mursi após a escalada de protestos no país árabe, informou nesta segunda-feira (1º/7) um alto funcionário do Governo. O ministro do Turismo, o do Meio Ambiente, o de Comunicação e Tecnologia e o de Assuntos Legais apresentaram as suas renúncias ao primeiro-ministro Hisham Qandil um dia depois de que protestos massivos foram registrados em todo o país contra Mursi, com a morte de 18 pessoas e centenas de feridos.

O ministro de Turismo, Hisham Zaazou já havia ameaçado abandonar o cargo em junho, depois de Mursi nomear Adel Mohamed al-Jayat como governador da cidade de Luxor.

Para Zaazou, Adel Mohamed al-Jayat é membro do Partido de Construção e Desenvolvimento, braço político do grupo ultra-conservador Al-Gamaa al-Islamyia, que é responsável por um ataque que causou a morte de 58 turistas e quatro egípcios em 1997, em Luxor, a 635 quilômetros ao sul da capital Cairo.

Os protestos massivos deste domingo (30/6) coincidiram com o primeiro aniversário da posse presidencial de Mursi, depois da revolução de 2011, que derrubou o regime do ex-presidente Hosni Mubarak.

O Egito tem vivido manifestações de multidões contra e a favor do presidente, depois de que o membro da Irmandade Muçulmana ganhou as primeiras eleições presidenciais, depois da queda da ditadura de Mubarak.

Os grupos que se opõem a Mursi acusam-no de integrar os seus correligionários no governo, gerir o país em benefício do seu partido e desviá-lo das metas da revolução popular de 2011, enquanto seus partidários afirmam que o presidente está limpando as instituições nacionais da corrupção e precisa de tempo para materializar os ideais da revolução.

Fonte: Portal Vermelho.

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