Coalizão contrata centenas de mercenários colombianos para combaterem no Iêmen

Centenas de ex-soldados colombianos estão sendo contratados pela coalizão liderada pela Arábia Saudita como mercenários e agora estão na linha da frente em Aden, no sul do Iêmen.

Os mercenários colombianos são pagos por um dos membros da coalizão liderada pelos sauditas — o mais provável, pela própria Arábia Saudita ou Emirados Árabes Unidos, de acordo com o canal televisivo TeleSur. Aden, a segunda cidade mais importante do Iémen, está atualmente sob o controle da Arábia Saudita e do seu aliado, o presidente deposto do Iêmen, Abd Rabbuh Mansur Hadi, comunicou o jornal colombiano El Tiempo.

De acordo com o diário, cerca de 100 colombianos chegaram ao país no início de Outubro, havendo mais soldados que se preparam para os seguir. O “chamariz” é, em primeiro lugar, um bom salário, mas as condições oferecidas e os modernos equipamentos também atraíram muitos ex-membros das Forças Armadas da Colômbia. Estes soldados combateram durante décadas contra o grupo rebelde armado FARC, que anunciou o cessar-fogo com o governo neste ano.

“Apesar do calor [no Iêmen], não é a mesma luta [que na Colômbia], porque existe total apoio aéreo, equipamentos e novas armas”, disse um comandante aposentado das forças especiais colombianas ao El Tiempo. “E há a certeza de que, se eles (os soldados) não retornarem, o futuro das suas famílias será garantido”.

“Somos chamados mercenários, traidores, covardes e oportunistas. Nós não somos nada disso”, declarou. “Somos homens que tomaram uma decisão em resposta à falta de garantias [financeiras em casa]”, afirmou o combatente. O salário médio dos soldados da fortuna no Iêmen é de $ 1.000 por semana, o que é muito mais do que no seu país, de acordo com a edição Colombia Reports.

Além disso, para servir no Iêmen, foi alegadamente prometido aos colombianos a cidadania nos Emirados Árabes Unidos. No entanto, o TeleSUR informou que é a Arábia Saudita que contratou os mercenários. Uma das razões possíveis para o recrutamento dos colombianos poderá ser a necessidade de lutar contra os jihadistas salafitas, e antes de tudo, o EI, que é representado pelos muçulmanos sunitas fundamentalistas.

Os combatentes colombianos tinham sido anteriormente contratados por um exército mercenário secreto norte-americano, criado pelo fundador da controversa empresa militar privada Blackwater, Erik Prince, e agindo nos interesses dos Emirados Árabes Unidos, sob o comando do príncipe herdeiro do Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed al Nahyan. O exército estava conduzindo “operações antiterroristas”, entre outras atividades, informou o New York Times em 2011.  No início de outubro, a Arábia Saudita confirmou a chegada de várias centenas de tropas militares sudanesas; se espera que o número total das forças sudanesas alcance os 6.000.

Fontes: sputniknews e Plano Brazil.

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