Cientistas alertam sobre aparecimento de ‘vespa gigante assassina’ nos Estados Unidos

Foto: Divulgação/WSDA

No mesmo estado de Washington, onde apareceram os primeiros casos de pessoas infectadas pelo coronavírus, nos Estados Unidos, agora surge uma nova preocupação: o registro da presença da Vespa mandarinia, a vespa gigante asiática.

No final do ano passado, o Departamento de Agricultura do Estado de Washington (WSDA, na sigla em inglês) já tinha confirmado o registro, pela primeira vez nos Estados Unidos, de duas vespas gigantes no estado. Agora, mais recentemente, chegaram mais quatro novos relatos, que ainda precisam ser confirmados.

A vespa, que é original da Ásia, é a maior do mundo, com mais de 5 centímetros, do tamanho aproximado do polegar de uma pessoa adulta. Por causa de sua picada, que possui uma neurotoxina, cerca de 50 pessoas morrem, por ano, no Japão.

Todavia, esses insetos só atacam humanos quando são incomodados. Na verdade, as principais vítimas da Vespa mandarinia são as abelhas. Um dos principais sinais da presença desse predador é quando elas aparecem decapitadas em colmeias.

Em poucos minutos, apenas uma vespa asiática pode matar dezenas de abelhas. Em menos de quatro horas, 30 delas são capazes de provocar a morte de 30 mil abelhas em uma colmeia.

“Elas parecem como algo de um desenho animado de monstro com esse enorme rosto amarelo-laranja”, diz Susan Cobey, criadora de abelhas do Departamento de Entomologia da Universidade Estadual de Washington.

“É uma vespa assustadoramente grande, com risco para a saúde do homem, mas o pior, é um predador significativo de abelhas”, acrescentou Todd Murray, entomologista da WSU Extension e especialista em espécies invasoras.

Os cientistas ainda não sabem como as vespas gigantes entraram nos Estados Unidos. Assim como outras espécies invasoras, esses insetos podem ter chegado ali junto com cargas internacionais.

Os biólogos da universidade americana explicam que o ciclo de vida das ‘vespas assassinas’ começa em abril, na primavera do Hemisfério Norte, quando as rainhas emergem da hibernação, se alimentam de seiva e frutas das plantas e procuram um covil subterrâneo para construir seus ninhos.

“Uma vez estabelecidas, as colônias crescem e enviam trabalhadores para encontrar comida e presas. As vespas são mais destrutivas no final do verão e no início do outono, quando estão em busca de fontes de proteína para criar as rainhas do próximo ano”, revelam.

Por isso agora é tão importante que a população de Washington fique atenta à presença do nova espécie invasora. Quanto menor sua população, mais fácil será erradicá-la.

“Não tente pegá-las você mesmo, se as vir. Se você vir uma delas, fuja e chame-nos! É realmente importante que saibamos todos os avistamentos, se tivermos alguma esperança de erradicação”, destacam os especialistas.

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