De acordo com a Celesc, o óleo era usado para resfriar os transformadores de energia e não possui alta toxidade. Todavia, após análise feita, o material mostrou conter ascarel, uma substância altamente cancerígena e prejudicial ao meio ambiente. Para evitar que o óleo se espalhasse ainda mais, a Celesc contratou uma empresa para retirar o óleo do córrego e se comprometeu a tomar as devidas medidas para dar destino final ao produto. As caixas de água que armazenam o óleo estão, porém, sem fiscalização e acessíveis a qualquer um que entre na antiga subestação, além do perigo de uma enxurrada levar novamente o produto ao córrego.
Outro impasse está em definir de quem é a responsabilidade pelo vazamento. Isso porque a área atingida pertencia à Celesc, onde há um antigo centro de treinamento, mas está sendo gradualmente cedida à UFSC devido a um projeto de ampliação do aeroporto Hercílio Luz. O procurador da Universidade, Cesar Azambuja, afirmou que como o acordo ainda não foi efetivado, a responsabilidade é da Celesc. A empresa estatal recebeu no dia 21 de janeiro a multa de R$ 50 milhões pelo vazamento, além de uma multa diária de R$ 50 mil, aplicada no dia 21 de dezembro, também pela contaminação. Pablo Cupani, diretor assistente de distribuição da Celesc, afirmou que o óleo foi contido no dia 27 de dezembro e só não foi descartado ainda porque a Polícia Federal isolou a área.
Os Bombeiros acreditam que o vazamento foi provocado por vândalos que entraram no local abandonado e roubaram peças de cobre, danificando os tanques em que o óleo era armazenado. O tenente que acompanha a operação, Fernando Ireno Vieira, estima que o vazamento teria começado há no mínimo três semanas antes do primeiro contato com os Bombeiros. Outra evidência que reafirma essa hipótese é que, no dia 19 de novembro, o vigia da subestação registrou em relatório o furto das tampas de cobre servem para fechar os transformadores.
Fonte: http://sinergia.org.br/2013/01/22/celesc-recebe-multa-por-vazamento-de-oleo-no-sul-da-ilha/
Foto: Daniel Conzi/Agência RBS