Catarinenses na luta contra o golpe e na defesa dos direitos dos trabalhadores paralisam rodovias em vários pontos do estado

Com muita luta e muitos pneus queimados, os trabalhadores e trabalhadoras catarinenses fizeram quatro bloqueios de rodovias em Santa Catarina e um ato em frente a RBS

Por Sílvia Medeiros, para Desacato.info.

Foto: Adriana Maria.

Ocupar tudo contra o golpe, essa foi a frase que ficou entre as principais tags no twitter e essa foi a ação do povo trabalhador nas rodovias do país na luta pela democracia. Ações que aconteceram ao longo do dia 10 de maio, véspera da votação do processo de impeachment da presidenta Dilma no Senado.

Em Santa Catarina o trânsito foi interrompido em rodovias de grande circulação de caminhões e de acesso a grandes empresas. A rodovia estadual 480, que faz divisa com o estado gaúcho ficou fechada por mais de três horas. Na cidade de Maravilha, local de nascimento do deputado federal que foi favorável ao golpe, Celso Maldaner, a BR 282 foi trancada pelos manifestantes. No cruzamento entre as rodovias federais, a BR 282 e BR 153 conhecido como Trevo de Irani, ficou fechado por algumas horas. No trevo entre as BRs 470 e 116, no Trevo do Patussi, manifestantes bloquearam as duas rodovias e em Florianópolis, houve manifestação em frente a sede administrativa do grupo de comunicação RBS.

Os atos, considerados por alguns como muito radicais, teve como objetivo chamar atenção da sociedade para o golpe contra à democracia no país. De acordo com a Presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, foi necessária essa atitude mais drástica para mostrar que o povo não vai reconhecer um governo golpista. “Queremos deixar claro que não vamos reconhecer um possível governo golpista do Temer e que vamos lutar para que o projeto neoliberal do pmdbista não seja implantado e venha a prejudicar os trabalhadores e trabalhadoras do nosso país”, salientou Anna Julia.

Adriana Maria Antunes de Souza, Secretária de Comunicação da CUT-SC participou do ato no oeste do estado e destacou a importância dos movimentos sociais e sindicais estarem cumprindo esse papel de resistir ao ataque que está sendo orquestrado contra a democracia e os trabalhadores. “Essa ação, foi um aviso aos golpistas, não reconheceremos governo que não seja escolhido democraticamente pelo voto popular e muito menos um governo que apresenta como proposta acabar com o reajuste real do salário mínimo, desvincular os benefícios previdenciários do salário mínimo e acabar com os vínculos constitucionais na saúde e na educação além de tantos outros ataques aos direitos dos trabalhadores e à soberania brasileira. Aquilo que eles estão chamando de Ponte para o Futuro é na verdade um túnel para o Retrocesso”, frisou Adriana.

Em Florianópolis, no final da tarde, centenas de manifestantes se reuniram na Praça da Alfandega e caminharam até o Terminal Integrado do Centro, o Ticen. Eles dialogaram com os trabalhadores e trabalhadoras e alertaram, mais uma vez, os riscos que os direitos dos trabalhadores correm, com o golpe que está em curso no país.

 

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