Candidata neoliberal lidera pesquisas presidenciais no Peru

A candidata neoliberal Keiko Fujimori uma vez mais teve sua primeira posição reafirmada em pesquisas de intenção de voto para as eleições gerais do Peru. Em segundo lugar está o candidato, também de direita, Julio Guzmán. O pleito será realizado no próximo dia 10 de abril.

Devido aos escândalos de corrupção, o pai de Keiko, Alberto Fujimori, fugiu do Peru para o Japão onde renunciou ao cargo que ocupava em seu país e pediu asilo políticoDevido aos escândalos de corrupção, o pai de Keiko, Alberto Fujimori, fugiu do Peru para o Japão onde renunciou ao cargo que ocupava em seu país e pediu asilo político Keiko é filha do ex-presidente Alberto Fujimori, preso condenado de crimes de lesa humanidade e corrupção. Ela tenta demarcar um regime de punho firme, como foi o do pai, e tem 32,6% das intenções de votos.

Neste domingo, no entanto, Keiko foi criticada por afirmar em uma entrevista à imprensa local que o ex-presidente é inocente e foi condenado de forma injusta.

A vantagem de Keiko é superior à soma dos outros três candidatos que disputam o segundo lugar para tentar levar o pleito ao segundo turno. No entanto, seu principal concorrente, Guzmán, deu um salto grande de 1,9% das intenções de voto em dezembro do ano passado, para 10,4% em janeiro.

Desta forma o candidato desbancou os empresários César Acuña, que conta com 10% das intenções de voto e Pedro Pablo Kuczynki, com 9,5%, ambos neoliberais.

Alberto Fujimori

Alberto Fujimori presidiu o Peru entre 1990 e 2000. Seu governo foi marcado por autoritarismo e violação aos direitos humanos, além de perseguição aos povos indígenas. Já em 1992 ele dissolveu o Congresso, fechou o poder Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal Constitucional e o Conselho de Magistratura, em ações apoiadas pelas Forças Armadas.

O pai de Keiko perseguiu e violou direitos dos povos indígenas. Um dos maiores escândalos de seu governo foi a violação e esterilização forçada de mais de 200 mil mulheres indígenas.

Em meados dos anos 2000, em meio a uma série de escândalos de corrupção, Fujimori saiu do Peru ainda na qualidade de Presidente para assistir a uma convenção internacional e fugiu para o Japão, onde renunciou à presidência e pediu asilo político.

Devido aos abusos e violações aos direitos humanos, foi julgado e condenado em abril de 2009 a 25 anos de prisão. A sentença foi confirmada pelo Supremo Tribunal Peruano. Em 2007 já havia sido condenado a seis anos de prisão pela revista ilegal na casa da esposa de seu ex-assessor, Vladimiro Montesinos. A sentença também o obrigou a pagar uma multa de 400 mil novo sóis, o equivalente a 450 mil reais.

Do Portal Vermelho, com agências

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