Campanha pela libertação da Argelina Luisa Hanune busca adesões em Florianópolis

Imagem via: https://otrabalho.org.br/a.

Por Míriam Santini de Abreu.

Uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (13) no Sintrasem (Sindicato dos Municipários da capital) divulgou em Florianópolis a campanha pela libertação da principal dirigente do Partido dos Trabalhadores da Argélia, Luisa Hanune.  Ela está detida desde maio deste ano depois de condenada a 15 anos de prisão.

Na coletiva, o presidente do Sintrasem, Renê Munaro, falou sobre as circunstâncias da prisão. Luisa é militante de larga trajetória sindical e política na Argélia. Foi a primeira mulher do mundo árabe a disputar a presidência do país. Parlamentar por cinco mandatos consecutivos na Assembleia Nacional, desde 1997, concorreu à Presidência em 2004, 2009 e 2014 pelo Partido dos Trabalhadores. Advogada, é também uma das coordenadoras do Acordo Internacional dos Trabalhadores e Povos.

Por sua atuação na luta por eleições livres e pela democracia em seu país, ela foi acusada de “complô” contra autoridade do Estado e o Exército da Argélia. Os advogados de Hanune entregaram à justiça todas as provas necessárias que deveriam garantir sua liberdade provisória, mas os documentos não foram aceitos. Ela estava privada de comunicação e só recentemente foi autorizada a ter acesso a livros.

Junto aos trabalhadores da base do Sintrasem, explicou Renê, a campanha foi explicada a partir de casos semelhantes de perseguição de lideranças no Brasil e na América Latina, entre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se manifestou ainda em Curitiba pela liberdade de Luisa. “Falamos sobre a trajetória e a luta de Luisa Hanune para mostrar que se trata de uma condenação injusta”, afirmou o dirigente. O objetivo é ampliar a campanha em Florianópolis com adesões de pessoas e de entidades.

A campanha pela libertação de Luisa Hanune se estende por 92 países. No 13º Congresso da CUT, realizado em outubro, 60 delegados internacionais e cerca de 350 dirigentes da Central assinaram moção dirigida ao governo da Argélia. Em São Paulo, um Ato de contestação da prisão política reuniu cerca de 50 pessoas, integrantes do PCdoB, movimentos da juventude, mulheres, negros e islâmicos, recebidos pelo líder da Bancada do PT, deputado Teonilio Barba.

As mensagens de apoio à libertação de Luisa Hanune podem ser enviadas para [email protected]

Para saber mais:

https://otrabalho.org.br/argelia-liberdade-para-louisa-hanoune-presa-politica-do-regime-em-crise/

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