Campanha nacional do MPA garante Natal Sem Veneno na mesa dos trabalhadores

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Por Caio Barbosa.

Alimentos sem venenos produzidos pelo campesinato estão chegando à mesa da população nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Paraná.

Pensando em levar alimentos sem venenos para a mesa do trabalhador, a campanha Natal Sem Veneno está distribuindo, ao longo do mês de dezembro, mais de 500 Cestas Camponesas para inúmeras famílias nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, Vitória, no ABC paulista e no estado do Paraná. A campanha faz parte do projeto nacional “Aliança Camponesa e Operária por Soberania Alimentar”, do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, que por meio da iniciativa Cesta Camponesa, ajuda na comercialização e distribuição de alimentos sem veneno, direto do campo para a cidade.

A Campanha Natal Sem Veneno foi elaborada para incentivar o cultivo da vida, em um momento de reflexão em que os trabalhadores estão se reunindo em torno da mesa para celebrar. “Compartilhar a comida, porém, só faz sentido com alimentos saudáveis. “Devemos compartilhar com a nossa família e amigos alimentos sem veneno”, conforme explica  Bruno Pilon, representante nacional do MPA. A ideia do movimento é que “O Natal Sem Veneno é só o começo do nosso plano, até chegarmos a uma soberania alimentar, livre de agrotóxicos” complementa Bruno.

A ceia de natal das famílias será mais saudável, o consumo de alimentos oriundos da agricultura familiar, produzidos sem venenos por camponeses e camponesas, foi garantido por meio da Cesta Camponesa.

No Rio de Janeiro uma parceria do MPA com a Escola de Serviço Social da UFRJ e seu projeto de extensão universitária “Assentados da Reforma Agrária e Universidade” possibilitou ao longo dos últimos 12 meses a comercialização aproximada de 500 Cestas Camponesas cheias de alimentos sem agrotóxicos. Isso representa uma distribuição mensal de alimentos saudáveis para cerca de 40 famílias espalhadas por bairros de Niterói e Rio de Janeiro.

A professora Leile Teixeira, da Escola de Serviço Social comenta que “a relação campo-cidade que a Cesta Camponesa garante é de as pessoas pensarem sobre o que comem e de quem compram e sobre o processo de circulação desses alimentos”. A professora ainda destaca a importância de “a universidade entrar nesse diálogo na assessoria ao MPA, cumprido sua função social ao desenvolver pesquisas e tecnologias que permitam o avanço da produção agroecológica”.

No Rio de Janeiro é possível comprar alimentos sem agrotóxicos pela internet

O projeto da Cesta Camponesa oferece aos moradores da região metropolitana do Rio a possibilidade de montar sua cesta via internet e depois receber os produtos próximo a sua casa, em uma praça pública. No site: www.cestacamponesa.com.br o consumidor pode montar a sua cesta como quiser, com uma diversidade de produtos que vão desde cereais, carnes, folhas, frutas, até adubos e produtos de limpeza. Depois de escolher os produtos online, é só buscar a cesta em uma das oito praças públicas espalhadas pela cidade.

No último dia 17, foram entregues aproximadamente 40 Cestas Camponesas oriundas da agricultura familiar, da região da Baixada Fluminense. Humberto Santos, militante do MPA no Rio e morador da Baixada, comenta sobre a importância de consolidar a Cesta Camponesa no estado, e no Brasil, fortalecendo o sistema de abastecimento popular de alimentos do MPA. “A cesta é um embrião do processo que estamos construindo nacionalmente, além de garantir alimentos saudáveis para os trabalhadores. Ela é uma ferramenta de trabalho na base”, garante Humberto, que participou das entregas das últimas cestas.

Uma aliança nacional entre o campo e a cidade

A Cesta Camponesa de alimentos saudáveis faz parte do plano Aliança Camponesa e Operária por Soberania Alimentar, fortalecendo o movimento camponês e eliminando a lógica da produção e distribuição de alimentos no sistema agroindustrial (transgênicos, agrotóxicos, e redes de supermercados).

Na região do ABC paulista, o MPA, com apoio do Sindicato e da Federação Nacional dos Metalúrgicos, conseguiram entregar mais de 300 Cestas Camponesas para os trabalhadores e seus familiares. A produção camponesa saiu do Espírito Santo até a mesa dos trabalhadores.

No próprio Espírito Santo foram entregues quase 150 cestas na região de Vitória, mesmo número de cestas entregues no estado do Paraná, que também utiliza a internet via Whatsapp para comercializar seus produtos.

Desde 2015 a cesta camponesa mostra que é possível levar alimentos saudáveis da mão do agricultor até a mesa do trabalhador, garantindo o direito à alimentação sem veneno. Durante esse Natal, a Campanha “Natal Sem Veneno” foi construída para incentivar essa aliança. No Rio, grupos de apoiadores e a Universidade vêm produzindo vídeos e um programa de rádio livre chamado “Conexão Campo e Cidade” para informar a população sobre a possibilidade de comprar a Cesta Camponesa.

Confira abaixo os vídeos e o programa de rádio

Cesta Camponesa Conheça alguns dos produtos e as camponesas que  produzem alguns dos itens que compõe a Cesta Camponesa no Rio de Janeiro- Aqui

Cesta Camponesa, como funciona-  em apenas três minutos veja como funciona e qual a propósito da Cesta Camponesa, uma plataforma de produção e consumo justo que liga o campo e cidade em torno da produção de alimentos saudáveis. Aqui.

Programa Conexão Campo e Cidade- Produzido pelo MPA e pelo Grupo QADE- Questão Agrária em Debate, o programa debate a importância do consumo de alimentos saudáveis por meio da produção camponesa e de mercados  locais. Aqui.

Fonte: MPA.

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