Caderno de conflitos no campo será lançado em Rondônia hoje

A Comissão Pastoral da Terra CPT e a Arquidiocese de Porto Velho, lançam nesta terça (20), em Rondônia durante audiência sobre os conflitos agrários no estado, o Caderno de conflitos no campo 2016.

O evento reunirá trabalhadores e trabalhadores rurais, extrativistas e atingidos por barragens de todo o estado além da presença do bispo de Porto Velho, Dom Roque e dos Ministérios Públicos.

Em 2016 foram registrados 61 assassinatos em conflitos no campo, isso equivale a uma média de cinco assassinatos por mês. De 2015 para 2016, todas as formas de violência apresentaram aumento, o número de pessoas presas em conflitos no campo em 2016 teve um aumento de 185%, sendo um total de 228 prisões, 184 somente na região Norte, mais de 80% do total, 88 somente em Rondônia (39%). O estado que mais assassinou (21 dos 61 assassinatos) também foi o que mais prendeu.

De acordo com a CPT em Rondônia somente este ano foram 11 assassinados em todo o estado em conflitos agrários, ainda segundo a CPT a falta de investigação dos casos, a omissão do estado e a certeza da impunidade contribuem para o aumento dessas violências.

 A Amazônia Legal, que compreende toda a região Norte mais partes do Maranhão e Mato Grosso, concentrou, em 2016, 79% dos “assassinatos”: 48 dos 61 registrados; 68% das “tentativas de assassinato”, 50 das 74; 391 das 571 “agressões físicas”, e 171 das 200 “ameaças de morte”, 86% e 192 das 228 pessoas presas. O estado de Rondônia, além de concentrar o maior número de assassinatos e de presos, foi o segundo estado com o maior número de agredidos (141 de um total de 571), o segundo estado com mais ameaças de morte (40 de 200) e, junto com o Mato Grosso do Sul, foi o terceiro estado com mais tentativas de assassinato (10).

Fonte: MAB. 

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