Brasil chega aos 7 milhões com maior número de contágios em 24 horas

Boletim de ontem mostra mais de 70 mil novos casos e 936 mortes. Número recorde de infecções em um dia, não inclui dados de São Paulo e é maior que o pico de 29 de julho.

Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas

Por Cézar Xavier.

Boletim divulgado ontem (16) pelo Ministério da Saúde (MS) mostra que foram registradas 70.574 novas infecções por covid-19 e 936 novas mortes pela doença no país desde ontem. Com isso, o Brasil ultrapassa os 7 milhões de infectados, com o total de, 7.040.608 de pessoas infectadas no país desde o início da pandemia. O número de infecções supera muito o do boletim divulgado nessa terça-feira (15), quando foram registradas 42,8 mil pessoas infectadas.

O número de contágios registrado nesta quarta é maior que o do dia 29 de julho, quando tivemos o pico de contágios em um único dia, com 69.074 registros. Mesmo assim, os números não incluem dados de São Paulo, o estado onde os contágios e óbitos são maiores.

De acordo com a Secretaria de Saúde, um problema no processamento total de dados de Covid-19 devido a novas falhas no sistema SIVEP do Ministério da Saúde afetou a atualização dos casos e óbitos. Em nota enviada ao G1, o Ministério nega problemas: “O Ministério da Saúde informa que não há nenhum problema técnico que impeça o registro de novas notificações de Covid-19 no SIVEP Gripe.”

A média móvel nos últimos 7 dias foi de 44.654 novos diagnósticos por dia — maior número desde 31 de julho, quando foi registrada média de 45.443 novos casos por dia. Isso representa uma variação de +10% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade nos diagnósticos.

Os mais de 70 mil novos casos registrados ontem, bem como o número de mortes, é, na realidade, maior. Isso porque São Paulo teve problemas técnicos e não enviou os dados de ontem. São Paulo é o estado líder de casos e mortes no país, muito à frente dos demais.

O número de mortes provocadas em um intervalo de 24 horas é o maior em três meses: houve 936 novos registros, com um total de 183.735 óbitos desde o começo da pandemia. O país não via um marco tão alto desde 15 de setembro, quando foram confirmadas 1.113 mortes.

O número total de mortes desde o início da pandemia – sem contar com os dados desta quarta-feira de São Paulo – chegou a 183.735. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 684 — média mais alta desde 1º de outubro, quando foi registrada média de 698 mortes por dia em uma semana. A variação foi de +26% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.

O número de pessoas recuperadas é de 6.132.683, que equivale a 87,1% do total de infectados.

O segundo estado com maior número de casos é Minas Gerais, com 477.697. O segundo estado com mais mortes é o Rio de Janeiro, com 24.109 desde o início da pandemia.

Entre as regiões, apenas o Norte (7%) teve estabilidade. As demais apresentaram aceleração: Centro-Oeste (34%), Nordeste (26%), Sudeste (18%) e Sul (43%).

  • Subindo (17 estados + o DF): PR, RS, ES, MG, RJ, DF, MS, MT, AC, AP, PA, AL, BA, CE, PB, PE, RN e SE
  • Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente (6 estados): SC, GO, RO, RR TO e PI
  • Em queda (2 estados): AM e MA
  • Não divulgou (1 estado): SP

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