Bolsonaro usa protestos para chantagear o Congresso: “se abrir mão dos R$ 15 bilhões não tem ato”

Segundo o presidente, presidentes do Legislativo têm até o dia 15 de março para rever o orçamento destinado ao Congresso.

Foto: Reprodução Carta Capital.

Durante sua estadia em Miami, na tarde desta segunda-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro fez uma afirmação que soou como chantagem aos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Segundo o mandatário, basta que eles desistam dos R$ 15 bilhões do orçamento federal que serão administrados pelo Congresso para que os atos programados para o próximo domingo (15) sejam cancelados.

“O que a população quer, que está em discussão em Brasília no momento? Quer que o Parlamento não seja o dono do destino de R$ 15 bilhões do orçamento. Que para nós é muito importante”, comentou o presidente, sobre as manifestações.

“Acredito que, até o dia 15, se os presidentes da Câmara e do Senado anunciarem algo no tocante a dizer que não aceitam isso, e se a proposta chamada PLN4 tiver dúvida no tocante a ficar com eles esse recurso, e que venham a destinar esse recurso para onde eles acharem melhor, e não o Executivo, acredito que eles possam botar até um ponto final (aos protestos)”, insistiu o presidente, em comentário posterior.

Jair Bolsonaro tem alimentado já fez declarações explícitas a favor da convocação para os atos do dia 15, em eventos oficiais e através das redes sociais, mas alega que sua intenção não é promover protestos pelo fechamento do Congresso Nacional e do STF, e sim “para que o povo possa expressar seus interesses”.

No entanto, os grupos que estão organizando os atos do dia 15 de março estão manifestando, também explicitamente, que seus interesses são justamente, defender o fechamento do Congresso e do STF.

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