Bolívia fecha ONG dinamarquesa no país por “ingerência política”

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O governo do presidente Evo Morales anunciou no último sábado (dia 28/12) que a ONG dinamarquesa Ibis está tem até o dia 26 de março para encerrar ou transferir todos os seus programas de ação social no país sul-americano e deixar o país. A decisão foi tomada após investigações do governo que concluíram que a organização praticava ingerência política em assuntos de interesse nacional, agindo politicamente contra o governo principalmente em zonas rurais. As informações são da multiestatal Telesur.

Segundo o governo, a Ibis, além de atacar o governo, financiava ações para dividir as organizações indígenas, se apropriar de terras, além de documentar e divulgar diversas críticas à relação entre as autoridades e os povos nativos bolivianos.

Oficialmente, a ONG afirma trabalhar “pelo acesso igualitário a todas as pessoas à educação, recursos naturais e espaços de tomada de decisão”. A diretoria da ONG, Ximena Valdivia, disse que as acusações não correspondem “com a política da Ibis e sua história de 30 anos de trabalho no país”. Ela afirmou que a instituição “tem o mínimo direito de conhecer com precisão quais são os fundamentos da decisão” e que está disposta a corrigir os eventuais erros.

No último dia 20, o governo já havia anunciado a decisão de expulsar a organização não governamental porque seus integrantes “agem politicamente contra o governo da Bolívia”, informou o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, ao se referir à entidade que trabalha com povos e sindicatos indígenas e camponeses. “Estamos cansados de tolerar a ingerência políticas da Ibis na Bolívia, nos cansamos de tolerar que promova o conflito interno nas próprias organizações”.

Segundo Evo Morales, outros grupos estrangeiros que realizam atividades similares poderão sair também do país caso se envolvam com a política, lembrando que a Usaid, agência de cooperação internacional dos EUA, foi expulsa pelos mesmos motivos.

Morales reiterou o anúncio de Quintana e reafirmou que “pela dignidade do povo boliviano” não permitirá ingerência de “entidades estabilizadoras”, acusadas de cooptação de movimentos e roubo de terras indígenas.

Foto: Reprodução/Agência Efe.

Fonte: OperaMundi

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