Balneário de Ingleses tem sérios problemas de tráfego e de saneamento

084Um dos mais conhecidos balneários da Ilha, o de Ingleses, tem graves problemas, mesmo em suas áreas regularizadas, que afetam o cotidiano dos moradores. Entre esses problemas estão: sistema de tráfego congestionado, com falta de sinalização, ciclovias sem integração, sistema de drenagem incompleto e mal feito, provocando alagamentos em vários pontos, e inexistência de tratamento eficiente de esgoto. O vereador Lino Peres, acompanhado de assessores, esteve no sábado, dia 6, no bairro, a pedido de moradores, e irá solicitar informações à Prefeitura Municipal de Florianópolis.

O vereador já desenvolveu projetos de urbanização no bairro desde 2000, entre os quais o Projeto Comunitário Urbano de Ingleses-Santinho Sul em contraposição ao Anteprojeto de Plano Diretor do IPUF (Instituto de Planejamento Urbano) para a região e projeto de fixação e assentamento das comunidades de Angra dos Reis e Vila do Arvoredo.

Em Ingleses, houve avanços viários na rodovia geral do Balneário (SC-403). Mas, nos principais entroncamentos e cruzamentos, não há semáforos, placas e os poucos sistemas de sinalização são insuficientes e precários. Esses problemas podem ser constatados na estrada Intendente João Nunes Vieira e na rodovia João Gualberto Soares.

Outro problema é o sistema de drenagem das águas, cuja precariedade afetou, por exemplo, moradores da travessa Cipriano Vasques Silva, que tiveram casas alagadas em fevereiro e março deste ano. A tubulação da rua, insuficiente para atender as novas ligações e obstruída por areia, não deu vazão à agua nos dias em que houve fortes chuvas nesses meses. A comunidade entrou em contato com vários órgãos e conseguiu que fosse feita a desobstrução parcial da tubulação pluvial, mas é preciso completar o serviço porque a tubulação continua em sua maior parte com areia. Portanto, os alagamentos irão continuar se não houver uma solução corretiva que dê fim a esses transtornos.

Apenas neste ano, moradores já perderam duas vezes parte de seu mobiliário e até as casas começam a apresentar rachaduras. Outro problema pode ser visto na Servidão Estrela Dalva, no mesmo distrito, que foi pavimentada com lajotas, mas não teve tratamento de drenagem adequado e, na quinta-feira passada, com a forte chuva, as águas atingiram o nível de meio metro. É preciso ressaltar que em outros locais de Ingleses e em outros bairros da cidade, principalmente em áreas de risco e de populações empobrecidas, há problemas semelhantes e também graves que exigem um projeto global de saneamento e mobilidade urbana.

No sábado passado, o vereador também esteve no Rio Vermelho para verificar problemas levados ao gabinete, entre eles loteamento irregular e falta de pavimentação em ruas nas quais há expressivo número de casas, inclusive onde moram cadeirantes, como a servidão Nascente do Rio Vermelho. Esse logradouro, com um quilômetro de extensão, sem pavimentação e com alagamentos constantes, exemplifica as questões que o vereador vem denunciando em várias sessões da Câmara Municipal como: ruas e servidões extensas, sem ruas transversais, ferindo o próprio Plano Diretor e o Plano dos Balneários de 1985, inexistência de rede de esgoto e de drenagem e problema de transporte público local (como inexistência de ônibus circular e outras formas de modal). Aquela rua, servidão Nascente do Rio Vermelho, tem nome, mas fora isso não tem nada praticamente nada do que é exigido em termos de infraestrutura urbana e que é de responsabilidade dos órgãos públicos. Esta situação urbana deve ser enfrentada por todos os vereadores e pela Prefeitura. Não basta legalizar a rua no papel, com a sua denominação, e deixá-la abandonada.

Fonte: Professor Lino Peres.

Foto: Rosane Berti.

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