Atos contra passagem de R$ 3,20 começam em São Paulo

Manifestações estão sendo organizadas em terminais e em frente da prefeitura para barrar mais este aumento que afetará ônibus, metrô e CPTM

passagem
Manifestação de 2011

Após o governo do estado e a prefeitura anunciarem, na última semana, que irão aumentar o valor da tarifa do ônibus, metrô e CPTM para R$ 3,20, a partir do dia 2 de junho, manifestações estão sendo organizadas para barrar esta medida e lutar pelo passe-livre estudantil. Para esta semana estão marcados quatro atos, em frente de terminais e da prefeitura, e irá ocorrer um no começo de junho.

Na manhã desta segunda-feira, ocorreu uma manifestação no terminal Pirituba, na região noroeste da cidade, onde se reuniram cerca de 300 pessoas, impulsionado principalmente por estudantes da Escola Estadual Ermano Marchetti. Durante a manifestação, os manifestantes queimaram uma catraca.

Na terça-feira, está marcado um ato no Parque Dom Pedro, próximo ao metrô, a partir das 12h e um ato-vigília em frente à prefeitura às 19h. E na quarta, será em frente ao Terminal Jardim Ângela, às 6h30.

Está marcada há mais tempo uma manifestação no próximo dia 6, com concentração em frente ao Teatro Municipal, a partir das 17 horas. Este deve contar com um número muito maior de manifestantes.

As manifestações contra o aumento da passagem e pelo passe-livre são um importante ponto de pressão contra a prefeitura e o governo do estado. Durante a gestão anterior, de Gilberto Kassab (PSD) elas chegaram a levantar a bandeira do “fora Kassab” e desestabilizaram a gestão, de forma que o prefeito não aumentou a passagem no último ano de gestão.

Este ano os manifestantes de Porto Alegre (RS) já conseguiram barrar o aumento e continuam mobilizados. E diversas outras capitais, como Vitória (ES), Terezina (PI) e Natal (RN), já mostraram que é possível derrubar estes aumentos com base na mobilização.

Aumento, apesar da isenção fiscal

O governo e a prefeitura especulava um aumento ainda maior do valor da tarifa, o que não aconteceu devido à isenção fiscal anunciada pelo governo Dilma (PT). As passagens de todo o país estarão isentas dos impostos PIS e Cofins, mas mesmo assim o valor será aumentado. O objetivo do corte destes impostos não é diminuir o prejuízo da população, mas impedir que haja redução do lucro dos tubarões do transporte.

Coloca-se em questão, também, se haverá redução da tarifa nas cidades que já sofreram aumentos. Caso não haja, esta isenção, que é absurda, irá favorecer apenas o bolso dos empresários.

Em São Paulo, além do corte no imposto, já foi anunciado pela prefeitura que haverá, mais uma vez, um repasse recorde para as empresas de ônibus. No último ano, o repasse chegou a quase R$ 1 trilhão.

Fonte: PCO.

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