“O HU é nosso, ninguém tira da gente! Direito conquistado não se vende, se defende!”, foram as principais palavras de ordem no Ato em Comemoração aos 25 Anos do SUS e em defesa dos Hospitais Universitário e Florianópolis, convocado pelo Fórum Catarinense em Defesa do SUS e Contra as Privatizações. Dezenas de estudantes dos cursos de serviço social, enfermagem, medicina e outros se concentraram no Restaurante Universitário (RU), da UFSC, juntos à dirigentes do SINDSAÚDE-SC e do Sindprevs-SC, à militantes combativos de diversos movimentos populares, sociais e de juventudes partidárias, ao meio dia para o início dos protesto, e de lá marcharam para a reitoria e na sequência para o HU.
O Hospital Florianópolis é um patrimônio da saúde da população catarinense que passa por reformas há quatro anos também com o dinheiro do povo e está prestes a ser entregue para a empresa SPDM (chamada ficticiamente de Organização Social), por negociata com o Governo do Estado. O Hospital Universitário é Federal, e durante a última campanha para a reitoria da Universidade, a reitora Rosângela, eleita, disse ser contra a privatização do HU. Mas já é público o conhecimento de que ela “mudou” de opinião. Por isso, os manifestantes cobraram da reitora e do conselho universitário que reafirmem o HU público e não contratem a empresa EBSERH (empresa que já administra diversos hospitais universitários pelo Brasil) para administrar o hospital.
A estudante de serviço social, Ana Carla, uma das organizadoras do Fórum Catarinense e da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, abriu o ato esclarecendo pelo microfone à comunidade universitária que se aglomerava numa fila quilométrica para almoçar no RU, o que é a privatização da saúde, e convictamente convocou os demais colegas universitários a protestarem. “Os HU’s de outros estados foram forçados a contratarem a EBSERH por já estarem em processo de sucateamento há tempos. Mas os fatos mostram que a empresa não melhorou em nada os hospitais. As privatizações deixam claro que o sistema capitalista e seus defensores tratam a saúde como mercadoria”.
Uma peça teatral também encenou a luta entre a saúde pública e EBSERH. A saúde deixou bem clara todas as mentiras contadas pela empresa e pelos governantes. Mas foi atacada com golpes baixos, e mesmo vencendo o debate com argumentos, perdeu a luta. Pois os governantes deram a vitória para a empresa. A peça envolveu e explicou facilmente para a plateia que a privatização é desleal desde a implantação, passando pela precarização dos serviços, pelos esdrúxulos contratos trabalhistas, até o atendimento pago pelo cidadão doente.
O ato foi encerrado em frente ao HU e a população presente convocada a participar do Ato em Defesa do Hospital Florianópolis, no dia 23 de Outubro, às 20 horas, no pátio do HF.
Fonte: Sindsaúde
Acho que as pessoas andam fazendo muito drama em relação a EBSERH. A empresa é 100% pública. Não existe privatização.