Atlas Nacional Digital do Brasil 2016 com mapas interativos e caderno temático sobre indígenas

Por Deyse Delamura.

O IBGE lançou em 27 de junho, o Atlas Nacional Digital do Brasil 2016. Trata-se de um atlas que incorpora, em ambiente interativo, as informações contidas no Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, publicado em 2010, acrescidas de 170 mapas com informações demográficas, econômicas e sociais atualizadas e um caderno temático sobre a população indígena no Brasil. Com isso, faz um mapeamento inédito sobre a localização dessa população dentro e fora das Terras Indígenas, segundo dados do Censo Demográfico 2010.

Este Atlas revela as profundas transformações ocorridas na geografia brasileira, acompanhando as mudanças observadas no processo de ocupação do território nacional na contemporaneidade, e se estrutura em torno de quatro grandes temas: o Brasil no mundo; Território e meio ambiente; Sociedade e economia; e Redes geográficas.

Além do recurso ao texto escrito, o Atlas utiliza mapas, tabelas e gráficos, o que permite um amplo cruzamento de dados estatísticos e feições geográficas que tornam flexível e abrangente a seleção de informações, permitindo o entendimento aproximado da diversidade demográfica, social, econômica, ambiental e cultural do imenso território brasileiro.

Este lançamento inaugura a política do IBGE de divulgação anual do Atlas Nacional Digital do Brasil.

Clique aqui para ter acesso ao Atlas Nacional Digital do Brasil 2016.

Aplicativo permite navegação em ambiente interativo

O Atlas Nacional Digital do Brasil 2016 é uma aplicação de análise geográfica, voltada para usuários que desejam ter acesso somente ao conjunto de mapas e também para os que possuem um conhecimento mais avançado quanto à busca de informações geográficas on line.

Ao usuário é permitido ter acesso a todas as páginas da publicação, podendo fazer download e consultar os seus dados geográficos, estatísticos e seus metadados (informações sobre o dado). A aplicação possibilita também analisar os 780 mapas do Atlas em um ambiente interativo, que permite a navegação pelo mapa, alterar a escala de visualização, ver e exportar tabelas e arquivos gráficos, personalizar o mapa superpondo temas de várias fontes, gerar imagens, salvar o ambiente de estudo para posterior análise e abrir um ambiente personalizado de estudo.

Atlas Nacional Digital do Brasil 2016 se estrutura em quatro grandes temas

O Atlas Nacional Digital do Brasil 2016 é estruturado em torno de quatro grandes questões: O Brasil no mundo; Território e meio ambiente; Sociedade e economia; e Redes geográficas.

O eixo temático O Brasil no mundo aborda questões como a desigualdade social, o acesso a informações, as redes geográficas e as fontes energéticas.

A relação entre Território e meio ambiente ressalta as diversas divisões do território brasileiro e traz mapas de relevo, clima, solos, recursos hídricos, vegetação, fauna ameaçada, além de informações sobre riscos ambientais.

O tema Sociedade e economia aborda a dinâmica geográfica, a urbanização, a desigualdade social, saúde, educação, saneamento, cidadania e espaço econômico.

O eixo das Redes geográficas considera os sistemas e as redes – geodésicas, cartográficas, viárias, aéreas, comunicação e energia – como componentes da logística territorial e, portanto, da localização geográfica das atividades econômicas no Brasil, constituindo condição básica para o escoamento da produção, a circulação humana e, hoje em dia, para o desenvolvimento sustentável, uma vez que alavancam grande parte das formas de ocupação e de uso dos recursos naturais, reestruturando continuamente o território nacional.

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Caderno Temático faz mapeamento inédito sobre a população indígena
O aprimoramento do Censo Demográfico 2010, no que se refere à base territorial, permitiu a espacialização dos indígenas em escalas geográficas diferenciadas. Foram analisadas as características sociodemográficas dentro e fora das Terras Indígenas, de forma a dar maior visibilidade a esse segmento populacional, o que permitiu mapear estas informações.

O Censo 2010 mostrou que 517,4 mil indígenas (57,7% do total desta população) viviam nas Terras Indígenas oficialmente reconhecidas na época de sua realização. As regiões Norte (73,5%) e Centro-Oeste (72,5%) possuíam os maiores percentuais. Roraima era o estado com o maior percentual (83,2%) e o Rio de Janeiro detinha a menor proporção (2,8%).

75,0% dos indígenas souberam informar sua etnia
No Brasil, 75,0% das pessoas que se declararam indígenas souberam informar o nome da etnia ou povo ao qual pertenciam. As etnias mais representativas, segundo as unidades da federação, revelaram características determinantes de possíveis padrões de distribuição espacial de algumas delas, como os Xavantes, que estavam entre os mais numerosos em todos os estados da região Centro-Oeste, e os Guarani Kaiowá, com penetração em toda região Sul e parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

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Mais de 30% dos indígenas sabiam falar sua língua de origem

O Censo 2010 identificou 274 línguas indígenas. Em todo o país, 37,4% dos indígenas de 5 anos ou mais de idade falavam uma língua indígena. Dentro das Terras Indígenas esse percentual foi de 57,3%, enquanto fora delas e em áreas urbanas, 9,7% ainda eram falantes, e, nas áreas rurais, 24,6%.

As línguas indígenas eram faladas em maior porcentagem nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste, sendo que as Terras Indígenas localizadas nessa última região alcançaram o percentual mais elevado, 72,4%. O Guarani foi significativo no conjunto das línguas mais faladas nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o mesmo ocorrendo em relação aos Nhandeva e aos Mbya nas regiões Sudeste e Sul.

Fonte: IBGE

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