Atirador de Campinas morava com o pai, tinha arma em casa e era conservador, de família católica

Globo fez um perfil de Euler Fernando Grandolpho, o atirador da Catedral Metropolitana de Campinas:

Ele vivia sozinho com o pai em uma confortável casa de três andares em área nobre de Valinhos, interior de São Paulo, protegida com segurança privada. Há pouco mais de dez anos, perdeu a mãe. Há dois, um irmão, vítima de leucemia.

Analista de sistemas, com passagens pelo colégio técnico da Unicamp e Unip, passou em um concurso do Ministério Público de São Paulo em 2009 e prestou serviços como auxiliar de promotoria lotado na área regional da capital, a partir de 2012. Pediu exoneração e voltou para casa apenas um ano e meio depois, em dezembro de 2014, por razões ainda não esclarecidas. (…)

O comportamento de Euler era acompanhado de ameaças ao filho do vizinho, na época adolescente, e a solução foi chamar a polícia e também registrar um Boletim de Ocorrência.

— Eles (os policiais) vieram aqui, perceberam que era séria a coisa. Euler tinha até arma em casa, eles levaram, mas ficou nisso. Desde então ele parou de ameaçar meu filho, tirou a gente do foco. Mas os sintomas continuaram — conta o executivo (…).

O pai do estudante, Waldemar, de 52 anos, viu Euler sair de casa por volta de meio dia de ontem, cerca de uma hora antes da chacina, com mochila nas costas e um óculos no rosto. (…)

Após a tragédia, moradores do bairro eram unânimes ao relatar o carinho que nutrem pelo pai do atirador, Éder Grandolpho, que agora perdeu o segundo filho, de forma trágica.

Católico fervoroso, ministro da eucaristia em uma paróquia de Valinhos e organizador de encontros para rezar o terço em sua casa, pedia desculpas com freqüência pelo comportamento do filho. (…)

De acordo com a Folha, ele “era de opiniões fortes e seguia à risca valores conservadores”.

A exemplo da contrariedade do uso de drogas —chegava a cortar relações com quem mantivesse o hábito. Segundo Rita [uma ex-namorada], já chegou a manifestar posições racistas. “Ele dizia ‘odeio aquela negra que gosta de mim’, em relação a uma menina, morena, de cabelos cacheados”, afirma.

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