Atingidos pela usina hidrelétrica São Roque fazem assembleia e cobram direitos

Divulgação MAB/SC

Nesta quinta-feira, 9 de maio, as famílias se reuniram em assembleia em acampamento próximo ao canteiro de obras da UHE de São Roque, no Rio Canoas, onde cerca de 50 famílias estão acampadas há seis anos sem indenização, entre os municípios de Vargem e São José do Cerrito, em Santa Catarina. O objetivo é discutir a situação de violações dos direitos das famílias atingidas da região. Deste o início da obra, em 2013, a Engevix tem cometido diversas violações aos direitos dos atingidos durante a construção da barragem, atingindo cerca de 700 famílias.

Divulgação MAB/SC

Com cerca de 80% da estrutura física executada, o empreendimento foi paralisado em 2016 devido à crise financeira enfrentada pela Engevix após investigações da operação Lava Jato, que apontaram envolvimento da empresa em esquema de corrupção entre empreiteiras, estatais e políticos brasileiros. As mais de 50 famílias acampadas ainda não receberam suas indenizações, algumas foram desapropriadas através de liminares conseguidas pela empresa e desde então moram de aluguel na cidade de Curitibanos.

Assim, não podem investir nas próprias terras, nem seguir com suas plantações e criação de animais para garantir o seu sustento. A Dona Neiva foi despejada a força, de sua casa, onde residia há 40 anos, com a filha de três meses na barriga. Há três anos vive na cidade, de aluguel social, longe da terra, que é fonte de renda da sua família, longe do lugar onde viveu a vida inteira. Agricultora, vivia da terra, e hoje depende de comprar tudo no supermercado. Não foi reconhecida nos critérios para reassentamento coletivo e luta há três anos acampada pelos seus direitos.

Outras famílias têm seu direito por reassentamento coletivo reconhecido e aguardam a aquisição de áreas de terra por parte da empresa para que possam ser reassentadas. Seu Santolino da Comunidade do Ramo Verde, atingido pela UHE São Roque, aguarda seu reassentamento há seis anos, e tem enfrentado dificuldades em garantir seu sustento como agricultor. Seguimos na denúncia e na luta pelos direitos da população atingida! ÁGUAS PARA VIDA E NÃO PARA MORTE!

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