A apenas dois dias da primeira volta das presidenciais francesas, um ataque na Avenida dos Campos Elísios, em Paris, matou um policial e feriu outros dois.
O atacante foi abatido no local, estando as autoridades à procura de um segundo suspeito belga que teria entrado na França, de comboio, na quinta-feira.
O autor do ataque foi identificado como um francês de 39 anos, detido em fevereiro por ameaças terroristas contra a polícia.
O Daesh reivindicou o ataque, não sendo clara ainda a relação do atacante com a organização.
Três familiares do atacante foram colocados em prisão preventiva esta manhã.
“Nada de pânico! Não devemos interromper a democracia”
Os efeitos na campanhas das presidenciais são difíceis de prever, com os diferentes candidatos a assumirem as suas posições.
Jean-Luc Mélenchon declarou no momento a sua “solidariedade para com os policiais mortos e feridos e as suas famílias”, num tuíte onde escreve ainda que “Os atos terroristas não serão jamais impunes, e os cúmplices jamais esquecidos”:
Pensée émue pour les policiers mort et blessés et leurs familles.Les actes terroristes ne seront jamais impunis,les complices jamais oubliés
Hoje, reforçou a mensagem de solidariedade com um vídeo onde pede que se evite o pânico: “Nada de pânico. Não devemos interromper a democracia. (…) O nosso dever de cidadania é não nos deixarmos rebaixar pelos inimigos da República, mas pelo contrário, permanecer unidos.”
Les violents n’auront pas le dernier mot. Notre feuille de route est la devise de la patrie : Liberté, Égalité, Fraternité.
O grande arco internacional do medo
François Fillon e Marine Le-Pen decidiram explorar o momento, suspendendo a campanha e dramatizando o ataque.
O candidato conservador declarou que iria prolongar o “estado de emergência” e os poderes reforçados do executivo em termos de segurança se fosse eleito presidente.
Marine Le Pen não se comediu e propôs o encerramento de todas as mesquitas em França, o encerramento de fronteiras, reforçando a mensagem de xenofobia e intolerância no final da campanha. E recebeu um apoio inusitado.
Se a vitória de Donald Trump mereceu os aplausos de Marine Le Pen em novembro passado, agora é a vez de Trump retribuir o gesto num tuíte cuja ambiguidade deve ser interpretada por aquilo que é, um apoio a Marine Le Pen.
No texto do tuíte podemos ler “Outro ataque em Paris. O povo de França não vai aceitar muito mais. Terá um grande efeito nas eleições presidenciais!”.
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