Argentina precisará de 25 presidentes para pagar novo empréstimo do governo argentino

Por Débora Mabaires, Buenos Aires, para Desacato.info.

(Port. / Esp.)

Durante o mês de junho, o presidente Mauricio Macri lançou toda sua artilharia neoliberal contra os mais fracos.

A medida mais impopular que já tomou algum presidente em nosso país foi tomada por este governo macabro: deixou as pessoas com deficiências sem  ingressos.  Com uma assinatura, deu baixa em 180.000 pensões por deficiência, e estamos falando de um valor realmente mísero: R$ 723,00 por mês, quando o  estimado para não ser pobre, segundo os organismos oficiais, é um ingresso de R$ 2.900,00 por mês.

Macri considerou que aqueles que perderam parte da sua anatomia,  ou aqueles que têm um 70% de deficiência para trabalhar, já não são sujeitos de direito para receber essa ajuda estatal. Quando Macri tira a pensão, também tira a assistência sanitária, já que não poderão ser atendidos pelo plano de saúde dos aposentados e pensionistas PAMI.

Terá sido vista uma medida mais selvagem em algum lugar do mundo? Não temos conhecimento de que assim seja, pelo menos, naqueles governos que consideram democráticos.

O diretor da Comissão Nacional de Pensões Assistenciais, Guillermo Badino, é o responsável do corte. Com sua assinatura, jogou 180.000 pessoas no abismo. Em declarações à imprensa, disse, e cito textualmente: “as pessoas com síndrome de Down não são sujeitos de direito destas pensões, já que se quiserem, tem condições de trabalhar”. Em um país onde as medidas econômicas do governo fecham todo dia comércios e indústrias, parece uma piada de mau gosto.

O engenheiro agrônomo Guillermo Badino é sem dúvida um fiel expoente de funcionário deste governo: um senhor milionário por herança, que ocupa um cargo público não por sua capacidade, mas por seus contatos políticos e empresariais, que tomam medidas profundamente injustas e extremamente hipócritas, porque nunca, ao longo de toda a sua vida, o senhor Badino contratou pessoas com deficiências para suas empresas. Nem sequer agora que é funcionário e a lei o obriga a destinar 4% das vagas para isso.

Sua chefa, a ministra de Desenvolvimento Social, Carolina Stanley, outra milionária herdeira, saiu às 72 horas a dizer que tinha sido um erro e que dariam marcha à ré com a medida.  Mas a uma semana desta coletiva de imprensa nenhuma pensão foi restabelecida.

Desde a chegada de Mauricio Macri ao poder, as pessoas com deficiência têm sofrido em dobro a política econômica dos aumentos de tarifas e a conseguinte  inflação no preço dos alimentos e medicamentos. A retirada dos direitos previdenciários foi divulgada agora pela grande quantidade de gente que de um dia para o outro viu sem ingressos, mas vem sendo executada lenta e sistematicamente pelo governo desde seu início.

O mesmo dia em que Macri tirava os direitos previdenciários das pessoas com deficiência assinava um acordo pelo qual o Estado perdoa a dívida de R$ 103.500,00 à sua empresa aérea Mac Air, dívida contraída com a estatal Aerolíneas Argentinas, concretizando assim, um dos seus vícios mais relevantes: a estatização ou perdão das suas dívidas.

Aos poucos dias destas medidas, Macri voltou a endividar o Estado argentino em um compromisso a pagar em 100 anos, comprometendo assim as finanças dos próximos 25 presidentes do país.  A taxa de juros para esta nova dívida contraída é de 7,25% , quando pelo mesmo tipo de crédito, se outorgam taxas muito mais baixas. Por exemplo, para a Irlanda, 2,25%. Este vício de Macri de endividar o povo, sempre com os mesmos bancos estrangeiros, é o mais prejudicial porque esta vez afeta as gerações que ainda não nasceram.

O desastre econômico que está produzindo o governo de Mauricio Macri é imenso; mas muito maior ainda é o desastre social com suas decisões, levando ao desespero aos mais fracos.

À retirada de pensões às pessoas com deficiência, se suma a obrigação de voltar a apresentar toda a documentação para aquelas pessoas que recebem uma pensão por viuvez.  Idosas que perderam seus esposos faz 25 ou 30 anos têm que reapresentar os papéis que demonstrem o vínculo, e fazer longas esperas nos escritórios da Agência Nacional de a Seguridade Social, em um inverno impiedoso.

Ser velho no nosso país, desde a chegada de Macri ao governo, virou uma punição. O governo, além do mais, retirou a cobertura assistencial de medicamentos que antes os idosos obtinham gratuitamente, igual que muitos complementos sanitários como cadeiras de rodas, muletas, bengalas, etc.

O governo classista de Mauricio Macri só protege as poderosas corporações, para o povo argentino só tem dor e humilhação constantes.

Tradução: Tali Feld Gleiser.


Viejos vicios de Mauricio Macri

Durante el mes de junio, el presidente Mauricio Macri lanzó toda su artillería neoliberal contra los más débiles.

La medida más impopular que haya tomado jamás ningún presidente en nuestro país fue tomada por este gobierno macabro: dejó sin ingresos a las personas con discapacidad.  Con una firma, dio de baja a 180.000 pensiones por invalidez, y estamos hablando de un ingreso realmente mísero: 3.500 pesos mensuales cuando lo estimado para no ser pobre, según los organismos oficiales, es un ingreso de 14.000 pesos mensuales.

Macri consideró que aquellos que perdieron parte de su anatomía, o quienes tienen un 70% de incapacidad para trabajar, ya no son sujetos de derecho para recibir esa ayuda estatal. Al quitarle la pensión, también le quita la asistencia sanitaria, ya que no podrán ser asistidos por la obra social de jubilados y pensionados PAMI.

¿Se ha visto una medida más salvaje en algún lugar del mundo? No tenemos conocimiento de que así sea, al menos, en aquellos gobiernos que se dicen democráticos.

El director de la Comisión Nacional de Pensiones Asistenciales, Guillermo Badino, es el responsable del recorte. Con su firma, tiró al abismo a 180.000 personas. En declaraciones a la prensa, dijo, y cito textualmente: “las personas con síndrome de Down no son sujetos de derecho de estas pensiones ya que si quieren, pueden trabajar”. En un país donde las medidas económicas del gobierno cierran comercios e industrias todos los días, parece una broma de mal gusto.

El ingeniero agrónomo Guillermo Badino, es sin dudas un fiel exponente de funcionario de este gobierno: un señor millonario por herencia, ocupando un cargo público no por su capacidad sino por sus contactos políticos y empresariales, tomando medidas profundamente injustas y sumamente hipócritas, ya que nunca, a lo largo de toda su vida, el señor Badino contrató para sus empresas a discapacitados. Ni siquiera, ahora que es funcionario y la ley lo obliga a destinar el  4% de los cupos laborales para  ellos.

Su jefa, la ministra de Desarrollo Social, Carolina Stanley, otra millonaria heredera, salió a las 72 horas a decir que había sido un error y que darían marcha atrás con la medida. Pero a una semana de esta conferencia de prensa ninguna pensión ha sido reestablecida.

Desde la llegada de Mauricio Macri al poder, los discapacitados han ido sufriendo doblemente la política económica de los aumentos de tarifas y la consiguiente  la inflación en el precio de los alimentos y remedios. La quita de los derechos previsionales se dio a conocer ahora, por la gran cantidad de gente que de un día para el otro se encontró  sin ingresos; pero viene siendo llevada a cabo lenta y sistemáticamente por el gobierno desde su inicio.

El mismo día en que Macri le quitaba los derechos previsionales a los discapacitados firmaba un acuerdo por el que  el Estado le perdona la deuda de 500.000 pesos a su empresa aérea Mac Air, deuda contraída con la estatal Aerolíneas Argentinas, concretando así , uno de sus más relevantes vicios: la estatización o condonación de sus deudas.

A los pocos días de estas medidas, Macri volvió a endeudar al estado argentino en un compromiso a pagar en 100 años comprometiendo así las finanzas de los próximos 25 presidentes del país.  La tasa de interés para esta nueva deuda contraída es del 7,25% , cuando por el mismo tipo de crédito, se otorgan tasas mucho más bajas, por ejemplo a Irlanda, el 2,25%. Este vicio de Macri de endeudar al pueblo, siempre con los mismos bancos extranjeros, es el más dañoso, ya que esta vez afecta a las generaciones que aún no nacieron.

El desastre económico que está produciendo el gobierno de Mauricio Macri es inmenso; pero mucho más grande aún es el desastre social con sus decisiones, llevando a la desesperación a los más débiles.

A la quita de pensiones a los discapacitados, se suma la obligación de volver a presentar todos los trámites  para aquellas personas que reciben una pensión por viudez. Ancianas que perdieron a sus esposos hace 25 o 30 años, tienen que volver a presentar los papeles que acrediten el vínculo, y hacer largas esperas en  las oficinas de la Agencia Nacional de la Seguridad Social, en un invierno impiadoso.

Ser viejo en nuestro país,  desde la llegada de Macri al gobierno, se convirtió en un castigo. El gobierno, además,  le retiró la cobertura asistencial de remedios que antes tenían gratuitamente, al igual que muchas de las prestaciones sanitarias tales como silla de ruedas, muletas, bastones, etc.

El gobierno clasista de Mauricio Macri sólo protege a las poderosas corporaciones, para el pueblo argentino sólo hay dolor y humillación constantes.

 

Foto: Captura de tela Macri em 3.

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