Aprovação de projetos deixa servidores indignados e greve se fortalece

por Sérgio Homrich.

Indignação. A palavra resume o sentimento dos servidores públicos municipais de Jaraguá do Sul ao verem aprovados os projetos de lei que fazem parte do pacote de maldades do prefeito Antídio Lunelli, durante a sessão de hoje à tarde, na Câmara de Vereadores. Os vereadores que votaram a favor do governo não deram ouvidos à plateia. “É greve, é greve, é greve” gritaram os servidores de uma maneira quase ensurdecedora, ao final da votação dos projetos. Foram aprovados os projetos 05/2017, em segunda votação, que prevê o corte do FGTS e Pós-graduação dos ACTs (Admitidos em Caráter Temporário); e o PL 26/2017, que reduz e elimina a concessão do auxílio alimentação aos servidores. Durante a sessão, foi retirado de pauta o Projeto de Lei 06/2017, que corta a gratificação dos servidores do programa ESF (Estratégia Saúde da Família), devido a uma liminar da Justiça. Independentemente do resultado da votação, o Sinsep vai ingressar na Justiça contra os Projetos de Lei já aprovados.

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As votações foram realizadas, mesmo sendo impossível ouvir qualquer palavra em plenário. “Foi uma derrota do prefeito. Aprovar os projetos em clima de guerra não interessa a ninguém”, desabafa o presidente do Sinsep, Luiz Cezar Schorner. A reação inconformada dos servidores, que lotaram a Câmara e seu entorno, foi imediata e a greve deve ganhar adesão ainda maior. Segundo o comando de greve, mais de 75% da categoria está paralisada e na esperança de que um acordo de greve possa por fim ao movimento. Os servidores vão continuar em greve, para exigir que o prefeito não sancione as leis aprovadas pela maioria dos vereadores e retire os projetos que ainda não foram votados. Após a sessão, a indignação foi tanta que os mais de 2 mil servidores fecharam o trânsito da Avenida Getúlio Vargas e, mesmo após o encerramento do ato, centenas deles permaneceram nas imediações da Câmara, até o anoitecer, aguardando a saída dos vereadores Anderson Kassner, Marcelindo Gruner, Eugênio Juraszeck, Pedro Garcia, Jackson de Ávila e Isair Moser. “Se o prefeito destruiu os direitos da categoria em três meses de governo, o que será dos próximos anos?”, indagam os servidores.

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