Aposentadoria por tempo de contribuição dispara com ameaça de Reforma e perda de direitos

O risco da Reforma da Previdência aumentar em 10, 15 anos, o tempo de trabalho, levaram a muitos próximos de se aposentar a tentarem garantir seu direito de não trabalhar até morrer. O número de pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição disparou. Esses pedidos cresceram 5,5% no ano passado, enquanto as aposentadorias por idade, que exigem no mínimo 65 anos para homens e 60 anos para mulheres, subiram 3,7%. Em 2014, o ritmo de crescimento das duas categorias era praticamente igual.

Para se aposentar por tempo de contribuição no Brasil não é necessário cumprir uma idade mínima, algo que a Reforma da Previdência pretende acabar, obrigando aqueles que trabalham desde muito jovens, as vezes crianças, trabalhem até o fim da vida.

Essa modalidade de benefício é considerada pelo governo um dos “privilégios” concedidos pelas regras atuais, responsável junto ao direito à aposentadoria pelo suposto “rombo” nas contas da previdência (desmentido tantas vezes, ainda mais se comparado com o “rombo” do pagamento da dívida com agiotas internacionais).

Além disso, Temer tem declarado que irá pressionar os parlamentares a aprovarem a Reforma da Previdência em fevereiro, caso contrário em novembro uma reforma mais radical em retirar direitos será necessária. Os parlamentares sabem que votar por essa reforma tão odiada poderia comprometer suas campanhas eleitorais oportunistas em 2018, portanto que há a possibilidade de levar a votação para novembro de um plano ainda mais ofensivo contra os trabalhadores.

Ameaçando deixar os trabalhadores, os aposentados, em situação ainda mais miserável que na Grécia e em Portugal caso a Reforma da Previdência não seja aprovada, Temer anuncia para que serve a “democracia” capitalista em tempos de crise: colocar os trabalhadores entre a cruz e a espada, enquanto aos políticos destinam-se bilhões para garantir seu voto e reeleição, e aos empresários perdoam-se dívidas, cortam direitos trabalhistas e aumentam a violência nas ruas.

É urgente que as centrais sindicais deixem de trégua e marquem uma greve geral com antecedência à votação da Reforma da Previdência. A luta contra essa reforma e em defesa dos direitos democráticos só será efetiva com a construção em cada local de trabalho de um plano de lutas em capaz de derrotar os golpistas, seus ataques a direitos históricos e o recrudescimento do regime. Basta das centrais legarem os trabalhadores ao calendário parlamentar, que permitem inclusive que Temer zombe da luta contra essas reformas.

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