Após lei marcial, militares dão golpe e assumem governo na Tailândia

Prayuth Chan-Ocha (esq.), ao decretar lei marcial, dois dias atrás; militares negavam intenção de golpe
Prayuth Chan-Ocha (esq.), ao decretar lei marcial, dois dias atrás; militares negavam intenção de golpe

O chefe do exército da Tailândia, Prayuth Chan-Ocha, anunciou nesta quinta-feira (22/05) que está oficialmente tomando controle do governo do país, dias após decretar lei marcial. O anúncio foi feito pela televisão

Os militares, que, segundo o New York Times, prenderam membros do atual gabinete, haviam negado que a lei fosse um golpe de Estado. Eles estavam há dois dias reunidos para tentar achar uma solução para a crise política do país, mas não haviam chegado a um acordo. Hoje, após Chan-Ocha decretar o fracasso das negociações, soldados do exército passaram a escoltar as autoridades presentes no encontro.

A intenção do golpe, afirma Chan-Ocha, é “voltar à normalidade rapidamente”. Segundo o militar, a tomada de poder aconteceu para “reformar a estrutura política, a economia e a sociedade”.

Este é o 12º golpe de Estado no país desde o fim da monarquia absolutista, em 1932.

A crise na Tailândia se arrasta desde que um golpe depôs o então primeiro-ministro Thaksim Shinawatra, em 2006, e se agravou nos útimos seis meses. No começo de maio, a primeira-ministra Yingluck Shinawatra, irmã de Thaksim, eleita após a saída dele do cargo e acusada de corrupção e um dos alvos dos protestos, foi destituída pelo Tribunal Constitucional do país. Ela foi substituída, interinamente, pelo ministro do Comércio, Niwattumrong Boonsongpaisan.

Fonte: Ópera Mundi.

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