Após bloqueio de Israel, Gaza recebe 1º lote de vacinas contra covid-19

Foto: @sputnikv

A Autoridade Palestina anunciou nesta quarta-feira (17/02) que a Faixa de Gaza recebeu a primeira transferência de 2.000 doses da vacina russa Sputnik V contra a covid-19 após a permissão do governo de Israel.

O lote era para ter chego na segunda-feira (15/02), mas foi bloqueado em um posto de controle israelense. Segundo o jornal britânico Guardian, o incidente aconteceu porque o Conselho de Segurança Nacional de Israel, órgão que pertence ao gabinete do premiê Benjamin Netanyahu, ainda não havia decidido sobre a entrada das vacinas na região de Gaza.

A Rússia enviou 10.000 doses da Sputnik V para a Autoridade Palestina, no entanto os imunizantes haviam sido retidos na fronteira com Israel. O plano era dividir o imunizante com a Faixa de Gaza, que está sob o comando do grupo Hamas, e tem uma população de 2 milhões de pessoas.

Apesar de Israel ser o país que mais imunizou sua população proporcionalmente no mundo, a Cisjordânia só conseguiu iniciar a vacinação há duas semanas.

A situação de Gaza é mais delicado, pois a área é controlada pelo grupo que Israel entrou em diversos conflitos e sofre com um bloqueio imposto pelo governo israelense. Autoridades do país cogitaram exigir que o Hamas realizasse concessões, como a libertação de dois cidadãos capturados pelo grupo, em troca da liberação da doses.

O Ministério da Saúde palestino afirmou que os primeiros vacinados serão profissionais de saúde que atendem pacientes com covid-19 e os que atuam na linha de frente de emergências em geral. A entrega desta quarta é o suficiente para imunizar apenas 1.000 pessoas, já que são necessárias duas doses da Sputnik V.

De acordo com o levantamento da Universidade Johns Hopkins, Cisjordânia e a Faixa de Gaza juntas contabilizam 16.487 casos do novo coronavírus. O número de mortes em decorrência da doença é de 1.942.

Desde o início da crise sanitária, Israel dificultou a entrega de equipamentos, de respiradores e de itens de proteção individual, como máscaras, luvas e demais itens para Gaza.

Assim como ocorreu nos primeiros casos, a pressão internacional de órgãos ligados à Organização das Nações Unidas fez com que o governo de Netanyahu cedesse e autorizasse a entrada desses materiais sanitários.

(*) Com Ansa e Sputnik.

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