Após aprovação de parlamento, Rússia realiza primeiro ataque aéreo na Síria

Putin pediu aprovação do Legislativo após solicitação de Assad para atacar militantes do Estado Islâmico. EFE

A Rússia conduziu nesta quarta-feira (30/09) seu primeiro ataque aéreo na Síria, nos arredores da cidade de Homs, confirmou o Ministério da Defesa. A ação ocorre poucas horas após o Parlamento russo aprovar o pedido do chefe do Kremlin, Vladimir Putin, de enviar Forças Armadas ao país governado por Bashar al-Assad.

Com a decisão dos parlamentares, a ofensiva russa será limitada a bombardeios das Forças Aéreas. As operações estão sendo coordenadas em um centro em Bagdá, capital do iraque, usado por militares russos, sírios e iranianos.

Nas últimas semanas, Moscou tem ampliado a presença militar em território sírio. Segundo a Reuters, Assad escreveu a Putin, pedindo um aumento de apoio militar russo em sua nação para atingir membros do Estado Islâmico.

“Qualquer aumento no apoio russo à Síria aconteceu e está acontecendo como resultado de um pedido do Estado sírio”, afirmou Damasco, em nota.

De acordo com a CNN, as forças russas disseram aos EUA que eles não deveriam transitar pelo espaço aéreo sírio e não deram informações geográficas a respeito do local onde estão planejando atacar.

EFE

Forças Aéreas francesas bombardearam síria nesta semana também; França faz parte de coalizão liderada por EUA

Na noite de segunda-feira (28/09), Putin teve encontro bilateral com o presidente dos EUA, Barack Obama, em meio à 70ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Os dois líderes discutiram a atual situação da guerra civil na Síria, mas discordaram sobre o papel de Assad no conflito.

Para o presidente russo, os ataques aéreos dos EUA e da França contra militantes do Estado Islâmico em território sírio são ilegítimos, pois, ao contrário dos bombardeios no Iraque — que são apoiados por Bagdá — a ofensiva na Síria ocorre sem a permissão de Damasco.

Embora os EUA não considerem como destrutiva uma maior presença militar russa na Síria, Obama defende a saída de Assad do poder e os ataques aéreos das potências ocidentais no país árabe.

Em seu discurso na tarde de segunda-feira (28/09) na sede da ONU, Obama definiu Assad como “tirano” e disse que Washington está disposto a trabalhar com qualquer país, inclusive Rússia e Irã, para resolver esse conflito.

A guerra civil na Síria se arrasta há mais de quatro anos e já deixou mais de 230 mil mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, além de 12 milhões de deslocados. Muitos deles tentam atravessar agora o mar Mediterrâneo para chegar ao continente europeu e pedir refúgio.

Fonte: Opera Mundi.

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