Angolanos são espancados até perderem a consciência em comércio de Maringá

Imagens que circulam nas redes sociais mostram um ataque covarde, que envolveu ao menos 6 pessoas, contra dois universitários angolanos em um comércio de bebidas; polícia investiga

Imigrantes Angolanos são espancados até perderem a consciência (Foto: Reprodução)

Por Ivan Longo.

Dois universitários angolanos, um de 26 e outro de 27 anos, foram covardemente espancados no último sábado (7) em um comércio de bebidas em Maringá (PR). Imagens que circulam nas redes sociais têm causado revolta e internautas têm apontado motivações racistas para a agressão.

De acordo com a defesa dos jovens, eles tinham comprado de forma adiantada 5 garrafas de cerveja no estabelecimento e estavam pegando uma por vez para beber nas imediações do comércio. Quando um dos jovens tentou entrar no local para pegar a quarta cerveja, o segurança do comércio teria o impedido e, então se iniciaram as agressões.

Ao menos 6 pessoas, que incluiria dois funcionários da loja, teriam participado do espancamento aos angolanos, de acordo com o advogado Mário Alberton.

Nas imagens, é possível ver que os jovens são agredidos com socos, chutes e golpes de “mata-leão” até perderem a consciência. Eles foram arrastados para fora do estabeleciemento.

“As agressões foram brutais, covardes e com risco de vida. Vamos tomar todas as medidas cabíveis para apurar a responsabilidade dos agressores. Essa será a forma de dissuadir outras pessoas que pensem igual para que isso não ocorra mais”, disse o advogado da dupla.

Assista.

Segundo Ronelson Furtado, presidente da Associação de Estrangeiros na região, pessoas que participaram das agressões teriam feito xingamentos xenofóbicos, como “seus folgados, haitianos, voltem para a terra de vocês”.

Após as agressões, quando recuperaram a consciência, os angolanos pediram um carro por aplicativo e um deles chegou a ficar internado até domingo (8) no Hospital Universitário (HU) de Maringá.

Na segunda-feira (9), foi registrado um boletim de ocorrência contra os agressores e, agora, a Polícia Civil do Paraná investiga o caso. O estabelecimento comercial não se pronunciou sobre o ocorrido.

“Levamos eles para a delegacia ontem [dia 9] para registrar o boletim de ocorrência, hoje fomos no IML para fazer exame de corpo de delito, amanhã vamos conversar com delegado de novo. Também queremos envolver o Conselho de Igualdade Racial, porque foi uma situação de racismo. Vamos procurar todos os órgãos possíveis para que o caso tenha um encaminhamento adequado e daremos o suporte psicológico às vítimas”, disse Ronelson Furtado, da Associação de Estrangeiros, em entrevista ao site GMC Online.

*Com informações do G1 e GMC Online

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