Amanhecer intenso de lutas em Florianópolis

Por Raquel Wandelli (texto e fotos)

A luta em Florianópolis contra a retirada de direitos trabalhistas acordou antes do sol. Cerca de 200 militantes sociais chegaram às 5 horas à cabeceira da Ponte Pedro Ivo, no lado Continente, e bloquearam a entrada para a Ilha antes das 6 horas com uma barricada de pneus incendiados. Ninguém entrou em Florianópolis enquanto o trânsito ficou interrompido, por cerca de uma hora. Em represália ao movimento, a Polícia Militar lançou bombas pesadas e balas de borracha em cima dos manifestantes, que foram cercados por todos os lados, mas ainda assim escaparam ao cerco e incendiaram a barricada de pneus por duas vezes. Formou- se um grande congestionamento de vários quilômetros.

Quatro estudantes e trabalhadores feridos com bala de borracha disparada no rosto, na cabeça e no braço foram levados para o Hospital Regional para levar pontos, “uma covardia horrível”, conforme Luciano Verás, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde e na Previdência de Santa Catarina (Sindprevs/SC). Da barricada, os manifestantes se dirigiram para a Praça de Lutas no Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Público de Florianópolis), no Centro da capital, para juntar-se a outros manifestantes que a partir das 8 h iniciaram uma concentração.

Às 11 h, eles devem percorrer (por ontem, dia 30 de junho) em passeata as ruas do Centro para fazer um arrastão pela greve geral entre os lojistas. A grande concentração para a passeata final está marcada para as 15 horas, na Praça de Luta. Ainda durante a manhã, órgãos públicos como o Ministério da Saúde e INSS foram cercados e fechados pelos manifestantes.

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