Alarme na carne: A Argentina de Macri

Foto: Enviada por Telegram a La Batalla Cultural

Por Débora Mabaires, para Desacato.info.

Tradução: Tali Feld Gleiser, para Desacato.info. (Port./Esp.)

O presidente Mauricio Macri continua a sua trajetória sem mudar o rumo nem um pouquinho.

Suas frases sem conteúdo, mais parecidas com mensagens de autoajuda que com um discurso presidencial, já não satisfazem mais a população até o ponto de que seus próprios votantes estão começando a suspeitar que esse líder que escolheram não é tão líder assim.

Na Argentina, 30 empresas fecham as suas portas por dia. Os empresários não conseguem manter sua produção porque a recessão afugentou os clientes. Ninguém compra porque o dinheiro não dá.

A desvalorização do peso, que já leva oito dias em avanço constante, pulveriza os salários dos trabalhadores, motivo pelo qual aumentou a angústia dos comerciantes e empresários. Hoje, em alguns comércios se observam promoções de produtos com preços abaixo do custo de produção.

O governo se vangloriava de ter tirado a “arapuca ao dólar”, expressão utilizada pela mídia para falar das restrições à compra ilimitada dessa moeda. Macri permitiu que qualquer empresário – ou narcotraficante- comprasse notas verdes sem limitações e que tivesse fuga de capitais.

Lastimavelmente, agora são os alimentos os que tem essa “arapuca”. Os preços aumentaram a um ritmo acelerado, e em alguns supermercados colocaram alarmes em diversos alimentos, como as carnes mais nobres.

O presidente Macri mantém o rumo econômico fixado e diz: “É muito importante que entendamos, não está fácil para ninguém no mundo. Hoje o dólar sobe igual no Brasil, na Turquia, em toda parte. Tem coisas que têm a ver com o mundo, hoje nós temos uma política monetária séria, vamos ter um superávit comercial de dez bilhões de dólares, o turismo receptivo não para de crescer todo dia. Aconteceram coisas que nos dão maior solidez, o que não significa que se o mundo se desvaloriza frente ao dólar, nós não desvalorizemos”.

Ou seja, para Mauricio Macri, tudo está dando certo para nós, embora a realidade teime em desmenti-lo.

Estes supostos dez bilhões de dólares que sobrariam no final do ano, na verdade, já estão comprometidos com os banqueiros credores a quem prometeu pagar a dívida contraída para fugar capitais. No mês de fevereiro, por exemplo, teve fuga de 964 milhões de dólares das reservas do Banco Central, e é precisamente a fuga de divisas a que determina o grave déficit no balanço de pagamentos que, ano após ano depois de 2016, o governo foi compensado contraindo mais dívida.

E assim, o presidente, faz três anos e alguns meses, dá voltas numa roda maluca sem fim que enjoa e deixa doente a qualquer um dos que estamos nesse barco.

Com grande imaginação, o presidente Macri se referiu a sua possível vitória nas eleições deste ano de 2019: “Se vencermos, iremos na mesma direção, mas o mais rápido possível”.

“Na mesma direção e o mais rápido possível” foram as últimas instruções do capitão do Titanic antes de que o ostentoso navio da White Star Line batesse contra um bloco de gelo e afundasse nas escuras águas do mar.


Carne con cepo: La Argentina de Macri 

Por Débora Mabaires, para Desacato.info.

El presidente Mauricio Macri continúa con su derrotero sin mover ni un poco el timón.

Sus frases carentes de contenido, más parecidas a aforismos de autoayuda que a un discurso presidencial, ya no conforman a la población al punto en que hasta sus propios votantes están empezando a sospechar que ese líder que eligieron, no sería tal.

En Argentina 30 empresas por día están cerrando sus puertas. Los empresarios no pueden sostener su producción porque la recesión espantó a los clientes. No hay quien compre porque no alcanza el dinero.

La devaluación del peso que ya lleva 8 dias en constante avance, pulveriza los salarios de los trabajadores, por lo que la angustia de los comerciantes y empresarios se acrecentó. Hoy en algunos comercios se observan ofertas de productos con precios por debajo del costo de producción.

El gobierno se vanagloriaba de haber quitado el “cepo al dólar”, tal como los medios de difusión llamaron a las medidas restrictivas para la compra ilimitada de esa moneda. Macri permitió que cualquier empresario – o narcotraficante- compre billetes verdes sin limitaciones y fuguen capitales.

Lamentablemente el “cepo” ahora lo tienen los alimentos. Los precios han aumentado a un ritmo acelerado, tanto, que en algunos supermercados han puesto alarmas a diversos alimentos como los más preciados cortes de carne vacuna.

El presidente Macri, mantiene el rumbo económico fijado y dice “Es muy importante que entendamos, nadie la tiene fácil en el mundo. Hoy el dólar sube lo mismo en Brasil, en Turquía, en todas partes. Hay cosas que tienen que ver con el mundo, hoy nosotros tenemos una política monetaria seria, vamos a tener un superávit comercial de 10 mil millones de dólares, el turismo receptivo no para de crecer todos los días. Han pasado cosas que nos dan mayor solidez, lo que no significa que si el mundo se devalúa frente al dólar, nosotros no devaluemos”.

Es decir, que para Mauricio Macri, a nosotros nos está yendo muy bien, aunque la realidad se empecine en desmentirlo.

Estos supuestos 10.000 millones de dólares que quedarían a fin de año, en realidad, ya están comprometidos con los banqueros acreedores a los que prometió pagarles la deuda contraída para fugar capitales. En el mes de febrero, por ejemplo, se fugaron 964 millones de dólares de las reservas del Banco Central, y es precisamente la fuga de divisas la que determina el grave déficit en la balanza de pagos que, año a año desde 2016, el gobierno fue compensando contrayendo más deuda.

Y así, el presidente desde hace tres años y unos meses está dando vueltas en una loca rueda sin fin que marea y enferma a cualquiera de los que estamos subidos a este barco.

Con una gran imaginación, el presidente Macri se refirió a su posible triunfo en las elecciones de este año. ”Si ganamos iremos en la misma dirección, pero lo más rápido posible”

“En la misma dirección y lo más rápido posible” fueron las últimas instrucciones del capitán del Titanic antes de que el ampuloso barco de la White Star Line chocara contra un témpano y se hundiera en las oscuras aguas del mar.

Debora MabairesDébora Mabaires é cronista e mora em Buenos Aires.

A opinião do autor/a não necessariamente representa a opinião de Desacato.info.

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