Agroecologia visual reúne agricultores/as e consumidores/as em Lages

Foto: Via cepagroagroecologia.

A diversidade e animação do grupo de agricultores/as, comerciantes, estudantes e consumidores/as de alimentos agroecológicos que se reuniu em Lages no último sábado para mais uma oficina #AgroecologiaVisual ajudou a espantar o frio da Serra Catarinense durante a atividade. Recebido na Chácara Raio de Sol – onde três jovens formados no Curso Técnico em Agroecologia do IFSC dedicam-se à produção agroecológica – o grupo recebeu uma capacitação básica em audiovisual, facilitada pelo jornalista Fernando Lisboa, e conversou também sobre a importância da comunicação para promover a alimentação saudável e sustentabilidade. A atividade é resultado de uma parceria entre Cepagro e Centro Vianei de Educação Popular – através do Projeto Misereor em Rede – e teve apoio da Universidade de British Columbia e da Inter-American Foundation.

O agricultor Orlando Ribeiro de Melo (de chapéu) foi entrevistado durante a oficina

A discussão inicial foi sobre o que a Agroecologia representa visualmente para cada um. Saúde, sustentabilidade, amor, consciência e a centralidade do alimento foram algumas das ideias trazidas. “Agroecologia é ter mais saúde para o povo, com alimentos saudáveis e de qualidade”, disse o agricultor Orlando Ribeiro Melo,  de Bocaina do Sul, que é da Rede Ecovida há 10 anos e veio participar da atividade.

Jorel apresenta o sistema de compostagem para o grupo

“Agroecologia é mais do que cultivar sem veneno. É estabelecer um sistema natural”, disse a técnica em Agroecologia e agricultora Luana Silva, que trabalha na Chácara Raio de Sol. E foi numa caminhada para conhecer os sistemas naturais estabelecidos por Luana e seus companheiros de trabalho Jorel Oliveira e Bruna Dal Pizzol que os/as participantes da oficina puderam colocar em prática os ensinamentos sobre captação de imagens e áudio passados por Fernando. Após o giro, o grupo editou o material, produzindo vídeos de 1 minuto.

O grupo conheceu o Sistema Agroflorestal cultivados pelos/as jovens, assim como as áreas de compostagem e horta coberta, em que eles praticam consórcio de plantas e uso de  espécies repelentes. “Antes a gente fazia só foto, colocava um filtro do Instagram e pronto. Agora vimos que podemos fazer vídeo explicativo das nossas técnicas. Isso é muito bom e nos ajuda a atingir  nosso objetivo: distribuir alimentos agroecológicos para todas Lages a preço justo”, avaliou Jorel sobre a oficina.

Cleivia Nunes tem um empório de produtos naturais em Lages e também participou da oficina. Ela já tinha se dado conta do potencial das redes sociais e das ferramentas de comunicação para seu negócio. “Tento postar duas vezes por dia. E já percebi que, o que a gente posta, sai. Ainda temos dificuldade com comunicação visual, mas hoje pudemos aprender um pouco mais”.

Na outra ponta da cadeia circular de produção de consumo de alimentos agroecológicos, a professora Larissa Albino veio para a oficina sem um objetivo claro, mas claramente com muita vontade de expandir e conscientizar mais pessoas sobre alimentação saudável. “Quando tive que começar a dar comida para meu filho, me dei conta da importância da alimentação saudável”, conta Larissa, que através de sua conta do Instagram – que já tem mais de 2,4 mil seguidores – dá dicas de alimentação para bebês e adultos. Durante e depois da oficina, ela já foi gravando stories para compartilhar experiências e aprendizados.

Até mesmo quem já trabalha com Comunicação participou da atividade. É o caso do estudante de jornalismo Dionathan Sousa, que faz estágio no Centro de Ciências Agroveterinárias da Udesc. “Eu já trabalho com edição de vídeo, mas sempre no computador. Nunca tinha editado no celular. É mais uma ferramenta”, disse. O ciclo de oficinas continua neste mês, com atividades na Tekoá Vy’a, em Major Gercino, e no Assentamento Comuna Amarildo de Souza, em Águas Mornas.

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