Aécio deixa Presidência do PSDB contrariado e deve se licenciar

Por Luis Nassif.
Sem querer, mas com a pressão do partido, Aécio Neves (PSDB-MG) deixará a Presidência da sigla, após as acusações da JBS que o haviam afastado do mantado parlamentar e o Senado desfez. A medida deve ocorrer na próxima semana. O tucano também analisa se irá pedir a licença do mandato.
Desde que o Senado contrariou a decisão da Primeira Turma do Supremo, o partido já entendia que seria preciso que Aécio renunciasse da Presidência do PSDB, para não atrelar a imagem desgastada do senador à sigla. Enquanto estava afastado e com recolhimento noturno, a Presidência estava a cargo do senador Tasso Jereissati (CE).
O tucano o faria ainda nesta última quarta-feira (18), mas esperou após o interino Tasso Jereissati defender publicamente a renúncia de seu correligionário. Jereissati ainda afirmou que deixa o posto se Aécio não renunciar.
Acusado de ter solicitado R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista, com provas de acompanhamento da Polícia Federal com o assessor do empresário fazendo uma das entregas pessoalmente, Aécio está com a imagem desgastada e não vem se apresentando publicamente desde a prisão de sua irmã e primo, flagrados recebendo partes das quantias.
Durante cinco minutos, o tucano discursou no primeiro dia de retorno ao exercício do mandato dizendo-se “vítima de uma ardilosa armação, perpetrada por inescrupulosos empresários” e criticando a Procuradoria-Geral da República, sob o então comando de Rodrigo Janot.
A cúpula do PSDB esperava o resultado da votação no Senado, que contou com 44 votos a favor da permanência de Aécio na Casa e contrários à decisão da Primeira Turma do Supremo. Os próximos passos, para não manchar a imagem do partido, é tentar isolar Aécio e retirá-lo das vistas de encontros de caciques e lideranças.
Contrariado pelas ações da sigla, Aécio mostrou-se irritado com as medidas de Tasso, que além de ter se posicionado a favor de sua saída imediata, já havia modificado boa parte da equipe de direção do PSDB. Queria, inclusive, esperar a convenção nacional do partido no dia 9 de dezembro para sair da Presidência, mas foi convencido pelos seus correligionários a sair na próxima semana para se dedicar à sua defesa.
Fonte: GGN

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