A literatura blumenauense em polvorosa

PrintPor Viegas Fernandes da Costa.

A literatura blumenauense está em polvorosa! Pena que o motivo não seja a própria literatura.
Aliás, a literatura blumenauense gosta de coisas polvorosas.
Há não muito tempo, o então colunista Maicon Tenfen publicou artigo no Santa, criticando a Sociedade Escritores de Blumenau.
Em resposta, esta gloriosa entidade encaminhou ofício à Reitoria da FURB, solicitando providências a respeito de Tenfen, professor da universidade. Sugeria, inclusive, que em função das suas opiniões, Tenfen não poderia estar lecionando para o curso de Letras.
A FURB, claro, respondeu que respeitava o direito à liberdade de expressão.
Até onde me consta, a SEB nunca se retratou em relação ao deprimente episódio.
Já a Academia de Letras de Blumenau, cujos membros, de tão humildes, tratam-se por imortais, devolveu à mortalidade alguns dos seus desafetos relapsos.
Mas voltemos à polvorosa questão.
Particularmente, acredito que uma Feira do Livro local deveria contar com a presença de vários escritores da região.
Esta, que o SESC irá promover, contará com cinco deles: Maicon Tenfen, Gregory Haertel, Nane Pereira, Pochyua Andrade e Nana Toledo. Alguns dos nossos melhores autores, sem dúvida.
Há outros, muitos outros, com qualidade e também representativos.
Deveriam ter sido convidados? Penso que sim. O SESC errou em não inclui-los? Também penso que sim. Mas, honestamente, não acho que o SESC tenha que tratar com a SEB e com a Academia de Letras de Blumenau. Não mesmo! Salvo se o propósito da feira for promover a venda de livros locais.
SEB e ALB, definitivamente, não são representativas da literatura local. Obviamente, trata-se da minha opinião pessoal.
Por isso, quanto à celeuma sobre a feira do livro, a pergunta que cabe é: qual o objetivo do SESC? Promover os autores locais ou promover a literatura? Acho que é esta uma pergunta importante. O mesmo vale para os escritores que gritam contra o evento, sentindo-se excluídos: qual o interesse na Feira?
Neste tabuleiro, há de se jogar com as cartas na mesa. Porque, desconfio, neste debate todo, o que menos parece importar é a literatura.

Fonte: Facebook.

Imagem: http://www.freepik.com

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