6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

Pela primeira vez Florianópolis receberá a 6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, que este ano chega a todas as capitais do Brasil. O evento é gratuito e dedicado a produções que abordam questões referentes aos direitos humanos, produzidas recentemente nos países sul-americanos.

A pluralidade dos Direitos Humanos é uma das características da Mostra, reforçada com os filmes selecionados que, neste ano, tratarão dos Direitos de Crianças e Adolescentes, do Direito à Terra, da Cidadania LGBT, da Educação em Direitos Humanos, Democracia, das Populações Tradicionais, Quilombolas e Afrodescendentes, das Pessoas Idosas, da Saúde Mental e Combate à Tortura, das Pessoas com Deficiência, Migrantes e do Direito à Memória e à Verdade, dentre outros tantos.

Em todos os locais de exibição há acessibilidade a deficientes físicos e acontecem sessões com sistema de audiodescrição e de closed caption (voltadas a deficientes visuais e auditivos, respectivamente).

A Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é uma realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira/MinC e patrocínio da Petrobras. Em Santa Catarina temos o apoio da Diretoria de Direitos Humanos da Casa Civil, Fundação Catarinense de Cultura e do CESUSC.

O evento acontecerá em Florianópolis entre os dias 21 e 27 de Novembro, no auditório do CESUSC, Rodovia SC-401, SC 401 / Km 10, ao lado do Terminal de Integração de Santo Antônio de Lisboa (TICAN).

A programação é completamente gratuita e reúne 46 filmes, representando dez países da América do Sul.

A programação completa e mais informações sobre a Mostra está disponível no site: www.cinedireitoshumanos.org.br.

Atenciosamente,

Produção Mostra de Cinema e Direitos Humanos em Florianópolis
Luiza Lins: (48) 99806908
Guto Lima: (48) 91350599
www.cinedireitoshumanos.org.br

 

Programação da 6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul – FLORIANÓPOLIS

Auditório CESUSC
245 lugares
(48) 3239-2600
Rodovia SC 401 / Km 10 – Trevo Sto. Antônio de Lisboa
ENTRADA FRANCA

 

21/11- SEGUNDA-FEIRA

19h00 – Sessão de Abertura
DOCE DE COCO – Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
A família de Diana produz cocadas caseiras. João, o irmão mais novo, recolhe os cocos; Diana e a mãe preparam os doces, vendidos por Zacarias, o pai. Tudo muda quando Diana vai tomar banho de rio.

TEMPO DE CRIANÇA – Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
Uma construção dramática e poética sobre o cotidiano de uma menina que precisa ser gente grande quando a mãe não está em casa.

MÁSCARA NEGRA – Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).

Gregório é apaixonado por uma máscara de carnaval. Luisette é um travesti em busca de carinho. Durante um jogo de futebol, Luisette cativa Gregório com seu amor sincero.

Classificação indicativa: 14 anos


22/11 – TERÇA-FEIRA

09h00
TEMPO DE CRIANÇA – Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).

Uma construção dramática e poética sobre o cotidiano de uma menina que precisa ser gente grande quando a mãe não está em casa.

ARQUITETOS DA NATUREZA – Cléa Lúcia (Peru/ Brasil, 25min, 2011, doc).
A grandiosidade de civilizações pré-colombianas no Peru e o paradoxal contraste com a pobreza vigente nos dias de hoje.

TAVA – PARAGUAI TERRA ADENTRO – Lucas Keese/ Lucía Martin/ Mariela Vilchez (Argentina/ Brasil/ Paraguai, 70 min, 2011, doc).
Combinando herança cultural indígena e perspectivas de emancipação socialista, o filme apresenta a luta dos camponeses do assentamento Tava Guarani, no Paraguai, contra os latifundiários. Desde o começo dos anos 1990, a comunidade resiste aos ataques da elite agrária, mas a imprensa paraguaia insiste em denominar a região de “terra guerrilheira”. O assentamento é inovador, pois adotou um modelo centralizado, oposto aos esquemas impostos pelo governo, que isolam os camponeses uns dos outros. Entre memórias, colheitas, poesias e assembleias, a comunidade constrói suas imagens.

Classificação indicativa: 10 anos

14h00
BALA PERDIDA – Maurício Durán Blacut (Bolívia, 52 min, 2010, doc).

Em janeiro de 1982, Oswaldo, irmão do diretor Mauricio Durán Blacut, morreu enquanto cumpria o serviço militar. Segundo os peritos militares, a morte foi provocada por uma bala perdida. Desde então, por autoproteção e necessidade, a família de Mauricio decidiu esquecer o fato. No entanto, mesmo sem ter qualquer lembrança do irmão – ele tinha apenas um ano e oito meses na época da morte -, Maurício não esqueceu Oswaldo. Quase trinta anos depois de sua morte, o diretor fez uma viagem de trem para encontrar as respostas às perguntas levantadas pelo trágico acontecimento.

NO FUTURO – Mauro Andrizzi (Argentina, 60min, 2010, fic).
Depois de uma longa sequência de beijos desenfreados, a imagem como ação se detém, e com ela as possibilidades de continuar sendo parte de alguma história. Os encontros e desencontros que caracterizam a experiência amorosa passam a ser objeto do discurso dos personagens. Os acontecimentos sentimentais se convertem em palavras e são elas que permanecem, mas como sombras, como fantasmas eternos que percorrem um espaço fílmico que já não existe. En el Futuro trata disso, de espaços despojados, sem limites, filtrados pelas cores do passado do cinema em emulação digital, as não-cores e textura do registro de um tempo verbal extinto.

Classificação indicativa: 10 anos

16h00
ORQUESTRA DO SOM CEGO – Lucas Gervilla (Brasil, 13 min, 2010, doc).
Dois sanfoneiros cegos, um filme mudo e um “decompositor” musical.

POLIAMOR – José Agripino (Brasil, 15 min, 2010, doc).
Em uma sociedade na qual predominam valores afetivos monogâmicos, algumas pessoas escolhem um arranjo de relacionamentos que está se tornando conhecido como Poliamor.

CAMPONESES DO ARAGUAIA – GUERRILHA VISTA POR DENTRO – Vandré Fernandes (Brasil, 73 min, 2010, doc).
Camponeses falam da amizade que travaram com os “paulistas” (militantes do PC do B) durante a Guerrilha do Araguaia (1972-1974), evidenciando que estes contavam com o apoio popular. Além da convivência com os guerrilheiros, a população local relembra o sofrimento pelo desaparecimento de familiares e amigos, as torturas cometidas pelo Exército brasileiro na região em um dos mais sangrentos e desconhecidos episódios do período da ditadura militar (1964-1985). O filme traz raras imagens da época, mostrando o treinamento do Exército na região, que escaparam da destruição de documentos do conflito empreendida pelos próprios militares.

Classificação indicativa: 10 anos

19h00
ARAGUAYA – A CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO – Ronaldo Duque (Brasil, 105 min, 2005, fic).
O Exército no auge da ideologia da segurança nacional, um partido de esquerda dissidente, militantes aguerridos, inocentes camponeses e uma região onde a ambição e a miséria disputavam lugar palmo a palmo. Eis o cenário deste filme sobre a Guerrilha do Araguaia. A narração se faz a partir de Padre Chico, um religioso francês que chegou à região no início dos anos 1960. A profunda identidade dele com a população local, seu sentimento religioso e suas dúvidas existenciais permitem abordar este momento histórico com liberdade, oferecendo uma visão original sobre uma história instigante e real.

Classificação indicativa: 12 anos


23/11 – QUARTA-FEIRA

09h00
A GRANDE VIAGEM – Caroline Fioratti (Brasil, 15 min, 2011, fic).
Seu Mário já não consegue distinguir claramente passado e presente. Revive em sua mente uma fase da vida em que vendia guias de viagem. Entretanto, ele nunca viajou. Mas agora tem a oportunidade de conhecer os quatro cantos da Terra com o neto Felipe.

AVÓS – Carla Valencia Dávila (Equador/ Chile, 93 min, 2010, doc).
Uma viagem à origem e ao fim. Remo Dávila, médico autodidata equatoriano e avô materno da diretora, tinha um grande objetivo: descobrir a imortalidade. O avô paterno, Juan Valencia, militante comunista chileno, foi assassinado no campo de concentração de Pisagua em 1973, após o golpe militar que derrubou o presidente Salvador Allende. Duas histórias: uma mágica e outra trágica. Duas paisagens: uma viva e frondosa, outra árida e desolada. Dois sonhos: um próximo e outro por conhecer. Uma viagem pessoal que procura entender a morte, uma homenagem à resistência e à imortalidade.

Classificação indicativa: Livre

14h00
CAFÉ AURORA – Pablo Polo (Brasil, 19 min, 2010, fic).
Um especialista na preparação de cafés admira secretamente uma artista plástica, cliente habitual do Café Aurora. O encontro dos dois nos leva a um mundo de sensações diferentes, em que as palavras valem menos do que a percepção.

CONFISSÕES – Gualberto Ferrari (Argentina/ Brasil/ França, 90 min, 2011, doc).
Gustavo Scagliusi, ex-agente secreto do Batalhão 601, unidade do Serviço de Informações do Exército argentino durante a última ditadura militar (1976-1983), encontra- se frente a frente com o passado e as próprias culpas. Um jornalista e escritor, à época militante estudantil de uma famosa organização guerrilheira, revela sua amizade com o ex-agente, mesmo investigando as ações criminais cometidas pelo temível batalhão. Uma paradoxal ironia do destino une estes dois amigos em uma estranha relação circular que atravessa quase três décadas.

Classificação indicativa: Livre

16h00 – Sessão Audiodescrição
DIÁRIO DE UMA BUSCA – Flávia Castro (Brasil/ França, 105 min, 2010, doc).
A diretora Flávia Castro tenta desvendar os mistérios da prematura morte do pai, o militante político brasileiro Celso Castro (1943-1984), cuja história coincide com as lutas que abalaram a América Latina na década de 1960. Uma vida de exílios sucessivos e militância – que vai da euforia e da esperança dos anos de juventude ao desalento dos últimos anos – que terminou tragicamente no apartamento de um ex-nazista, onde Celso Castro possivelmente fazia uma investigação. Flávia reconstrói a memória afetiva e familiar de sua infância passando por países como Brasil, Chile, Argentina, Venezuela e França.

Classificação indicativa: 10 anos

19h00
DAMA DO PEIXOTO – Allan Ribeiro/ Douglas Soares (Brasil, 11 min, 2011, doc).
A invisibilidade é subjetiva, se enxerga o que é desejado. Ela, a protagonista, sempre está ali; os invisíveis são os outros.

QUEM SE IMPORTA – Mara Mourão (Brasil, 96 min, 2011, doc).
O trabalho de empreendedores sociais ao redor do mundo. O filme investiga o empreendedorismo social a partir de entrevistas com dezenove das mais destacadas personalidades do setor, que decidiram mudar a realidade por meio de ideias criativas de grande impacto social. Entre os entrevistados estão o economista e banqueiro bengali Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz e figura central do microcrédito, e o norte-americano Bill Drayton, fundador da Ashoka, organização pioneira no campo da inovação social.

Classificação indicativa: 10 anos


24/11 – QUINTA-FEIRA

09h00 – Sessão de Audiodescrição
DOCE DE COCO – Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
A família de Diana produz cocadas caseiras. João, o irmão mais novo, recolhe os cocos; Diana e a mãe preparam os doces, vendidos por Zacarias, o pai. Tudo muda quando Diana vai tomar banho de rio.

TEMPO DE CRIANÇA – Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
Uma construção dramática e poética sobre o cotidiano de uma menina que precisa ser gente grande quando a mãe não está em casa.

MÁSCARA NEGRA – Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
Gregório é apaixonado por uma máscara de carnaval. Luisette é um travesti em busca de carinho. Durante um jogo de futebol, Luisette cativa Gregório com seu amor sincero.

A GRANDE VIAGEM – Caroline Fioratti (Brasil, 15 min, 2011, fic).
Seu Mário já não consegue distinguir claramente passado e presente. Revive em sua mente uma fase da vida em que vendia guias de viagem. Entretanto, ele nunca viajou. Mas agora tem a oportunidade de conhecer os quatro cantos da Terra com o neto Felipe.

GAROTO BARBA – Christopher Faust (Brasil, 14 min, 2010, fic).
Fábula sobre um garoto que tem barba devido a uma doença rara. Quando os pais resolvem submetê-lo a uma cirurgia, ele tem que tomar uma decisão drástica, que mostrará a eles e à cidade inteira que às vezes vale a pena lutar pelo que se é realmente.

O PLANTADOR DE QUIABOS – Coletivo Santa Madeira (Brasil, 15 min, 2010, fic).
Tragicomédia sobre um agricultor do interior de São Paulo dividido entre o aumento da produção de sua lavoura de quiabos e a realização de um sonho efêmero da filha.

Classificação indicativa: 14 anos

14h00
ACERCADACANA – Felipe Peres Calheiros (Brasil, 20 min, 2010, doc).
Com a valorização do etanol e a expansão do latifúndio canavieiro na década de 1990, 15 mil famílias da Zona da Mata de Pernambuco foram expulsas de seus sítios. Dona Maria Francisca, que mora na região há 40 anos, decidiu resistir.

A OCUPAÇÃO – Angus Gibson/ Miguel Salazar (Colômbia/ EUA/ França, 88 min, 2011, doc).
Na manhã de 6 de novembro de 1985, 35 guerrilheiros do grupo M-19 tomaram de assalto o Palácio da Justiça em Bogotá, na Colômbia. O Exército reagiu, convertendo a Praça Bolívar em um campo de batalha, com quase cem mortos, entre eles 11 magistrados da Corte Suprema, e 12 desaparecidos. Em junho de 2010, o Coronel Luís Alfonso Plazas Vega foi condenado a 30 anos de prisão como corresponsável pelos desaparecimentos. O filme traz farto material de arquivo, boa parte dele inédita, além de depoimentos de sobreviventes para contar esta história que abalou a Colômbia e ainda é objeto das mais diversas interpretações.

Classificação indicativa: 12 anos

16h00
GAROTO BARBA – Christopher Faust (Brasil, 14 min, 2010, fic).
Fábula sobre um garoto que tem barba devido a uma doença rara. Quando os pais resolvem submetê-lo a uma cirurgia, ele tem que tomar uma decisão drástica, que mostrará a eles e à cidade inteira que às vezes vale a pena lutar pelo que se é realmente.

ASSUNTO DE FAMÍLIA – Caru Alves de Souza (Brasil, 13 min, 2011, fic).
A família de Rossi se prepara para assistir a um jogo de futebol pela TV. Eunice, a mãe, olha pela janela, enquanto o pai e o irmão mais velho acompanham o jogo. Rossi tenta achar seu lugar na casa.

COPA VIDIGAL – Luciano Vidigal (Brasil, 75 min, 2010, doc).
Em 1997, o morro do Vidigal vivia uma situação delicada. A guerra entre traficantes do Vidigal e da Rocinha atormentava os moradores. Os tiroteios acabaram com qualquer diversão da comunidade. No fim da guerra, Cypa, professor de futebol e líder comunitário, resolveu organizar no Vidigal um torneio de futebol reunindo times de várias comunidades. Além de Cypa, dois outros personagens conduzem a narrativa: Nélio, ex-jogador do Flamengo que vive no Vidigal, e Thiago Beição, um motoboy que teve a oportunidade de ser goleiro em grandes times, mas não realizou o sonho por problemas de disciplina.

Classificação indicativa: 12 anos

19h00
D.O.R – Leandro Goddinho (Brasil, 4 min, 2010, doc).
Documentário poético-experimental sobre a dor e o racismo construído a partir de depoimentos pessoais – baseados em gestos e sem palavras – dos atores da Cia. de Teatro Os Crespos.

SILÊNCIO 63 – Fábio Nascimento (Brasil , 23 min, 2011, doc).
Em 1963, um violento embate sacudiu a cidade mineira de Ipiranga. De um lado, operários grevistas de uma siderúrgica; do outro, forças militares. O episódio foi um ensaio geral do golpe militar de 1964. É o silêncio que nos conta esta história.

E A TERRA SE FEZ VERBO – Erika Bauer (Brasil, 77 min, 2011, doc).
A Prelazia de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, tem uma história marcada por lutas de resistência contra todo tipo de opressão. Seu principal personagem, o bispo espanhol Dom Pedro Casaldáliga, está no Brasil desde 1968. Foi bispo prelado de São Félix do Araguaia entre 1971 e 2005, quando se afastou por motivos de saúde. O documentário esboça um retrato do religioso a partir de depoimentos e histórias contadas por posseiros, índios e peões que atuaram e atuam em defesa de sua permanência na terra.

Classificação indicativa: 12 anos
25/11 – SEXTA-FEIRA

09h00
BARRAS E BARREIRAS, RETRATO DE KELLY ALVES – Riccardo Migliore (Brasil, 38 min, 2011, doc).
Kelly nasceu menina em um corpo de menino. Com 22 anos e às vésperas de fazer uma cirurgia de redesignação sexual, Kelly compartilha com a câmera os seus segredos para sobreviver às adversidades, superando barras e barreiras, para exigir um lugar no “clube” dos socialmente incluídos.

QUATRO LITROS POR TONEL – Belimar Román Rojas (Argentina/ Venezuela, 70 min, 2010, doc).
Vicenta, Marilin, Luisa, Victoria e outras oito camponesas venezuelanas decidem se tornar independentes economicamente formando a Mubay, uma cooperativa dedicada à produção de adubo orgânico. Com a colaboração de vários membros da comunidade, as doze cooperadas conseguem sustentar a produção, superando múltiplos obstáculos sociais e culturais. O novo desafio que precisam superar é conseguir um transporte próprio que lhes permita manter a produção a todo vapor, sem depender de favores dos vizinhos. Esta busca causa problemas, e elas recebem ameaças que podem destruir o projeto.

Classificação indicativa: 12 anos

14h00
DO OUTRO LADO DO MURO – Eleonora Menutti (Argentina, 12 min, 2010, doc).
Algo se move por trás do muro: uma presença, uma força. As marcas do passado estão nos espaços, objetos e nas pessoas que habitaram centros clandestinos de detenção e tortura durante a ditadura militar argentina (1976-1983).

ENTRE VÃOS – Luísa Caetano (Brasil, 20 min, 2010, doc).
Além de revelar seus sonhos, a menina Lizeni, da comunidade remanescente quilombola Kalunga, em Cavalcante (GO), conduz nosso olhar para as brincadeiras de infância, o mundo dos pais e a relação da família com a cidade mais próxima.

VOCACIONAL, UMA AVENTURA HUMANA – Toni Venturi (Brasil, 77 min, 2011, doc).
Criadora de um modelo progressista e pioneiro na educação pública brasileira instalado nos anos 1960 em São Paulo, Batatais e Americana, a educadora Maria Nilde Mascellani (1931-1999) defendia a formação multidisciplinar de alunos, para que fossem também sujeitos de sua história. Para isso, os Ginásios Vocacionais aliavam projetos interdisciplinares e viagens de estudo, estimulando os alunos a se expressarem sobre todas as questões. Interrompida pela ditadura militar, que perseguiu e prendeu Mascellani, a experiência das escolas vocacionais é relembrada e reavaliada por antigos professores e alunos, entre eles, o próprio diretor do filme, Toni Venturi.

Classificação indicativa: Livre

16h00
O PLANTADOR DE QUIABOS – Coletivo Santa Madeira (Brasil, 15 min, 2010, fic).
Tragicomédia sobre um agricultor do interior de São Paulo dividido entre o aumento da produção de sua lavoura de quiabos e a realização de um sonho efêmero da filha.

MÁSCARA NEGRA – Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
Gregório é apaixonado por uma máscara de carnaval. Luisette é um travesti em busca de carinho. Durante um jogo de futebol, Luisette cativa Gregório com seu amor sincero.

UMA NOVA DANÇA – Nicolás Lasnibat (Chile/ França, 23 min, 2010, fic).
Armando é um cantor de tango deficiente físico. Ele nunca teve uma vida fácil. Hoje, seu destino vai mudar. Uma história de reconstrução e esperança em um país que ainda tenta superar o fantasma da ditadura.

Classificação indicativa: 14 anos

19h00
GRAFFITI QUE MEXE – Coletivo Graffiti com Pipoca (Brasil, 13 min, 2011, animação).
Animação que usa os muros da cidade em ruas, becos e vielas como suporte para serem pintados. Foram dez mutirões em diferentes regiões de São Paulo, nos quais mais de 50 artistas participaram da construção desta colcha de retalhos.

LICURI SURF – Guilherme Martins (Brasil, 15 min, 2011, doc).
Uma aventura pelo litoral brasileiro na companhia de um pataxó surfista que vive numa praia sem ondas.

CÉU SEM ETERNIDADE – Eliane Caffé (Brasil, 70 min, 2011, doc).
Um embate entre tradição e modernidade, um experimento audiovisual de caráter poético e antropológico que explora as narrativas das comunidades quilombolas de Alcântara, no Maranhão. Há mais de trinta anos, os quilombolas estão em conflito com o Projeto Espacial Brasileiro, que instalou uma base de lançamento de foguetes em uma área que os quilombolas ocupam há cerca de três séculos. O documentário é uma criação coletiva da Oficina Audiovisual de Alcântara, coordenada pela cineasta Eliane Caffé.

Classificação indicativa: 10 anos

26/11 – SÁBADO

14h00
DOCE DE COCO – Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
A família de Diana produz cocadas caseiras. João, o irmão mais novo, recolhe os cocos; Diana e a mãe preparam os doces, vendidos por Zacarias, o pai. Tudo muda quando Diana vai tomar banho de rio.

CORTINA DE FUMAÇA – Rodrigo Mac Niven (Brasil, 88 min, 2010, doc).
O documentário analisa a política de drogas no Brasil e no mundo, comparando a legislação brasileira com a de países que encaram a questão de forma menos repressora. A discussão sobre a legalização das drogas é ampliada com entrevistas de estudiosos, cientistas, médicos, políticos e antropólogos. Entre eles estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o Ministro da Suprema Corte da Argentina, Raúl Zaffaroni, o ensaista e filósofo espanhol Antonio Escohotado, autor do tratado Historia General de las Drogas, e o criminalista Nilo Batista.

Classificação indicativa: 12 anos

16h00
CABRA CEGA – Toni Venturi (Brasil, 107 min, 2005, fic).
Thiago (Leonardo Medeiros) e Rosa (Débora Duboc) são dois jovens militantes de esquerda que sonham com uma revolução social no Brasil. Depois de ser ferido por um tiro em uma emboscada feita pela polícia, Thiago se refugia na casa de Pedro (Michel Bercovitch), um arquiteto simpatizante da causa. Thiago comanda um “grupo de ação” de uma organização de esquerda que atravessa uma crise, mas cogita retornar à luta política. Rosa é o contato de Thiago com o mundo. Com o passar do tempo, Pedro passa a ficar preocupado com a segurança deles, e adota um comportamento estranho. Seria ele um traidor?

Classificação indicativa: 14 anos

19h00
BICHO DE SETE CABEÇAS – Laís Bodanzky (Brasil, 74 min, 2000, fic).
Seu Wilson (Othon Bastos) e o filho Neto (Rodrigo Santoro) mantêm um relacionamento difícil, e cada vez mais aumenta a distância entre eles. Seu Wilson despreza o mundo de Neto, e este não suporta a presença do pai. A situação entre os dois atinge seu limite, e Neto é enviado para um manicômio, onde terá que suportar as agruras de um sistema que lentamente devora suas presas. Além de abordar a questão dos abusos cometidos em hospitais psiquiátricos, o filme trata também da questão das drogas e da relação entre pai e filho. Baseado no livro Canto dos Malditos, relato autobiográfico de Austregésilo Carrano Bueno (1957-2008).

Classificação indicativa: 14 anos

21h00
CENTRAL DO BRASIL – Walter Salles (Brasil, 112 min, 1998, fic).
Dora (Fernanda Montenegro) escreve cartas para analfabetos na estação Central do Brasil. Nos relatos que ela ouve e transcreve, surge um Brasil desconhecido e fascinante, um verdadeiro panorama da população migrante, que tenta manter os laços com os parentes e o passado. Uma das clientes de Dora é Ana, que lhe pede para escrever uma carta com seu filho, Josué (Vinícius de Oliveira), um garoto de nove anos que sonha encontrar o pai que nunca conheceu. Na saída da estação, Ana é atropelada e Josué fica sozinho. Mesmo a contragosto, Dora acaba acolhendo o menino e levando-o para o interior do nordeste, à procura do pai. Durante a viagem, os dois personagens se aproximam.

Classificação indicativa: 16 anos


27/11 – DOMINGO

14h00
SOBRA UMA LEI – Daiana Di Candia/ Denisse Legrand (Uruguai, 36 min, 2011, doc).
Ativistas uruguaios refletem sobre as diferentes campanhas pela anulação da “Ley de Caducidad”, segundo a qual o Estado renuncia a sua faculdade de julgar e punir delitos cometidos por militares e policiais até 1 de março de 1985, durante a ditadura militar. Todos concordam: há uma lei sobrando no Uruguai.

PEQUENAS VOZES – Óscar Andrade e Jairo Eduardo Carrillo (Colômbia, 76 min, 2010, doc).
Documentário de animação baseado em entrevistas e oficinas de desenho com crianças colombianas de 8 a 13 anos que cresceram expostas à violência do conflito entre terroristas, grupos paramilitares e o exército, que corrói o país há décadas. Três meninos e uma menina falam de suas experiências, colocando às vezes no mesmo plano os pequenos detalhes do cotidiano e os dramas da violência. Assim, compartilham com o espectador sua maneira de perceber esta terrível realidade, seus sonhos e esperanças. Os relatos são ilustrados e animados a partir de desenhos das próprias crianças.

Classificação indicativa: 10 anos

16h00
CHUVAS DE VERÃO – Carlos Diegues (Brasil, 93 min, 1977, fic).
Ao se aposentar, Afonso (Jofre Soares) decide viver com tranquilidade no subúrbio onde mora. O que mais quer é vestir seu pijama e nunca mais tirá-lo. Mas uma série de acontecimentos o faz descobrir que há formas bem menos passivas de encarar esta fase da vida. Na primeira semana longe do trabalho, durante um tórrido verão, Afonso se envolve com os problemas da filha, dos amigos e da vizinhança. Até sua convivência com Isaura (Miriam Pires), vizinha de tantos anos, se modifica. Os dois iniciam uma relação de amizade, amor e respeito. Um retrato corajoso, lírico e sem preconceitos, da velhice e do envelhecimento.

Classificação indicativa: 16 anos

19h00
MORANGO E CHOCOLATE – Tomás Gutiérrez Alea/ Juan Carlos Tabío (Cuba/ México, 110 min, 1993, fic).
O encontro de dois personagens antagônicos: David (Vladimir Cruz), um estudante de Ciências Sociais filho de camponeses que acredita nas realizações da Revolução Cubana, e Diego (Jorge Perugorría), um artista dissidente que luta contra o preconceito com os homossexuais vigente na ilha e exige o direito à liberdade de expressão. Uma verdadeira amizade surge entre eles, acima das divergências políticas e de opção sexual. Um canto à compreensão e à tolerância, que também mostra aspectos da realidade cubana. Baseado no conto “El bosque, el lobo y el hombre nuevo”, do escritor, dramaturgo e roteirista Senel Paz.

Classificação indicativa: 14 anos
21h00
A TERRA A GASTAR – Cássia Mary Itamoto/ Celina Kurihara (Brasil, 6 min, 2009, animação).
Animação sobre o consumo desenfreado da sociedade contemporânea, seu impacto sobre os recursos do planeta e a possibilidade de mudança. O título e a trilha sonora parodiam a canção popular “A Velha a Fiar”, tema de um filme de Humberto Mauro.

OS INQUILINOS (OS INCOMODADOS QUE SE MUDEM) – Sérgio Bianchi (Brasil, 103 min, 2010, fic).
Valter e Iara, sua mulher, têm novos inquilinos. São três rapazes, que ninguém sabe de onde vieram. Iara suspeita que devam ser bandidos; diz que nenhum deles trabalha, que trazem mulheres para a casa e falam palavras sujas. Os jovens da rua querem ir para a briga, mas Valter quer dormir, pois estuda à noite. Ele não tem uma arma; passa o dia inteiro fora; não vê o que acontece na rua; ouve o que a mulher diz e o que a rua diz; ouve o barulho da música e das risadas dos inquilinos na madrugada, e não consegue dormir. Adaptado de um conto de Vagner Geovani Ferrer.

Classificação indicativa: 14 anos

Imagem: http://catholic-skyview-tremblay.blogspot.com/2011/05/church-and-cinema-what-used-to-be.html

 

 

 

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