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Por Juan Luis Berterretche.

Português / Español

Quando o empate é uma vergonha nacional

Esta derrota da Verdade e da Justiça no Uruguai deve ser analisada no contexto de anos de claudicação da Frente Ampla perante as Forças Armadas do país. Este triunfo da impunidade no Uruguai tem como principais responsáveis os dois presidentes da Frente Ampla, Tabaré Vázquez e José Mujica que têm feito tudo o possível que a justiça processe aos assassinos e torturadores militares. Nesta desprezível tarefa contaram com o apoio da maioria dos dirigentes partidários dos grupos que integram a FA.

Durante a presidência de Tabaré Vázquez, o governo e a FA, com ampla maioria no parlamento, nada fizeram por anular o engendro da lei de caducidade.

É óbvio que faz anos que existe um acordo implícito (ou explícito?) da FA com as Forças Armadas para não processar os assassinos e torturadores militares.

O plebiscito de 2009 para anular a lei sofreu sabotagem dos principais líderes da Frente Ampla e ainda assim alcançou o 48% dos votos.

O presidente Mujica interveio publicamente várias vezes para defender uma anistia aos militares responsáveis de violações dos direitos humanos.

Antes da votação de 20 de maio houve uma forte pressão do ex-presidente Vázquez, o atual vice-presidente Danilo Astori e o presidente Mujica, juntos, encima dos parlamentares da FA para impedir a votação.

Semproni – o voto 50 que tivesse anulado a lei de caducidade – só personaliza com seu não-voto uma intenção geral da maioria dos parlamentares da FA. Realizou o trabalho sujo. Alguém tem que fazê-lo? Quantos dos 49 deputados da FA que votaram contra a lei de caducidade, – acatando a resolução majoritária do Plenário Nacional da FA-, o fizeram porque estavam conscientes de que faltaria o voto 50 e a lei não seria anulada?

O próprio Mujica salientou seu apoio à “reconciliação e unidade nacional” (ou seja, à anistia aos militares responsáveis de torturas e assassinatos) horas antes da votação, na comemoração da batalha de Las Piedras, no recente 18 de maio passado. Ali afirmou com total falta de vergonha que: “não se deve jogar encima das atuais Forças Armadas nossas frustrações do passado”.

Mujica, no seu esforço por defender torturadores e assassinos até levou sua solidariedade e confraternizou com o General Miguel Dalmao internado no Hospital Militar, primeiro general em atividade processado pela Justiça – em 2011 – por crimes na Ditadura.

O governo e as organizações políticas que integram a FA têm plena responsabilidade pela manutenção da impunidade militar depois de 25 anos de restituição de uma “democracia” tutelada, baseada na aquiescência de torturadores e assassinos militares.

21 de maio de 2011

Versão em português: Raul Fitipaldi, de América Latina Palavra Viva.

49 x 49

Por Juan Luis Berterretche.

Quando o empate é uma vergonha nacional

Posição do Portal Desacato.

Esta derrota de la Verdad y Justicia en el país debe ser analizada en el contexto de años de claudicación del Frente Amplio ante las Fuerzas Armadas del Uruguay. Este triunfo de la impunidad en Uruguay tiene como principales responsables a los dos presidentes del Frente Amplio, Tabaré Vásquez y José Mujica que han hecho todo lo posible para evitar que la justicia procese a los asesinos y torturadores militares. En esta despreciable tarea han contado con el apoyo de la mayoría de los dirigentes partidarios de los grupos que integran el FA.

Durante la presidencia de Tabaré Vásquez, el gobierno y el FA, con amplia mayoría en el parlamento, no hicieron nada por anular el engendro de la ley de caducidad.

Es obvio que hace años que existe un acuerdo implícito (¿o explícito?) del FA con las FFAA para no procesar a los asesinos y torturadores militares

El plebiscito de 2009 para anular la ley fue saboteado por los principales líderes del Frente Amplio y aún así alcanzó el 48% de los votos.

El presidente Mujica ha intervenido públicamente varias veces para defender una amnistía a los militares responsables de violaciones de los derechos humanos.

Antes de la votación del 20 de mayo hubo una fuerte presión del ex presidente Vásquez, el actual vicepresidente Danilo Astori y el presidente Mujica juntos frente a los parlamentarios del FA para impedir la votación.

Semproni –el voto 50 que hubiera anulado la ley de caducidad- sólo personaliza con su no-voto una intención general de la mayoría de los parlamentarios del FA. Realizó el trabajo sucio. ¿Alguien tiene que hacerlo? ¿Cuántos de los 49 diputados del FA que votaron contra la ley de caducidad, -acatando la resolución mayoritaria del Plenario Nacional del FA-, lo hicieron porque estaban conscientes que faltaría el voto 50 y la ley no se anularía?

El propio Mujica remarcó su apoyo a la “reconciliación y unidad nacional” (es decir la amnistía a los militares responsables de torturas y asesinatos) horas antes de la votación, en la conmemoración de la batalla de Las Piedras, el reciente 18 de mayo pasado. Allí afirmó con desvergüenza que:no se debe achacar a las actuales FFAA nuestras frustraciones del pasado”

Mujica en su esfuerzo por defender a torturadores y asesinos llegó a llevar su solidaridad y a confraternizar con el General Miguel Dalmao internado en el Hospital Militar, primer general en actividad procesado por la Justicia -durante 2011- por crímenes bajo la Dictadura.

El gobierno y las organizaciones políticas que integran el FA tienen plena responsabilidad por el mantenimiento de la impunidad militar luego de 25 años de restitución de una “democracia” tutelada, basada en la aquiescencia de torturadores y asesinos militares.

21 de mayo de 2011

 

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